Museu da Pesca 73 – Vídeo “Na Trilha do Tucunaré” 04 – anos 90
Nossas iscas preferidas eram as iscas de superfície, mas às vezes uma colher Johnson Silver Minnow ¾ fazia a diferença, quando um cardume estava atacando iscas brancas. E era no pincho, não no corrico.
Não só os grandes tucunarés faziam nossa alegria, mesmo porque às vezes pequenos tucunarés brigam mais do que exemplares maiores. Devem ser como as pessoas, tem os mais brabos e os mais calmos. Muitas vezes os pescadores brigam com um peixe e ao chegar no barco se decepcionam com o tamanho, achando que eram maiores. Isso ensina que devem curtir a briga não se importando com o tamanho. Se forem troféus, melhor ainda.
Além disso, só as ameaças de ataques às iscas já valem a penas, assim como as fugas depois de fisgados.
O rio Negro tem um visual belíssimo, com pedras e praias, mas devemos ter cuidado em sua navegação devido as pedras submersas. Tivemos várias experiências desagradáveis. “Abrir o gás” pilotando só quando se conhece bem o rio, como o amigo Ismar.
De vez em quando encontramos cardumes em frenesi, como dessa vez na boca do Jaú. Eu francamente não sabia para onde apontar a câmera, tal a adrenalina. Aqui uma pequena amostra.
Museu da Pesca 72 – Vídeo “Na Trilha do Tucunaré” 03 – anos 90
No rio Negro desfrutamos de paisagens magníficas, nos enfeitiçando e esquecendo por momentos de pinchar.
Mas logo voltamos à realidade e voltamos à caça. As opções são tantas que escolhemos à vontade as estruturas onde pescar. Uma delas é caminhar pelas pedras e ir pinchando até encontrar o peixe. O Aroldo logo achou o seu. Quebra a inercia de ficar o dia todo no barco.
Nesse bloco uma curiosidade. Estávamos pinchando, eu e o Sabá, entre os rios Unini e Jaú, afluentes do Negro, numa vasta estrutura de pedras nossa velha conhecida, quando eu quis fazer uma experiência. Meu equipamento era uma vara Pistol Grip 20 lbs, com linha monofilamento correspondente e leader colado 0,62 mm Raiglon. Minha isca de toda hora era a Jumpin`Minnow, mas iria tentar uma isca “Amazon Ripper”, de hélices, gigantesca, muito usada pelos americanos. Com certeza iria desequilibrar o conjunto, mas não resisti, coloquei a isca e quase quebrei o pulso no arremesso (um pouco de exagero). Não deu outra, peguei um belo tucunaré e pedi ao Sabá para mostrar o peixe para eu gravar, o que ele fez com muita habilidade. Foi o primeiro caso de um pescador que ao contrário de posar com peixe de outro, deu seu peixe para o outro posar. É a última cena desse bloco.
Museu da Pesca 71 – Vídeo “Na Trilha do Tucunaré” 02 – anos 90
Durante todos esses anos tive o prazer de gravar muitos pescadores, tanto da mídia como amigos e conhecidos.
Além do Ismar, uma das duplas foram os amigos Aroldo e Ilton Nomura. Foi com eles que gravei uma fita de uma hora com ataques fantásticos de tucunarés no rio Unini. Infelizmente ao chegar em São Paulo vi que a fita estava com defeito. É sempre assim, nas melhores cenas acontece algum imprevisto. Pena que as cenas ficarão só na nossa memória. Uma pequena parte ainda consegui salvar, mas com qualidade não muito boa. Oportunamente publicarei.
Mas sempre somos recompensados pela natureza, que nos brindou com uma pescaria de praia, mas dessa vez desembarcados, com os pés na areia. Os peixes não foram grandes, mas a satisfação foi imensa.
Inesquecível!