Arquivo da ‘Museu da Pesca’ Categoria
Museu da Pesca 172 Era uma vez… Pesca na montanha
As décadas de 80/90 foram mágicas no Brasil no tocante ao desenvolvimento da pesca amadora, dita esportiva. Além de revistas, livros, matérias em jornal e programas de televisão, as lojas de pesca promoviam encontros entre seus clientes que eram verdadeiras aulas, cada um contribuindo com um pouco de sua experiência para o desenvolvimento e aprendizado de todos. Além disso, também promoviam excursões de pesca para diversos locais, algumas inclusive com curso incluído, onde se podia levar a família. Uma muito concorrida na época era para Campos do Jordão, num local que chamávamos de “Pesca na Montanha”, no alto da serra. O programa era organizado pela loja “Tsuri”, do amigo Ilton Nomura, Nesse vídeo os instrutores da vez eram o Feijão, o Guila, e o Franklin Oliani, e o assunto era pesca com mosca. Aqui vão algumas cenas que restaram dessa excursão, e faz tanto tempo que para a surpresa de vocês encontrarão o Betinho na turma de alunos iniciantes.
Museu da Pesca 171 – Lembranças do Puruba
O rio Puruba foi um dos mais famosos do estado de São Paulo na pesca de robalões, isso na década de 90, mas dele só restaram a fama e as lembranças, até onde sei. Para variar, detonaram tudo, só deixando os rastros da raça humana. Na época do Pesca & Cia, onde o Gugu era um dos apresentadores e eu seu câmera, fomos lá várias vezes tentar capturar um robalão. Num outro programa na televisão (acho que Pescadores do Brasil), o Gugu já tinha capturado um belo espécime, assim como seu filho. Nessa data ainda não o conhecia pessoalmente. Pois bem, fomos várias vezes, mas não demos sorte. Aliás, o ponto era bastante concorrido. Lembro-me de duas ocasiões que me marcaram. Uma foi num dia que tinha bastante pescadores, mas nada de robalão. A maioria estava pescando já dentro do rio, usando isca natural, lambaris como isca. Foi uma pescaria bastante divertida, mas só de robalos pevas, pequenos. Gravei essas cenas e foi inclusive ao ar num dos programa, mas não tenho registro. A outra ocasião foi num dia de bastante chuva, um dilúvio. Aguentamos pescar até umas 10 horas da manhã, roupas ensopadas, frio batendo e dificuldades em manter os equipamentos secos. A praia e o rio estavam desertas, à exceção de dois outros pescadores, conhecidos no meio da pesca e fregueses do local. Infelizmente não me lembro o nome eles, Eu e o Gugu desistimos e pegamos o rumo de casa. Já em São Paulo, recebi uma ligação no fim da tarde dos dois pescadores que tinham ficado tomando chuva e frio. Estavam fora de si, até parecia que tinham tomado uma, mas não, era só excitação com o ocorrido. Segundo eles, depois das 14:00 horas pegaram dois robalões flechas, um com 14 kg e outro com 15 kg. Não resistiram e estavam ligando só para nos sacanear. Coisas da pescaria… Fiquem com essas poucas imagens de um lugar que já foi um paraíso e referência na pesca de robalões.
Museu da Pesca 170 – Grupo Uemura no Unini 02
E foi isso, pessoal! Quem viu, viu… Fico pensando se aqueles lagos e igarapés ainda existem, se houve desmatamento, assoreamento, queimadas, etc. Os pontos de pesca daquela época perderam sua força, hoje o top é a partir de Barcelos. É muito difícil obter informações como está hoje em dia, pois a pesca e entrada no rio estão proibidas, a não ser para os ribeirinhos. Quem sabe ainda dá pra fazer uma “saideira”?