Museu da Pesca 201 – Pesca costeira – Matéria para a revista Pesca Esportiva em 2002

Em 2002 uma das pescarias obrigatórias a cada 15 dias, em função das marés, era a pescaria de tarpons e xaréus na boca da barra de Tibau do Sul, além de outras espécies coadjuvantes.

Foi no verão desse ano que convidamos o amigo Jum Tabata para conhecer Natal e fazer uma matéria para a revista “Pesca Esportiva”. Não me lembro o mês, sei que a revista foi publicada em maio, número 58, ano 2002.

O Jum estava louco para pegar um tarpon. No último dia, já escuro, o pincho final de encerramento. Duas cutucadas na isca e a explosão. Só vimos o raio prateado contra a lua, mais dois pulos e o pipoco da linha estourando. A força e a velocidade foram tão grandes que o multifilamento entrou no carretel e travou. Não deu nem tempo de falar um palavrão. O Jum ficou inconformado, mas com o material que estava usando estava destinado a perder o peixe. Não gravei a cena, já tinha anoitecido e estávamos na prorrogação com escuridão.

No dia anterior o Gilberto Maia já tinha capturado um baby tarpon, pequeno mas brigador. O Jum também fisgou um belo xaréu, dos grandes, e nesse vídeo vocês podem observar a luz indo embora. Assim mesmo continuamos a gravar, não queríamos perder o registro. Podem ver que as luzes da praia, ao longe, já estão acesas.

O tarpon é peixe de hábitos noturnos e o melhor horário para encontra-los é no amanhecer e ao entardecer.

Museu da Pesca 200 – Pesca costeira – Material para a boca da barra de Tibau do Sul

Hoje o Dinho nos explica o material usado pelo pessoal da região nessa pescaria, isso nos anos 2001/2002.

Museu da Pesca 199 – Pesca costeira – Isca natural para tarpon

Esse tópico vai contra tudo que até a ocasião eu tinha lido e ouvido falar do tarpon. Até onde eu sabia, só na teoria, era uma heresia se usar encastoamento de aço, encapado ou não, em sua pesca, pois isso evitava os ataques às iscas, em virtude do olho grande e astúcia do peixe. Nessas pescarias na boca da barra, o tarpon atacava as iscas onde a arrebentação quebrava, no alvoroço das ondas, na quebradeira, e era com tanta volúpia que dificilmente ele veria o encastoamento, pelo menos era o que eu pensava. Cansei de ver tarpons fisgados nessa pescarias, todos com aço na ponta. Deixo a conclusão para vocês…

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