Museu da Pesca 225 – Tarpon na bóia

Sempre pescávamos baby tarpons com iscas artificiais nas galhadas, e resolvemos ir em busca de peixes maiores. Para tanto usaríamos iscas naturais vivas e boia, em lugares frequentados por espécies maiores.

A primeira tentativa foi com os amigos Conrado e Marcelo Monfort

A escolha foi o camarão vivo porque não tínhamos saúnas, a melhor isca na minha opinião.

Iscamos os camarões e deixamos as boias a uns 20/30 metros do barco, na rodada.

Não demorou muito e a primeira fisgada. Era um baby, mas de melhor tamanho, já mostrando todo o valor da espécie. Foi uma alegria só, mas o inesperado aconteceu com o Conrado Supimpa, vejam só!

Museu da Pesca 224 – O retorno 02

Os dias passavam rápido, e Cunhaú ganhou mais um cliente preferencial, o Zé, que tratou de trazer outros amigos, mas tudo ao seu tempo. Às vezes pescávamos com iscas de fundo, JJ e camarão com jighead, e ás vezes, sempre que possível, voltávamos aos plugues, nossa preferência. Perdemos bons robalos nas galhadas, mas tudo tem seu preço.

Outro espetáculo era o ataque dos peixes, e depois de algum tempo matamos a charada. Era cardumes imensos de sardinhas que iam se deslocando, subindo ou descendo o rio, dependendo da maré. Os predadores acompanhavam esses cardumes e denunciavam sua presença com ataques fantásticos. Em qualquer ponto do rio aconteciam os ataques, sabíamos quando era robalos e quando era xaréus os predadores. No robalo era uma explosão de iscas na superfície, bem coordenada, parecia uma ducha de chuveiro caindo na água, enquanto os xaréus era um ataque diferente, uma confusão e estouros sem coordenação. Aí o que se jogasse na água ferrava, dublês, triplês, quadruplês, etc, valia tudo, até o meu português…

Museu da Pesca 223 – O retorno 01

O resultado da pescaria do Ismar com o Conrado foi tão bom que o Ismar não resistiu e voltou no mesmo ano, dessa vez tendo como companheiro o Zé Carlos, nosso querido “boneco Michelin”. Naqueles tempos não tinha época boa, podia vir em qualquer data do ano que o sucesso estaria garantido. Bem, hoje também é assim….

De cara o Zé pegou uma caranha, e dali pra frente a festa foi com os robalos.

Essa pescaria inicial serviu para o Zé calibrar e se aperfeiçoar na prática da pesca com camarões artificiais com jighead, embora sua preferência fosse a pesca com plugs pinchando nas galhadas, mas em terra de sapos, de cócoras com ele.

O rio Cunhaú tinha ainda muitas surpresas para o pessoal, como veremos mais adiante, mas por hora vamos mostrando retalhos dos dias de pescaria na companhia inestimável dos amigos, onde os peixes faziam parte como companheiros de viagem.

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