Museu da Pesca 123 – Flagrantes do Rio Mutuca 04
Conhecíamos bem os rios Mutuca e Jatuarana, mas quando a agenda estava livre, saíamos o Sabá, o Guila, e eu, com a finalidade de descobrir novos pontos. Esse é um desses dias. Saímos bem cedo, a ideia era subir bastante o rio Jatuarana, afluente do Mutuca. Não só os peixes estavam em nossa agenda, a política de boa vizinhança também era bastante praticada por nós. Foi assim que conhecemos a família da Beatriz, que nos mostrou que a felicidade mora em qualquer lugar.
Foi um dia bastante agradável, e subimos o rio em direção às cabeceiras até um ponto que ficou bastante estreito. Tempos depois, nesse ponto, fisguei e perdi o maior tucunaré da minha vida. Não o vi, esse julgamento é pela força que fez. Eu estava na proa, no elétrico, e só ouvi o Sabá gritar: – Segura, segura! – Segurar como, não conseguia nem tirar a ponteira da vara de dentro d`água! Só ouvi o estouro da linha se rompendo. Não peguei, mas nunca mais esqueci. Nessa pescaria o Guila não estava conosco.
Gostaria de revisitar esses pontos, talvez nem os reconhecesse. Essas são algumas das lembranças da região. É a última parte. Gravei mais uma, que seria a parte final, mas ficou muito longa, cerca de 20 minutos, e trata-se de uma reunião com os moradores do rio, expondo as mazelas dos órgãos públicos e sua preocupação. Preocupação do povo, claro, não dos órgãos públicos. Que Deus abençoes aquela gente!