Museu da Pesca 124 – Projeto “Águas do Brasil” 01
Em 2000 o programa Caminhos da Pesca e a revista Troféu Pesca foram convidados para participar de um projeto chamado “Águas do Brasil”, idealizado pelo Wilson Feitosa. Seu objetivo era pesquisar novas estruturas de pesca esportiva para atender o desenvolvimento acelerado do setor.
Para esse projeto e viagem inicial foram convidados representantes de várias mídias, a saber:
– Barco Saint Paul – Marcelo Peixoto
– Gazeta da Pesca – Plínio Sanches
– Pesca & Companhia – Lester Scalon
– Pesca Esportiva – Jum Tabata
– Programa Caminhos da Pesca – Marcos Réia
– Revista Pescador – Wilson Feitosa
– Revista Troféu Pesca – Yadir Figueiredo
– Sportfishing Team – Willer Veloso e Jenner Leite
– Terra Vídeo – Roberto Sophia
Cada representante deveria produzir uma matéria para sua mídia, de acordo com seu ponto de vista.
A primeira viagem foi para o Pantanal. A ideia era subir o rio Paraguai no Barco-Hotel Saint Paul, a partir de Corumbá, entrar no rio São Lourenço e depois no Piqueri, indo até a Fazenda São José, de propriedade do senador por Mato Grosso Júlio Campos, que nos recepcionou com fidalguia e até gravou uma entrevista conosco.
Antes de sairmos de Corumbá tive o prazer de conhecer e gravar alguns depoimentos do Major Ângelo Rabelo, há muito atuante na região, que nos deu uma visão geral da situação do Pantanal naquela data.
Nesse “Museu da Pesca” não trataremos dessas questões, estão registradas em livro e imagens para eventual utilização. Aliás, as imagens já foram mostradas no programa “Caminhos da Pesca”, no ano 2000, pela TV Record e pelo DVD “A Pesca no Pantanal MT”. Aqui apenas pequenos registros para preservar a memória daqueles tempos. Era abril de 2000 e ainda pegamos uma “dequada” pela frente.
Nesse primeiro vídeo mostramos a saída de Corumbá e início da pescaria já no rio Piqueri. O foco do projeto não era necessariamente procurar novos locais de pesca, mas sim viabilizar a possibilidade de montar novos pacotes de pesca diferentes dos existentes, principalmente em função da duração das pescarias. Por exemplo, pescarias no Piqueri já eram feitas, mas não saindo de Corumbá em Barco-Hotel, devido a distância. Quais os dias necessários para tal programa? Seria viável economicamente? Tudo isso seria analisado pela equipe posteriormente.
O resultado de tudo isso falaremos na última postagem. Até lá vamos relembrar aqueles tempos.
Museu da Pesca 123 – Flagrantes do Rio Mutuca 04
Conhecíamos bem os rios Mutuca e Jatuarana, mas quando a agenda estava livre, saíamos o Sabá, o Guila, e eu, com a finalidade de descobrir novos pontos. Esse é um desses dias. Saímos bem cedo, a ideia era subir bastante o rio Jatuarana, afluente do Mutuca. Não só os peixes estavam em nossa agenda, a política de boa vizinhança também era bastante praticada por nós. Foi assim que conhecemos a família da Beatriz, que nos mostrou que a felicidade mora em qualquer lugar.
Foi um dia bastante agradável, e subimos o rio em direção às cabeceiras até um ponto que ficou bastante estreito. Tempos depois, nesse ponto, fisguei e perdi o maior tucunaré da minha vida. Não o vi, esse julgamento é pela força que fez. Eu estava na proa, no elétrico, e só ouvi o Sabá gritar: – Segura, segura! – Segurar como, não conseguia nem tirar a ponteira da vara de dentro d`água! Só ouvi o estouro da linha se rompendo. Não peguei, mas nunca mais esqueci. Nessa pescaria o Guila não estava conosco.
Gostaria de revisitar esses pontos, talvez nem os reconhecesse. Essas são algumas das lembranças da região. É a última parte. Gravei mais uma, que seria a parte final, mas ficou muito longa, cerca de 20 minutos, e trata-se de uma reunião com os moradores do rio, expondo as mazelas dos órgãos públicos e sua preocupação. Preocupação do povo, claro, não dos órgãos públicos. Que Deus abençoes aquela gente!
Museu da Pesca 122 – Flagrantes do Rio Mutuca 03
Hoje é dia de pescaria. Com nosso guia mirim, o Tatá, resolvemos ir ao Igarapé do Gavião, uma comunidade indígena, onde eu já tinha guiado para turistas em outra ocasião e que tinha se mostrado espetacular em quantidade e qualidade de peixes. Naquela época a entrada era livre, e soube recentemente que para entrar hoje em dia é cobrada uma taxa.
O pescador nesse dia era meu troglodita preferido, o Guila, que devido seu porte avantajado diminui o tamanho dos peixes nas fotos.
Esse é o Igarapé do Gavião do rio Mutuca.