Museu da Pesca 26 – Vídeo “A Pesca Esportiva no Pantanal” parte 04
Era um privilégio pescar no Touro Morto, tanto pela quantidade e qualidade dos peixes, como pela beleza do local. As vezes não sabíamos se pescávamos ou ficávamos apenas observando a passagem dos cardumes. Imagino a beleza que seria um mergulho naquelas águas.
Embora um paraíso, estava sempre presente a luta pela sobrevivência, representada pela busca constante de comida numa cadeia alimentar bem definida.
Foi o que aconteceu com um biguá que quis fazer de um armao sua refeição. Ao tentar engoli-lo, seus ferrões ficaram cravados no pescoço e na parte superior do bico.
Tentamos de todas as maneiras driblar a mãe natureza, na esperança de capturar a ave e livrá-la da sentença de morte. Desistimos após inúmeras tentativas, pois todas as vezes que chegávamos perto ele mergulhava e aparecia em pontos diferentes. Se tivéssemos uma tarrafa no barco seria mais fácil captura-lo, mas não era o caso.
Penalizados, fomos obrigados a deixa-lo entregue à própria sorte e a natureza seguir seu curso.
Voltamos ainda algumas vezes ao Touro Morto, na última não conseguimos avançar muito, devido acúmulo de aguapés. Não sei como está hoje em dia, se alguém tiver alguma informação, agradecerei o retorno.