Museu da Pesca 180 – Reinício
Começo agora a segunda parte do Museu da Pesca. Novos lugares, novos peixes, e novas experiências. Não sei se terei paciência para ir até o final, vamos ver. Talvez não siga a mesma frequência de postagens anteriores, diárias, deverá ser mais “light”. Com base nisso, voltarei a publicar simultaneamente no Face book.
Cheguei em Natal em 2001, ainda era época das fitas VHS. Foi quando inaugurei a série “Caminhos do Sol”. No começo foi adaptação ao novo ambiente e a novos costumes, embora eu seja filho da terra, mas há muito tempo afastado.
Fui conhecendo praias e pescarias com o auxílio inestimável do pessoal da região, como o Alexandre Cardoso, Carlos Blatt e outros, mas sem sombra de dúvida quem me abriu as portas para um novo mundo foi o Dinho, um ícone da pesca amadora em nosso estado. Foi quem me apresentou ao tarpon, camurupim por aqui. Já pesca com iscas artificiais contava com o Alexandre e o Blatt, cada um em seu pedaço. Pesca oceânica e costeira, o Dinho. Pesca em rios e canais, a dupla da loja Mar & Rio. Contei ainda com a ajuda do Leilton Lima, um dos proprietários da loja de pesca “Mar & Rio”, que liberou seus funcionários (um de cada vez, claro) para me ciceronear pelas praias da região.
Logo eu tinha um acervo razoável de imagens das pescarias feitas por aqui, e minha ideia era desenvolver o turismo da pesca esportiva em Natal, pouco conhecido pelas regiões sudeste e sul do país. Foi quando entrou o Gilberto Maia, que tinha uma agencia de turismo e se engajou no projeto. Além da agencia era proprietário do barco Órion, onde fizemos grandes pescarias no mar azul.
Infelizmente não deu certo, como já descrito ao longo dessa série, e sem outra alternativa, voltei aos vídeos de pesca.
Em 2001 já tinha lançado em VHS o primeiro da série “Caminhos do Sol”, o “Rio Grande, Adeus”, gravado na década de 90 com o Gugu e o Lester. Agora era a vez do segundo e último, “A Pesca no Nordeste”, pois acabava a era dos VHS e iniciava a era dos DVD`s, mas isso é outra história.
Paralelamente a isso, outra ideia era lançar um programa na TV sobre pesca esportiva por aqui. Para isso contamos com a ajuda do Leilton Lima, que também era proprietário da agencia de propaganda “L4”. Resolvemos fazer um piloto, sem muitos recursos, apenas para dar uma ideia do projeto, e saímos em campo. Novamente não deu em nada, mas apesar do desgaste das imagens com o passar do tempo, com perda inclusive das cores, ficamos com o arquivo desse piloto, e gostaríamos muito de mostrar aos amigos mais uma fase dessas tentativas de alavancar a pesca amadora recreativa por aqui.
Gostaria muito, independentemente desse projeto, “Museu da Pesca”, mostrar as opções de pesca que temos por aqui, com gravações atuais, pontos para se capturar bons peixes de beira de praia, com os pés na areia, além das alternativas de oceano, rios e mangues, mas infelizmente por motivos de saúde e idade não tenho mais condições de fazê-lo, pois não tenho companhia para tal, e a realidade é que o convite para pescarias é inversamente proporcional à idade avançada. Além disso, sou aposentado pelo INSS. Já viram, né? Vamos nos contentar com o “Museu da Pesca”, é o que posso oferecer…
Para facilitar as visualizações, mais uma vez dividimos as postagens em 4 partes, senão ninguém assistiria. Inclusive duvido muito que alguém leia esse texto até aqui, mas vamos lá…
Vamos à primeira parte:
Museu da Pesca 179 – Encerramento
O vídeo de hoje não tem nada a ver com a postagem. Foi colocado apenas para chamar a tenção dos amigos numa tentativa de lerem esse texto. Vamos ver se deu certo!
Caros amigos, acabei de finalizar a primeira parte da série “Museu da Pesca”. Como tinha explicado na apresentação, a ideia era contar o que me motivou a fazer esses vídeos, sem maiores pretensões. Estávamos no início do desenvolvimento da pesca amadora (dita esportiva) no país, décadas de 80/90.
É evidente que deixei de postar muita coisa, para não ficar repetitivo e enfadonho, além de considerar apenas o que foi gravado em vídeo. Ótimas pescarias e lugares fantásticos deixaram de ser mencionados. Afinal, não sou escritor e me falta as manhas do ofício.
Os tempos mudaram, e sou de outra geração. Hoje em dia está em voga a postagem de vídeos curtos, os “shorts”, e afins. Textos longos nem pensar. Quando comecei o “Museu da Pesca” era imprescindível a explicação do porquê dos mesmos, senão não teria sentido mostrar os vídeos, a maior parte já era do conhecimento de todos. Caberia a explicação de cada um, mesmo que resumida.
Pois bem, ao chegar ao final da primeira parte constatei que o objetivo não foi cumprido. Primeiro vi que no Face Book praticamente ninguém curtia, só os mesmos amigos de sempre, e não chegavam a 10 pessoas, às vezes nem meia dúzia. Resolvi encerrar. Continuei no You Tube, pois pelo menos lá havia a possibilidade de um retorno financeiro, mesmo que mínimo. Ledo engano, as curtições não aumentaram grande coisa em relação ao Face Book, mas como o objetivo principal era levar adiante o projeto do “Museu da Pesca” (lembrar como foi no princípio de tudo), não desisti.
Mas confesso que estou decepcionado, pois conclui que não cheguei nem perto de meus objetivos, contar histórias do passado. Por que digo isso? Cansei de receber perguntas sobre as postagens, que mostram claramente que ninguém lê meus textos explicativos, dando uma ideia do que se trata, pois geralmente as perguntas estão respondidas claramente nesses textos, às vezes até como foco principal. Então de que adianta explicar e ver os vídeos, que são mais que conhecidos, se não sabem a razão dos mesmos?
Textos e vídeos longos são inimigos das redes sociais atualmente, infelizmente. Vou dar uma pequena parada para pensar melhor, mas não pretendo desistir. Um abraço a todos!