Museu da Pesca 196 – Rio Punaú
Outro riozinho fantástico era o rio Punaú. Assim que cheguei em Natal, ainda em 2001, fui apresentado a ele pelos amigos Katiúscio e Alexandre. Ficava para o norte, a partir de Natal, de onde distava 67 km, aproximadamente.
Naqueles tempos era comum pegar numa manhã mais de 20 robalos de bom tamanho, caminhando pelas margens do rio, a pé, dentro d`água ou nos barrancos.
O visual era deslumbrante, o peixe era um mero detalhe, mas já naquela época, quando cheguei por lá, os anos dourados tinham acabado, as pescarias estavam piorando, mercê das tarrafas e arpões. Os peixes mais procurados eram os robalos e os baby tarpons, mas o rio era frequentado também por caranhas, xareletes e ubaranas, além de outros. A notícia que temos é que nesse rio o maior baby capturado pesou 6 kg e mediu 90 centímetros, e há registros de robalões de mais de 10 kg. Mas esses tempos acabaram, infelizmente o rio assoreou, o peixe escasseou e virou mais um ponto para turistas do que para pescadores, muitas construções nas barrancas e por aí vai.
Anos depois, acredito que em 2006, tive o prazer de levar para lá a dupla Roberto Veras e Marcos Conceição. Como aconteceu?
Bem, recebi um dia uma ligação do Betão me contando que ele e o Marcão tinham feito um piloto de um novo programa de pesca que seria veiculado pelo SBT, com produção do Gugu Liberato. Recebi dias depois o piloto, em VHS, e era realmente maravilhoso, uma produção de alta qualidade.
Falei com o Gilberto Maia, e, apesar das dificuldades, ele viabilizou a vinda da equipe, composta pelo Betão, Marcão, Ricardo Lise (diretor), Magrão (cinegrafista), e um ajudante de áudio que não me lembro o nome. Esses três últimos eram funcionários da produtora ZYD, que participava de quase todas as produções da Zillig Editora. Eu mesmo, junto com o Ian de Sulocki, já havíamos gravado juntos com essa equipe em Arraial do Cabo, para o programa do Mateus. Era uma equipe afinada. Tivemos muitas aventuras, mas não cabe aqui contar as histórias. O fato é que nesse tempo ainda não éramos fregueses do Cunhaú, nem sabíamos de suas maravilhas. Foi nesse ano, 2006, se não me engano, que o Auricélio começou seu aprendizado no Cunhaú.
Depois de toda essa história deixo apenas um pequeno registro do que foi a pescaria no Punaú. Para compensar o grande texto, pequeno vídeo.
Apenas um comentário final: Ninguém soube desse novo programa, nem o que perdeu, apenas os amigos mais chegados dos envolvidos. Deixamos de ver matérias muito legais, assim como pescarias de xaréus e tarpons em Tibau do Sul.
Porque o programa não foi pra frente? Eu nunca soube…