Museu da pesca 17 – Arraial do Cabo 03

Em uma de minhas pescarias em Arraial, já na água azul, vi uma vez um barco ao longe brigando com um grande peixe, que dava pulos espetaculares ao seu redor. O Humberto explicou que era um anequim, o mais rápido dos tubarões, e o único que pulava fora d`água quando fisgado. Acabamos marcando uma pescaria do Mako (anequim), com outros pescadores conhecidos do Humberto.

Nessa temporada meu filho tinha 10 anos e tinha participado de algumas pescarias conosco. No dia anterior à pescaria do tubarão, bem longe da costa, estávamos corricando quando ouvimos um estrondo atrás do barco. Olhamos assustados e só vimos a espuma e o turbilhão, ocasionado por algo muito grande caindo na água. Era uma baleia, que em seguida passou ao lado do barco, uns 20 metros, mostrando sua corcova e emitindo sons que mais pareciam um lamento. Continuou seu caminho e logo desapareceu à distância, nos brindando com seu canto. Talvez fosse uma despedida ou um cumprimento, sei lá…

Meu filho, que estava voltado para a popa, viu tudo e achou muito legal. Eu, pelo contrário, fiquei bastante amedrontado, tanto que no dia seguinte, pescaria do tubarão, resolvi não levar ele no barco. Até hoje ele não me perdoou…

O Marquinho era meio franzino e quando pescava um dourado eu ou um dos amigos o segurava pela cintura, com medo dele ser arrastado pelo peixe para a água. Ele adorava.

Nessas imagens temos lembranças da pescaria do Mako e também de pescaria de bonitos e enchovas na “Ponta do Focinho”, são flashes apenas. A pescaria do Mako e de outras espécies está mais detalhada e explicada em meu livro, aqui o espaço é pequeno para isso.

Essa é a parte final das imagens gravadas com filmes em Super 8 mm.

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Sobre o autor

Marco Antônio Guerreiro Ferreira

 
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