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Bahia Top de Robalos
Se no inverno, com águas turvas, foi possível capturar e soltar mais de 6 espécies diferentes de peixe imaginem com deve ser a piscosidade do local no verão!
O Local
Finalmente, depois de ler diversas reportagens falando a respeito da piscosidade dos rios que cortam a cidade de Jaguaripe-Ba, pude conhecer o “santuário do robalo flecha”.
Jaguaripe é uma cidade do recôncavo baiano que fica a cerca de 90 km de Salvador via Ferry Boat. Para nossa sorte existe nessa cidade uma empresa de pesca esportiva, a Bahia Top Fishing, especialista em levar pescadores para duelar contra as diferentes espécies de robalos (flecha, peva, trick).
Fizemos então contato com o Gabriel, responsável pela Bahia Top Fishing, que nos respondeu de forma simples e objetiva : ” Estamos no inverno, não é a época boa, mas podem vir que eu garanto que vocês vão pegar muitos robalos”.
Chegamos em Jaguaripe na sexta-feira no final da tarde e fomos muito bem acolhidos pelo pessoal do hotel que nos deu aquela sensação de estarmos em família.
À noite, eu e meus dois parceiros sentamos na beira da piscina ficamos proseando e fomos logo desfrutar de um dos pratos que é famoso no local. A Mariscada. Confesso que nunca comi tanto e ao ver a quantidade de comida sobrando senti muita falta de ter um segundo estômago.
Pescaria
Saímos por volta das 7:00, horário que ideal da maré para a pesca no mangue. Eu fui “bater” uma estrutura no rio principal, Jaguaripe, e o Marcelo e seu pai (Hermes) foram pro Mucujó, rio afluente do Jaguaripe.
Em um cerco, estrutura de madeira, tive logo muitas ações. Fisguei 2 robalos tricks e uma porção de ataques não certeiros à minha isca me levou a imaginar o quanto que seria produtivo o dia.
Ainda nessa estrutura, Gabriel me apresentou sua arma secreta. O sistema de camarão vivo com bóia “paulistinha”. Nunca tinha pescado dessa forma e o que mais me chamou a atenção é a agilidade que o camarão tem para tentar se livrar do ataque do robalo.
É fácil perceber quando o robalo se aproxima do camarão, pois o camarãozinho começa a pular fora d’água até que o robalo acerta o bote e faz a bóia afundar velozmente e é nesse momento que devemos dar a fisgada.
Interessante também é a parceria que podemos fazer entre a isca artificial e a natural. Um dos parceiros arremessa a bóia, se tiver robalo no local certamente ele irá atacar e se a fisgada não for confirmada basta arremessar uma isca de meia-água junto à bóia que é quase certo dele atacar a isca.
Depois de um início já bem agitado parti em direção ao rio Mucujó, onde estavam meus parceiros. Ao cruzarmos os barcos recebi a notícia que bons robalos pevas já haviam sido fisgados e que o seu Hermes tinha fisgado o primeiro robalo de toda sua vida de pesca. A felicidade estava estampada no rosto!
O rio Mucujó e o Mucujózinho tem muitas curvas repletas de galhadas. Perdi a conta do números de vezes que eu repeti a frase: “Que galhada boa !”.
Em uma dessas galhadas levei um tremendo susto com um robalo. Eu vinha trabalhando um stick quando um robalinho passou a segui-lo e começou a distribuir bocadas incerteiras.
Dei uma paradinha na isca e o robalo parou bem embaixo da mesma e ficou a observando, retornei o trabalho e ele continuou a perseguir a isca até próximo ao barco. Quando não havia mais o que recolher de linha, parei o movimento da isca e esse robalo ficou parado na superfície por cerca de uns 5 segundos só olhando para a isca. Até que ele desistiu e foi embora.
Dá para imaginar meu desespero? Eu tinha destravado a carretilha e ficado na torcida: “abocanha!”, “abocanha a isca!”. Mais esperto que eu, o robalinho desistiu da idéia de comer aquele peixinho plástico e foi embora…
Grande Cerco
Já era quase meio dia quando eu cheguei numa estrutura de madeira que os ribeirinhos fazem para pescar. Como esse cerco atrai os peixinhos pequenos que buscam abrigo nas estruturas é muito comum encontrar predadores como robalos, xaréus, e xareletes na espreita de uma presa.
Paramos lado a lado com o barco do Marcelo que já havia fisgado aí uma grande variedade de peixes. Robalo, Caranha, Carapitanga, Xarelete. O impressionante é que toda essa variedade de peixes foi fisgada com um única isca. Uma Bomber Long A 14 cor verde-limão. Marcelo estava imbatível com essa isca. Era jogar, pegar, tirar foto e soltar!
Eu ainda conseguir fisgar um robalinho com um Firestick mas que fugiu antes de sair na foto e um xarelete numa isca Maria The First 70.
O Banquete
Chegou a hora do almoço, estávamos esfomeados depois de uma manhã bem cheia. Pedimos Moqueca de Camarão e Moqueca de Peixe.
Especialista em culinária baiana, Dona Helena preparou duas moquecas que pareciam ser pratos para 12 pessoas e não para aqueles 3 famintos. Resultado: De tão gostosos que estavam os pratos não sobrou nem o caldo.
A tarde
Na parte da tarde o vento estava muito forte, dificultando o trabalho das iscas principalmente às de superfície. Resolvemos partir para um rio mais abrigado que não sofresse tanta ação do vento.
Subimos o rio para poder voltarmos ao sabor da maré explorando suas margens. Logo que desligamos o motor de popa e ligamos o elétrico fiz um arremesso que foi logo surpreendido pelo ataque de um bonito robalinho.
Mais algumas curvas à baixo, Gabriel usando camarão vivo fisga um bonito robalo!
A tarde estava prometendo, mas infelizmente só conseguimos fisgar esses dois peixes. A água de rio é típica de mangue e devido às chuvas estava bem escura impossibilitando o uso da isca artificial.
Ainda tentamos outros rios, mas o vento atrapalhava muito…
Marcelo e seu pai fisgaram também alguns peixes, pevas de bom tamanho mas também relataram que a cor turva da água e o vento atrapalhou um pouco a pescaria.
Segundo dia
No domingo acordamos cedo e tomamos um café bem reforçado pois pretendíamos pescar até as 14:00 uma vez que nossa volta à Salvador seria por volta das quatro horas da tarde e não queríamos desperdiçar nem um minuto de pescaria.
Novo dia, novo rumo…
Ao invés de pescarmos nos rios afluentes dessa vez nós fomos “pinchar” no rio principal. O rio Jaguaripe é bem fundo e para se ter sucesso na pescaria é preciso fazer arremessos bem próximos à margem. As estruturas possíveis de se encontrar os robalos são maravilhosas, enormes paredões de pedras que dão aquela sensação de que um enorme flecha vai atacar sua isca.
Levei cerca de uns quinze minutos fazendo arremessos sem sucesso até que comecei a ter ações. Os peixes não acertavam a bocada e impressionantemente sumiam, não atacando a isca novamente. Creio eu que devido à profundidade, logo após o ataque único eles deveriam ir para o fundo e não retornavam mais à superfície.
Depois quase 2 horas de pescaria eu encontro o barco de meus parceiros e pergunto como está a pescaria deles. A resposta veio animadora! Foram vários peixes fisgados e muitas ações…
Marcelo inaugurando sua carretilha Daiwa Zillion fisgou um belo flecha, alias, o primeiro de sua vida. Experiente na pesca do tucunaré, Marcelo que nunca tinha tido a oportunidade de pescar robalos mostrou que muito de suas técnicas poderiam ser usadas também com o robalo.
Fazendo arremessos certeiros inspirados no mestre Nakamura e produzindo um nado bem errático na isca, Marcelo conseguiu fisgar uma grande variedade de peixes. Uma espécie de Vermelho conhecida no Nordeste como “Carapitanga” ficava enlouquecida com o trabalho errático da isca.
Mudança de rumo
Conversei com meu piloteiro dizendo que seu eu não corresse atrás do prejuízo quando retornasse ao hotel eu estaria perdido com a gozação da galera.
Mudamos nossos planos radicalmente e fomos para o Rio da Dona que é um dos rios mais piscosos da região. Mais espetaculares ainda eram as estruturas encontradas nos pequenos rios que deságuam no Dona. Enormes galhadas nas curvas dos rios promoviam o habitat perfeito para os robalos.
E foi exatamente numa curva dessas, onde havia um bonito remanso que um bom flecha atacou fortemente minha isca. A carretilha cantou com a linha saindo em disparada. “Peixe grande! Peixe grande!” eu disse. O piloteiro Jau rapidamente usando o motor elétrico me puxou para o meio do rio na tentativa de evitar que o
robalo corresse em direção às galhadas.
Para me dar um susto, o robalo ainda enroscou num galho submerso mas felizmente desenroscou logo e quando consegui embarcá-lo dei um grito de alegria. Cumprimentei o piloteiro dando-lhe os parabéns pela sua sábia atitude com a movimentação do barco e o seu rápido reflexo.
Em seguida ainda tive a oportunidade de fisgar mais alguns peixes que foram devidamente fotografados e devolvidos à liberdade.
O Defeso
Para a nossa alegria ficamos sabendo que estava decretado em Jaguaripe o período de Defeso do robalo. A pesca do robalo para o consumo estava proibida e apenas a pesca esportiva, “pesque e solte”, estava liberada.
Conversando com meu piloteiro fiquei sabendo que esse era período que se encaixa aproximadamente no período de desova do robalo. Sendo uma medida muito importante para a preservação da espécie. Ainda perguntei se todos os pescadores estavam cumprindo o Defeso e ele me respondeu que a grande maioria sim e que alguns não, mas mesmo que não seja tão fiscalizado o Defeso, essa medida de certa forma inibe a matança indiscriminada. Nenhum pescador poderia ser visto na rua vendendo robalo por exemplo.
Equipamentos
Beto Andrade
1 Conjunto – Vara Rapala Bronze 12 lbs 5′ 3” + Carretilha Quantum Accurist
2 Conjunto – Vara MS Evolution 5′ 6” + Carretilha Daiwa Megaforce
3 Conjunto – Vara Daiwa 25 lbs 6′ 6” + Carretilha Shimano Cu201
Iscas:
Magic Stick 90 by Nelson Nakamura
Maria The First 70 e 90
Flat Pepper 70 cor Ayu
Stick AGA
Firestick – Intergreen
Marcelo Melo
1 Conjunto – Vara Rapala Silver 17 lbs 5′ 3” + Carretilha Daiwa Zillion
2 Conjunto – Vara Shimano Clarus 20lbs 6′ + Carretilha Quantum Accurist
Iscas:
Bomber Long A 14 cor verde limão
Magic Stick 90 by Nelson Nakamura
Borá 10 by Nelson Nakamura
Hermes
1 Conjunto – Vara Fleming 20 lbs 6′ + Molinete 1500
2 Conjunto – Vara Marine Sports 6′ + Molinete 2500
Iscas:
Camarão vivo + bóia paulistinha
Rapala Brasileirinha
Spinners diversos
Empresa de Pesca Esportiva
Bahia Top Fishing – http://www.bahiatopfishing.com.br/
Agradecimentos
Queria agradecer a Gabriel da Bahia Top Fishing pelo excelente serviço prestado. Foi tudo dez! Valeu!
Quero voltar para fazer a pescaria de jumping jig e a de rodada que não deu tempo de fazer! São tantas opções… A gente fica doido!
Agradecer também ao pessoal do Hotel Porto de Jaguaripe pelo ótimo atendimento. Valeu de mais!
A pesca com Fly na praia
Há algum tempo tenho me reunido com o amigo Marcos Réia, experiente produtor de filmes de pesca, para a produção de um DVD focado justamente neste esporte no Nordeste do País, abrangendo as mais diversas modalidades praticadas na região; dentre elas, a pesca com iscas artificiais na praia.
Em um de nossos encontros, sugeri a possibilidade de incluir também a pesca de fly nesse mesmo ambiente, pois, até agora, é raro ouvirmos falar desta prática.
Sugestão aceita resolvemos que, quando fôssemos gravar uma pescaria com iscas artificiais em uma das praias nordestinas, além do equipamento básico de vara e carretilha, levaríamos também tralhas para pesca com mosca.
Nosso destino seria a Ponta do Pirambu, praia com excelentes estruturas de pedras e propícia para o encontro com grandes exemplares de várias espécies. O ponto fica em Tibau do Sul, cidade a cerca de 90 km de Natal, no Rio Grande do Norte.
Analisando a tábua de marés, marcamos nossa pescaria de forma que aproveitássemos a chamada maré de lançamento – que ocorre nos dois primeiros dias da mudança de minguante ou crescente para cheia ou nova. Ela estaria baixando pela manhã, bem cedo, e seu reponto de vazante chegaria até às 8h 30; acreditávamos que este seria um excelente horário para a captura de camurins (robalos), xaréus e, com um pouco de sorte, até camurupins (tarpons).
Saímos de Natal às 3h 30 da madrugada e, em Tibau, nos encontramos com o parceiro paulista Edílson Adorno, freqüentador do site Pesca-NE, que estava doido para pescar conosco, devido às informações de excelentes pescarias no local relatadas no portal.
Iscas na água
Com as tralhas convencionais e iscas de meia-água e superfície, já havíamos capturado xaréus e camurins de bom tamanho, na faixa dos cinco quilos. Tudo isso só contribuiu para que nossa expectativa de fisgas grandes exemplares no fly no local aumentasse.
Montei meu equipamento, composto de vara para linha 8 e carretilha abastecida com uma WF8 afundante classe II, adequada para a pesca na água salgada de regiões tropicais. Utilizei um líder com cerca de dois metros de linha 0,60 mm e um streamer atado a um anzol Mustad 34007 número 3/0.
Nessa modalidade, é necessário dispor de uma boa quantidade de linha de backing, com 30 lb de resistência. Além de utilizar um apetrecho chamado de strippinf basket, que nada mais é do que uma cestinha, acoplada a um cinto que pode ser preso na cintura, na qual são acondicionadas as linhas na hora dos arremessos.
Esta cesta é importante para evitar que a linha enrosque nas pedras durante o lançamento, o que pode acontecer com facilidade por causa dos constantes ventos que chegam do mar – especialmente no Nordeste. Como é bastante difícil encontrar este equipamento no mercado nacional, eu procurei adaptar uma daquelas cestinhas usadas em supermercados; os resultados foram excelentes.
Logo nos primeiros arremessos, senti uma forte puxada na linha, seguida de uma repentina corrida: tratava-se de um belo exemplar de camurim.
Depois de uma boa briga e alguns saltos, o peixão se entregou. Após fotografá-lo, o pesamos e devolvemos à água: a marca de 2,5 kg já fazia dele um excelente exemplar fisgado com equipamento de fly.
O camurim chegou a engolir totalmente o streamer, ralando parte da linha do líder, que teve de ser refeita para novos arremessos. A esta altura, a maré já tinha repontado e estava no início da enchente, o que me dava pouco tempo para pescar – isso porque em breve ela começaria a nos expulsar do meio das pedras.
Num lançamento de pouco mais de 20 m, já recolhendo a linha, vi minha vara envergar completamente, fazendo a carretilha cantar feito louca e o backing quase que esgotar-se rapidamente.
Procurei conter a corrida do peixe freando a carretilha com a palma da mão na borda do carretel; funcionou, mas por causa da alta velocidade do carretel, levei umas boas pancadas da manivela nos dedos, o que não me causou nada de grave, a não ser muita dor.
Comecei a recuperar preciosos metros de backing, mas, a cada 15 ou 20 metros de linha que eu recolhia o peixe tomava outros 30 e começava toda a briga novamente. Tive que deixar a vara constantemente tencionada, para não correr o risco de fazer a linha bambear e perder o exemplar, que tinha jeito de ser grande.
Percebi que o Marcão torcia muito para que eu não perdesse o peixe, pois, para ele, as cenas gravadas de um grande exemplar fisgado com tralha de fly seriam inéditas; mas a briga estava ficando longa demais e meu braço, bastante dolorido. Nesse momento, eu já tinha minhas dúvidas se iria conseguir tirar o peixe, especialmente porque estávamos pescando em um local com bastante pedra e, a qualquer momento, a linha poderia ser rompida com o atrito.
Além disso, a maré já estava engrossando, o que tornava arriscado ficar em cima das pedras. Mas ainda para o Marcão, que levava equipamentos de filmagem nas costas, e para o Edílson, que tinha a máquina fotográfica em mãos. O risco foi comprovado quando o Edílson caiu na água depois de uma onda e danificou sua câmera; pelo menos conseguimos recuperar as fotos e um vídeo com boa parte da briga com o peixe.
Depois de uma intensa batalha, o belo peixe pranchou e se revelou: tratava-se de um xaréu de pouco mais de 5 kg, que foi retirado da água bastante cansado e muito estressado. Talvez se eu tivesse usado uma carretilha com sistema de freio melhor, a briga não teria se estendido tanto, deixando-o menos cansado.
Tivemos que reainmá-lo durante um bom tempo até que ele voltasse para a água para dar seguimento a seu ciclo de vida.
Com a maré já cheia – e os pequenos acidentes de percurso – a pescaria infelizmente não poderia prosseguir. Ainda assim, deixamos a Ponta do Pirambu com a sensação do dever cumprido: capturamos excelentes imagens e realizamos uma pescaria inédita com o equipamento de fly em uma praia nordestina.
Xaréus da praia de Boa Viagem
Esta matéria é um complemento da “Camurins e Camuripins da praia de Boa Viagem“, pois vamos falar do mesmo local, mas de um peixe que considero fantástico e extremamente esportivo: O Xaréu
Recentemente com a ajuda do Rafael Monteiro fui apresentado aos Xaréus de Boa Viagem, confesso que até então não tinha tido sucesso na pescaria deste peixe nesta praia e, como dito na matéria anterior, fiquei sempre bitolado aos Camurins (Robalos) e Camurupins (Tarpons). Mas, vivendo e aprendendo!
Os horários e marés para a pesca do Xaréu são bem diferentes das utilizadas para os Camurins/Camurupins, temos mais ações no amanhecer e entardecer, sendo este último o que tem tido mais resultados. As marés mais indicadas são as de luas de quarto, conhecidas como marés mortas e, preferencialmente, na enchente, o que torna a pescaria além de emocionante nas ações, perigosas, pois ficamos tomando pancada de ondas em cima dos arrecifes encobertos e bem próximos dos locais de ataques dos famosos tubarões de Boa Viagem.
No final da primavera e verão é possível ver os Xaréus nadando nas ondas caçando as Saúnas e Tainhas, além dos ataques cinematográficos na superfície da água, tornando a ansiedade e expectativa da captura de um exemplar mais excitante. Não é raro ter ataques bem próximo de você (2m), pois os Xaréus vem acompanhando a isca, dando as famosas “rabadas” e quando sentem que o arrecife está próximo decidem o ataque final e fulminante.
As varas mais indicadas são de ação rápida e de 6’6” a 8′ (1,98m a 2,40m), pois os arremessos devem ser longos. Carretilhas ou Molinetes que suportem no mínimo 150m de linha 0,35 ou 0,40mm. As iscas mais eficientes são as de superfície como as Litte/Big Bob, Atracker, Dr Spock, Xavantes, Gladiador, entre outras.
Aconselho utilizar um colete salva-vidas, pois em caso de queda você não afundará e baterá contra os arrecifes. Também é importante levar uma luva para não se furar nos espinhos do rabo do Xaréu.
Considero hoje o Rafael Monteiro como um dos pescadores com mais conhecimento sobre a pesca do Xaréu e Boa Viagem como o local mais propício para a pesca deste peixe com iscas artificiais.