Logo nos primeiros arremessos ferro um bom tucunaré, que leva para galhada, mas para minha felicidade saiu rápido e pude trabalhar o peixe. Tudo indicava que seria uma pescaria daquelas! O nível da açude estava muito baixo, com aprimadamente 42% de seu volume total e haviam muitas extruturas descobertas. Entusiasmados, seguimos tentando os grandes mas só saíam furibas de pinimas (uns 30), Trairas e muitas pirambebas. Edu ferrou uns 3 amarelinhos de coloração bem bonita. Resolvemos não tirar fotos dos peixes menores, pois eram todos iguais, quase do mesmo tamanho. Separei dois ainda e fiz um "ceviche" com shoyu e limão, uma delícia! E fomos tentando... Navegamos o açude praticamente todo. Muito vento e em alguns lugares a água estava bem barrenta. Resolvemos voltar para onde peguei o primeiro maiorzinho e lá o Edu teve uma ação de um peixe bem grande que seguiu a isca mas não pegou. O remanso dele nos impressionou e resolvemos insistir ali. Nada do peixe querer pegar e usamos todos os tipos de isca, mas nada. Decidi então ir onde o peixe remansou para ver de perto o que teria naquela extrutura e ao chegar perto de uma pedra aparente, vi o tucunão escondido na "loca" de uma pedra mais afundada, o bixo estava "emocozado" no cantinho e quando apontei pra ele, saiu nadando devagar e foi-se! Coisa linda mesmo, de uns 5 kg ou mais seguramente. Ficamos abobados com aquela situação e seguimos pescando. Conversando com pescadores locais, soubemos que o açude está muito batido de redes e arpoeiros...
Já entardecendo, resolvemos ir embora e ai começou nossa "saga"... Como a barragem estava bem seca, a sua margem estava bem enlameada e cheia de pedras. Colocamos o barco no reboque ao tentar subir com ele o carro atolou... o reboque estava enfiado na lama e o carro também! Começou a escurecer e começamos a tentar tirar o carro desengatando o reboque daí foi que a coisa ficou pior... o carro "sentou" numa pedra gigantesca que tinha embaixo dele e não ia nem pra traz nem pra frente! Pra não começar a chorar, começamos a rir e por mais incrível que pareça, pescamos o dia todo sem beber. Ao tirar as coisas do barco para que ele ficassse mais leve, encontramos uma latinha de cana e duas de cerveja, o que naquele momento era combustível para fazer esforço e tentar não sentir as muriçocas que nos devoravam! Neste momento de agonia, fui tirar o macaco do carro para subir os pneus e colocar pedras embaixo para levantar o carro, mas nada feito. Fui então em busca de ajuda numa casa proximo dalí e encontramos um cidadão que possui uma C10 (pequeno caminhão) e que nos ajudaria. Detalhe: juntando o meu dinheiro e o de Edu dava R$ 2, 00! kkkkkkkk Já umas 20:00 horas, todo enlameado e com os dedos arranhados de cavar na lama, fomos com caminhãozinho tirar o carro, bem esperançosos e logo na chegada o motorista bota o caminhãozinho beira para fazer a manobra e atola também! kkkkkkkkkkk Ficaram os dois carros atolados e o barco ainda na lama detro dágua! Foi então que por uma "ação Divina", algumas pessoas que moravam perto vieram ver o que era aquele barulho no açude e conseguimos juntar gente suficiente para tiramos todos os atolados no braço! Na força bruta! E foi assim que terminou nosso dia! Nem pudemos agradecer materialmente às pessoas que nos ajudaram, pois estavamos sem dinheiro. Seguem as poucas fotos desse dia doidão que tivemos:













Segundo Edu, "Santo de bêbado é forte mesmo" e se tivéssemos bebido desde cedo, não teríamos passado por este perrengue todo! kkkkkkkkkkkkkkk Claro que foi uma bricadeira... se estivéssemos bebados desde o começo, acho que teríamos dormido lá mesmo!
Obviamente todos os peixes foram soltos, menos os dois paquinhas que fizemos o "ceviche", mesmo estes foram selecionados para isso por terem machucado as guelrras e olho nas garatéias.