Museu da Pesca 33 – Vídeo “Tucunaré o Gigante da Amazônia” parte 02
A menor distância entre dois pontos é a distância entre um tucunaré e sua presa, e essa distância não é medida em metros, mas em emoção. Essa é a principal razão da paixão dos fãs do tucunaré, sem dúvida, mas não só os ataques às iscas traduz esse fato, os rebojos são também muito especiais, pois embora não quebrem a tranquilidade das águas com suas explosões, excitam nossa imaginação, na expectativa do ataque iminente, que nem sempre acontece, sem sabermos qual o tamanho do peixe e qual a hora do ataque.
Em dias nublados encontrávamos às vezes exemplares enormes em águas surpreendentemente rasas, em pontos que normalmente desprezaríamos. Ficamos atentos a isso devido os ensinamentos do grande pescador Gilberto Fernandes, que em seu livro “A Pesca no Amazonas” nos dá essa dica, pois ondulações na superfície podiam indicar grandes tucunarés caçando. Por outro lado, esses tucunarés também podiam estar se protegendo nesses raseiros se houvesse movimentação de botos por perto.
O Tupana foi um dos belos pontos de pesca que conheci, não só por sua beleza como também pela fartura de peixes. Não sei como está hoje em dia, mas para sempre ficarão comigo as lembranças daqueles peixes e daqueles lugares.
Em 1996 lançamos finalmente o vídeo “Tucunaré – O Gigante da Amazônia”, na Feipesca. Voltei muitas vezes ao Tupana, graças à ajuda inestimável do Luiz Saburo, que Deus o tenha.