Museu da Pesca 171 – Lembranças do Puruba

O rio Puruba foi um dos mais famosos do estado de São Paulo na pesca de robalões, isso na década de 90, mas dele só restaram a fama e as lembranças, até onde sei. Para variar, detonaram tudo, só deixando os rastros da raça humana. Na época do Pesca & Cia, onde o Gugu era um dos apresentadores e eu seu câmera, fomos lá várias vezes tentar capturar um robalão. Num outro programa na televisão (acho que Pescadores do Brasil), o Gugu já tinha capturado um belo espécime, assim como seu filho. Nessa data ainda não o conhecia pessoalmente. Pois bem, fomos várias vezes, mas não demos sorte. Aliás, o ponto era bastante concorrido. Lembro-me de duas ocasiões que me marcaram. Uma foi num dia que tinha bastante pescadores, mas nada de robalão. A maioria estava pescando já dentro do rio, usando isca natural, lambaris como isca. Foi uma pescaria bastante divertida, mas só de robalos pevas, pequenos. Gravei essas cenas e foi inclusive ao ar num dos programa, mas não tenho registro. A outra ocasião foi num dia de bastante chuva, um dilúvio. Aguentamos pescar até umas 10 horas da manhã, roupas ensopadas, frio batendo e dificuldades em manter os equipamentos secos. A praia e o rio estavam desertas, à exceção de dois outros pescadores, conhecidos no meio da pesca e fregueses do local. Infelizmente não me lembro o nome eles, Eu e o Gugu desistimos e pegamos o rumo de casa. Já em São Paulo, recebi uma ligação no fim da tarde dos dois pescadores que tinham ficado tomando chuva e frio. Estavam fora de si, até parecia que tinham tomado uma, mas não, era só excitação com o ocorrido. Segundo eles, depois das 14:00 horas pegaram dois robalões flechas, um com 14 kg e outro com 15 kg. Não resistiram e estavam ligando só para nos sacanear. Coisas da pescaria… Fiquem com essas poucas imagens de um lugar que já foi um paraíso e referência na pesca de robalões.

Museu da Pesca 170 – Grupo Uemura no Unini 02

E foi isso, pessoal! Quem viu, viu… Fico pensando se aqueles lagos e igarapés ainda existem, se houve desmatamento, assoreamento, queimadas, etc. Os pontos de pesca daquela época perderam sua força, hoje o top é a partir de Barcelos. É muito difícil obter informações como está hoje em dia, pois a pesca e entrada no rio estão proibidas, a não ser para os ribeirinhos. Quem sabe ainda dá pra fazer uma “saideira”?

Museu da Pesca 169 – Grupo Uemura no Unini 01

Já falei muito do Saburo para vocês, mostrando as reuniões na Point Pesca. De lá saíam muitas excursões para o Amazonas, em busca dos grandes tucunarés, e participei de algumas. Grupos eram formados como resultados das histórias, vídeos, e fotografias. O pessoal endoidava, e de agosto a dezembro era uma festa. Em muitas que fui estava sem câmera, mas sobraram alguns registros que gosto de mostrar aos amigos para lembrar daqueles tempos e lugares, década de 90, quando uma pescaria desse tipo ainda tinha muito de aventura, pois não tínhamos guias, e descobrir o peixe e não se perder dependia de nós. Nem sempre pegávamos grandes exemplares, como é normal em toda pescaria, mas a aventura valia a pena, com certeza. Um desses grupos foi formado pela família Uemura, pois alguns de seus componentes eram figurinha carimbada no Saburo, e eu fui escalado para registrar o evento. O vídeo completo tem mais ou menos uma hora, nem tenho mais o “Master”, mas separei alguns registros, em duas partes, para não ficar longo demais, mostrando apenas algumas cenas da pescaria. Vamos à primeira parte!

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