Arquivo da ‘Museu da Pesca’ Categoria
Museu da Pesca 220 – Primeiras visitas – Festival de xaréus
Sempre fui fascinado pelos peixes do rio Cunhaú, não só pelos tamanhos e quantidades como também pela diversidade. No mesmo dia podíamos dar de cara com as mais variadas espécies, tais como o xaréu, robalos, tarpons, pescadas, caranhas, badejos, meros, ubaranas, pampos e até sernambiquaras, entre outros de menor expressão.
Alguns eu não estava acostumado a encontrar em rios de mangue, como os xaréus, tarpons e sernambiquaras, vindo de pescarias nos rios do sudeste, entre eles o Itapanhaú (Rio da Fazenda), em Bertioga.
Nesse bloco vamos mostrar uma pescaria de xaréus, dificilmente quem estivesse com isca na água deixava de pesgar o seu. Eita bicho brabo!
Museu da Pesca 219 – Primeiras visitas – Festival de robalos
Santo de casas não faz milagre, diz o ditado popular. Parece que é verdade. Depois de pescar e conhecer bastante o Cunhaú, estive em São Paulo e tive oportunidade de visitar algumas lojas de pesca, na esperança de encontrar velhos conhecidos dos bons tempos. Encontrei muitos, e falei maravilhas das pescarias de robalo no Cunhaú, convidando-os para conhecer. Achei que não acreditaram muito em mim, pois nenhum deles veio até hoje (2024), somente os mais chegados, que viriam de qualquer maneira, nem que fosse para visitar esse amigo.
A primeira dupla que veio de São Paulo foi o Ismar e o Conradinho Supimpa, e não se arrependeram, pois durante bom tempo recebi visitas de vários da turma, revezando as duplas. Alguns vieram mais de uma vez no mesmo ano.
Nessa ocasião os JJ e os jighead não eram mais surpresas para nós, o Auricélio já tinha se especializado e nos atualizado.
Apesar de avisado, o Auricélio não resistia e pescava também. Sabia que não fazia parte do pacote dividir os peixes (ação) com os clientes, mas era fominha o bastante para esquecer nossa orientação.
Mas isso faz parte do passado. O fato é que por várias vezes estavam todos do barco com peixe na linha, era bastante divertido.
Essa é uma das vezes que isso aconteceu, na primeira vinda da nossa turma para cá. Estavam todos usando camarão com jighead e a festa era com os robalos, menos um intruso que não foi convidado e apareceu para estragar a festa do Ismar.
Aliás, o Auricélio já tinha atendido diversos clientes, do estado e fora dele. Uma das surpresas mais agradáveis foi quando recebi um telefonema do Alfio, de São Paulo, me informando que viria pescar no Cunhaú e me convidando para acompanha-lo na pescaria. Foi muito gratificante, o Alfio pegou muitos robalos, e perdeu outros tantos, talvez devido ao dimensionamento do material, pois esbarrou em alguns robalões que não deram nem satisfação. Isso porque a pescaria era sempre de pincho nas galhadas, e sabemos que robalo grande nas tranqueiras é ponto para ele. Infelizmente perdi a maior parte das gravações, se conseguir nessa “garimpagem” de lembranças posto para vocês.
Estou me estendendo muito e o pessoal já está de cara feia. Vamos às imagens…
Museu da Pesca 218 – Os primeiros baby tarpons
Os primeiros baby tarpons que vi foi no Cunhaú. Quando cheguei em Natal não sabia de sua existência e abundancia por aqui, afinal só ouvia falar de tarpons em revistas de pesca e mesmo assim falando de pescarias principalmente em Miami e Costa Rica. Quando pescadores brasileiros queriam pescar tarpons, eram esses locais os principais eleitos.
Quando morava em São Paulo, vi uma vez uma matéria na revista Pescatur, editada no Rio de Janeiro, sobre uma estrutura de pesca para tarpons, o “Cricaré Praia Hotel”, em Conceição da Barra, no Espírito Santo. Era a revista de setembro/outubro de 1976, época que eu trabalhava na Ericsson. Endoidei e resolvi que iria pescar por lá atrás do tarpon, que pensava até então não existir no Brasil. Infelizmente não deu certo, mas fui presenteado mais tarde com o Cunhaú.
Desculpem se às vezes me alongo e mudo de conversa, mas as lembranças vão chegando e vou viajando, o que é comum entre nós, pescadores.
Sempre ouvi falar da dificuldade de se embarcar um tarpon, devido sua boca dura dificultando a fisgada. Diz a lenda urbana que de cada dez fisgados se embarca um.
A primeira vez que vi um baby estava com o Auricélio e o Miudinho, e não conseguimos embarcar nenhum nesse dia. Depois fomos aprendendo as manhas e as coisas melhoraram, mas realmente tem certo grau de dificuldade sua captura. Depois recebemos a visita de vários amigos de São Paulo, e como sempre acompanhei esses amigos nas pescarias, fui colecionando cenas para mais tarde usar em vídeos, DVDs, ou simplesmente boas lembranças.
No vídeo de hoje as dificuldades para se embarcar um baby, até se pegar a manha da fisgada. De sobra alguns robalinhos…