Museu da Pesca 03 – Rondônia
Cá estou no Vale do Guaporé, ansioso por conhecer as águas da Amazônia. Nosso objetivo era gravar a pescaria do tucunaré, para finalizar o vídeo iniciado em Itumbiara.
Isso foi possível devido a parceria com a Evidência Turismo – Ligue Pesque, que nos deu todo apoio e incentivo possível.
Em Itumbiara reinava o tucunaré azul, e agora iríamos conhecer uma nova espécie, o tucunaré “Pitanga”, assim chamado pelo pessoal da região. O tucunaré azul vimos até de 5 kg em Itumbiara, e o Pitanga chegava até 6kg, segundo a propaganda do “Hotel Cabanas do Guaporé”, em Pimenteiras, nosso anfitrião. Na realidade o maior que vimos por lá pesava uns 4 kg, mas isso em nada desmerecia a espécie.
O rio Guaporé foi um dos mais belos que conheci, principalmente por seus caminhos e atalhos, principalmente para chegar nas baías que faziam ligação com o rio, tanto do lado Boliviano como do lado Brasileiro, divisa entre os dois países.
Do lado Boliviano tínhamos que conseguir licença para entrar, era mais conservado, já no lado brasileiro era a casa da mãe Joana, sem controle.
Voltei várias vezes à região, para outras produções ou simplesmente acompanhar grupos de amigos e clientes.
Lembro aos amigos novamente que essas cenas não são pedaços do vídeo, apenas cenas de pescaria que fizeram parte ou não da produção. Outra coisa se refere à trilha sonora. Sabemos que uma boa trilha aumenta a qualidade e emoção, mas deixamos de colocar por se tratar apenas de registros, queríamos conservar os sons originais do lugar, embora nem sempre conseguíssemos captar de forma adequada. Quando rever as cenas, quero ver como eram em sua origem.
A equipe era formada mais uma vez pelo Ismar, pescando, e eu e o Mario, gravando. Selo da “Master Câmera”.
Foi nessa ocasião que conhecemos as cachorras, capturadas com iscas artificiais em águas mais rápidas, e a isca preferida era a RED FIN 900, com garatéias reforçadas.
Pescamos muitas cachorras, tucunarés e apaiaris, até um Apapá se apresentou, pulou, nos cumprimentou e foi embora.
Como esse vídeo foi um dos primeiros feitos no Brasil, foi um sucesso, nos incentivando a produzir outro, objeto de nossa próxima postagem.
A cena que mais marcou nesse vídeo foi um ataque de um tucunaré a uma isca de superfície, gravada pelo Mario Ferrari, que chamamos de “ataque do torpedo”. Foi a mais comentada do vídeo, tanto que coloquei nesse caso a imagens retirada do vídeo original, com trilha sonora e tudo. Alguém viu e se lembra?
Até a próxima, pessoal!