Toninho Negreiro foi um dos pioneiros nas gravações de assuntos ligados à natureza no Brasil, assim como casos e lendas sobre o assunto. Amava o Pantanal e por lá fez vários de seus programas. Ficou conhecido como o “caçador de aventuras”, e teve participações no “Domingão do Faustão” e “Domingo Legal”, além de seu programa “Desbrava Brasil”, levado ao ar em várias emissoras. Participei com ele em alguns projetos, e, em 1994, a agencia de turismo “Ligue – Pesca” reuniu uma turma para fazer um institucional de uma estrutura de pesca em Ayolas, no Paraguai. Saímos de São Paulo o Toninho Negreiro, o Humberto Moreira, o Edson Santo e eu. Em Ayolas nos encontraríamos com o Wilson Feitosa e a fotógrafa, muito competente mas que infelizmente não lembro o nome. Pois bem, me mudei de São Paulo em 2001 e de lá para cá perdi o contato, apenas o via eventualmente em programas na televisão. O tempo passou e no final de 2010 resolvi procurá-lo. Acessei o Google e qual não foi minha surpresa ao saber de seu falecimento, precocemente, aos 50 anos… Não vi nada noticiado na imprensa nem em sites de pesca, parece que não deram a importância que ele merecia… Mas a vida é assim mesmo… O resultado dessa viagem não deu em nada, e as imagens nunca foram usadas, à exceção do acidente com a garatéia, que o Toninho usou em seus programas e mostramos aqui na primeira parte. Presto aqui uma homenagem ao Toninho, grande figura. Que Deus o tenha…

Quando eu gravava sempre guardava as fitas originais, mesmo depois de editar e concluir meus vídeos para a Réia Produções. Não gostava de utilizá-las novamente (S-VHS), porque perdiam qualidade a cada nova gravação. Parece também que eu antevia sua utilização mais tarde, mesmo que só para conservar a memória daqueles tempos. Quando gravava para terceiros era diferente. As fitas pertenciam aos contratantes. Era o caso das gravações que fiz para o Pesca & Cia. Nesse caso repetiam as gravações em fitas já usadas. Isso fez com que eu perdesse grande parte do que gravei com outros pescadores do programa. Salvo algumas exceções conservei comigo uma cena com o Pepe pescando tucunarés no Rio Grande, na cidade de Planura, em Minas Gerais. É uma pena, nesse programa o Pepe pegou vários tucunarés mostrando a pesca com iscas artificiais e naturais, à maneira da região. Mas pelo menos fica aqui o registro, boas memórias são para guardar.

Essa foi nossa primeira aventura no meio televisivo. Gostei muito do resultado. Foi desenvolvido, dirigido e apresentado por equipe muito competente da TV Bandeirantes. Passei muitas noites na ilha de edição orientando com o olhar de pescador. Apesar de usar muitas cenas minhas em alguns programas, minha função era diretor de externas.