Museu da Pesca 234 – Robalinhos e robalões
Já foi dito mil vezes que o robalo é preferência nacional. Acredito, porque já percorri esse caminho. Uns preferem pescaria nas galhadas com iscas artificiais caçando robalinhos, e outros estão sempre em busca dos grandes troféus. As duas preferencias tem seus encantos e adeptos, e o que dizer então quando realizam as duas no mesmo dia?
Aqui no Cunhaú isso acontece!
Museu da Pesca 233 – Pescando sem guia
Pessoal, em qualquer pescaria o guia de pesca é fundamental. Afinal, ele está todo dia no rio, conhece suas manhas e seus segredos. Isso vale para todos que não pescam constantemente num mesmo local, como o caso dos turistas pescadores, provenientes de outros estados.
Eu mesmo pesquei bastante no rio Cunhaú. Quando minha presença era constante, dava para me virar sozinho, mas agora que pesco muito pouco, duas ou ter vezes ao ano, o guia é imprescindível. Os velhos pontos que conhecia não são mais os mesmos, tudo muda, e a passagem das águas e a ação humana são caprichosas para alterar o ambiente, as águas modificando as estruturas, e os humanos destruindo as mesmas.
Fizemos boas pescarias por nossos próprios méritos, e aqui vai uma delas, com o amigo Fábio Barros, que morou alguns anos em Natal e era fã incondicional do rio Cunhaú. Nessa aventura estão o Miudinho, o Fábio, e eu. Vamos a ela.
Museu da Pesca 232 – Guias em Cunhaú
Hoje vamos falar um pouco sobre os guias de pesca em Cunhaú em atividade até 2019, antes da pandemia, que é o final da série “Museu da Pesca”. De lá para cá o tempo se encarregará de acrescentar capítulos à nossa memória.
O Auricélio, originário de Solânea, na Paraíba, começou seu desenvolvimento a partir de 2006, e ao longo dos anos foi se especializando na arte de atendimento aos clientes e conhecimento do rio, onde operou até 2012, de onde saiu em busca de novos desafios, trabalhando para a “Fazenda Aquafort”, em Camocim, no Ceará, e posteriormente no Maranhão, em Tutóia. Já o Jefferson Lima (Dé), nativo da terra, nascido e criado em Barra do Cunhaú, iniciou seu trabalho de guia de pesca no início de 2013, atendendo clientes, e já era grande conhecedor do rio, embora seu ramo de atuação fosse outro. O negócio deu tão certo, além da lacuna deixada pelo Auricélio, que em 2014 começou a formação de novos guias de pesca, para atender a demanda do número de pescadores amadores recreativos. Foi nesse mesmo ano que iniciou sua participação também no “Carpe Diem Natal”, com o objetivo de divulgar e promover a pesca na região, abraçando o mercado de turistas/pescadores internacionais, tendo formado uma estrutura muito bem montada, atendendo também o nicho da pesca com mosca, em busca dos robalos e tarpons.
Foi e continua sendo uma experiência fascinante esse desenvolvimento da pesca esportiva na região, principalmente pelo fato de modificar os comportamentos e visão dos ribeirinhos quanto à preservação e manutenção dos recursos naturais, dando sua contribuição e conhecimento como guias de pesca, além da necessidade de proteção dos rios e mangues, com toda sua diversidade natural.
Para finalizar, uma característica especial do Dé, o nome por trás da estrutura local. Ele costuma “se presentear” com uma isca artificial de seus clientes, e os motivos são mais do que louváveis: Descobri que cada isca que ganha representa um pescador e uma história, e assim ele vai construindo um monumento em homenagem aqueles que passaram por aqui.