Museu da Pesca 168 – Uma aventura no Unini subindo a corredeira

O rio Unini foi um de meus rios favoritos durante todo o tempo que pesquei e gravei na Amazônia. Tempos depois ficou proibida sua entrada para pescar, a exemplo do rio Jaú (Reserva do Jaú). Me parece que também virou reserva. Pescamos tanto nas cheias como nas vazantes. Quando as águas estavam mais altas, podia-se atravessar a primeira corredeira sem problemas, apenas tomando-se cuidado com as pedras submersas, que eram muitas. Mesmo assim formava-se caravana de barcos com os mais experientes na frente e os demais seguindo em fila indiana. Quando as águas estavam baixas, nem barcos de alumínio conseguiam fazer a travessia. O remédio era fazer um desvio sobre as pedras, rolando os barcos por cima de troncos, até alcançar um braço ao lado, com profundidade para navegar. Dava trabalho mais valia a pena. Nesses casos a vigilância de quem pilotava dobrava, era realmente muito perigosa a navegação. Mas valia a pena, descobrimos muitos tesouros que o rio teimava em esconder. Frequentamos muito esse rio, e no final já navegávamos e fazíamos a travessia sem necessidade de guias. Vejam como era a aventura, conforme descrevemos.

Museu da Pesca 167 – Era uma vez pescando com Gugu no Iriri

Recentemente postamos uma aventura da turma do chegado no Iriri. Ao rever aquelas imagens, lembrei da última vez que vi e gravei o Gugu numa pescaria. Isso foi em 2007, e só tornei a encontra-lo numa das feiras da Pesca & Cia em São Paulo, antes da pandemia. Foi num fim de tarde, apenas para lembrar dos bons tempos, a gente um pouco mais velho na ocasião. Hoje (2023) não vou comentar… Eheheheh… Gugu pegou muitos tucunarés e um trairão, foi um fim de tarde bastante agradável, quebrando a rotina dos dias gravando a turma do chegado. No final da pescaria, como não podia deixar de ser, no meio do rio, o sol se pondo, os peixes batendo e as aves cantando, o Gugu puxa sua velha botija, de velhas pescarias, abraçando em seu interior um velho amigo, um malte escocês, e emoldurados por aquela paisagem, brindamos aos velhos, presentes, e futuros encontros e pescarias, onde o destino marcar.

Museu da Pesca 166 – Aiuruoca

Na década de 90, quando trabalhava como freelance no programa Pesca & Cia, fui escalado para gravar uma pescaria de trutas em Itamonte, sul de Minas. O pescador era o Pepe Mélega, e seu convidado e anfitrião era o Luiz Fernando Pinheiro, habitué do lugar e instrutor de pesca com mosca na região. Lugar lindíssimo, paisagem europeia, as trutas selvagens que lá habitavam tinham sido colocadas na região na década de 50. Não tinha grandes exemplares, mas as maiores já estavam dentro do padrão de abate. Pescamos um dia e meio e pegamos muitas trutas, em meio a um visual deslumbrante. Pena que as fitas gravadas pertenciam ao programa e não pude ficar com elas, restando comigo poucas imagens que pude salvar por ocasião da edição, gentileza do diretor da Ilha de edição, o Átila Amaral. Mesmo assim resolvi fazer essa postagem, em homenagem ao Luiz Fernando, que já nos deixou há bastante tempo, mas pelo menos ficou uma lembrança de sua obra. Não sei como o rio está hoje em dia (outubro 2023) a pescaria e a conservação daquele paraíso, quem souber de alguma coisa faça o favor de responder essa postagem.

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