Arquivo da ‘Museu da Pesca’ Categoria
Museu da Pesca 169 – Grupo Uemura no Unini 01
Já falei muito do Saburo para vocês, mostrando as reuniões na Point Pesca. De lá saíam muitas excursões para o Amazonas, em busca dos grandes tucunarés, e participei de algumas. Grupos eram formados como resultados das histórias, vídeos, e fotografias. O pessoal endoidava, e de agosto a dezembro era uma festa. Em muitas que fui estava sem câmera, mas sobraram alguns registros que gosto de mostrar aos amigos para lembrar daqueles tempos e lugares, década de 90, quando uma pescaria desse tipo ainda tinha muito de aventura, pois não tínhamos guias, e descobrir o peixe e não se perder dependia de nós. Nem sempre pegávamos grandes exemplares, como é normal em toda pescaria, mas a aventura valia a pena, com certeza. Um desses grupos foi formado pela família Uemura, pois alguns de seus componentes eram figurinha carimbada no Saburo, e eu fui escalado para registrar o evento. O vídeo completo tem mais ou menos uma hora, nem tenho mais o “Master”, mas separei alguns registros, em duas partes, para não ficar longo demais, mostrando apenas algumas cenas da pescaria. Vamos à primeira parte!
Museu da Pesca 168 – Uma aventura no Unini subindo a corredeira
O rio Unini foi um de meus rios favoritos durante todo o tempo que pesquei e gravei na Amazônia. Tempos depois ficou proibida sua entrada para pescar, a exemplo do rio Jaú (Reserva do Jaú). Me parece que também virou reserva. Pescamos tanto nas cheias como nas vazantes. Quando as águas estavam mais altas, podia-se atravessar a primeira corredeira sem problemas, apenas tomando-se cuidado com as pedras submersas, que eram muitas. Mesmo assim formava-se caravana de barcos com os mais experientes na frente e os demais seguindo em fila indiana. Quando as águas estavam baixas, nem barcos de alumínio conseguiam fazer a travessia. O remédio era fazer um desvio sobre as pedras, rolando os barcos por cima de troncos, até alcançar um braço ao lado, com profundidade para navegar. Dava trabalho mais valia a pena. Nesses casos a vigilância de quem pilotava dobrava, era realmente muito perigosa a navegação. Mas valia a pena, descobrimos muitos tesouros que o rio teimava em esconder. Frequentamos muito esse rio, e no final já navegávamos e fazíamos a travessia sem necessidade de guias. Vejam como era a aventura, conforme descrevemos.
Museu da Pesca 167 – Era uma vez pescando com Gugu no Iriri
Recentemente postamos uma aventura da turma do chegado no Iriri. Ao rever aquelas imagens, lembrei da última vez que vi e gravei o Gugu numa pescaria. Isso foi em 2007, e só tornei a encontra-lo numa das feiras da Pesca & Cia em São Paulo, antes da pandemia. Foi num fim de tarde, apenas para lembrar dos bons tempos, a gente um pouco mais velho na ocasião. Hoje (2023) não vou comentar… Eheheheh… Gugu pegou muitos tucunarés e um trairão, foi um fim de tarde bastante agradável, quebrando a rotina dos dias gravando a turma do chegado. No final da pescaria, como não podia deixar de ser, no meio do rio, o sol se pondo, os peixes batendo e as aves cantando, o Gugu puxa sua velha botija, de velhas pescarias, abraçando em seu interior um velho amigo, um malte escocês, e emoldurados por aquela paisagem, brindamos aos velhos, presentes, e futuros encontros e pescarias, onde o destino marcar.