Arquivo do Autor
Museu da Pesca 162 – Uma aventura no Iriri 02
A beleza da natureza sempre me fascinou, tanto que cheguei a perder muitas cenas de pescaria, principalmente ataques, por estar gravando fauna ou flora, mas não me arrependo, pois visualizar as lembranças daqueles rios e florestas continua me encantando, ainda mais que hoje em dia minhas pescarias são principalmente na frente de um computador, por falta de companhia. Assim me perdoem se às vezes exagero nessas cenas.
Museu da Pesca 161 – Uma aventura no Iriri 01
Estamos postando novamente esse bloco em virtude de problemas com direitos autorais. Essa foi mais uma aventura da “Turma do Chegado”. O rio Iriri é afluente do rio Xingu e a pousada onde ficamos (Pousada Iriri) estava a uma hora e meia de Santarém por taxi aéreo. Área completamente preservada, o único desmatamento era o local da pousada e a pista de pouso. Para se ter uma ideia da localização, a cidade mais próxima ficava a uma hora de voo, e de Altamira até o local, por barcos regionais, a viagem durava de cinco a seis dias. O rio era de uma beleza sem igual, e as estruturas que mais sobressaíam eram as pedras, devido a época do ano, final de setembro e começo de outubro, com as águas baixas. Próximo da pousada fica o Igarapé da Bala, que na realidade não é um igarapé e sim um rio estreito e cheio de pedras, e, como diz o Gugu, é uma das mais belas expressões da Amazônia. A temporada de pesca começa em julho e vai até meados de dezembro. Essa data é definida em função das chuvas na região. De junho a julho reinam as matrinchãs, bicudas, cachorras e todos os peixes de couro. De meados de julho a meados de novembro tomam conta do pedaço os tucunarés e os trairões, coadjuvados pelas outras espécies, em menor número, mas sempre presentes. No final da temporada, de meados de novembro até meados de dezembro, volta ao ciclo inicial, com as matrinchãs, bicudas, cachorras, etc, assumindo maior espaço. Infelizmente a pousada não opera mais, interditada pelo Ibama por ser área de preservação, e toda aquela estrutura ficou se perdendo sem que se chegue a um acordo. Não sabemos qual a situação hoje (outubro 2023). É uma pena que nosso país seja tão burocrático e lento na solução de seus processos. Por que será?
Museu da Pesca 160 – Castanhão
O tucunaré está presente em grandes reservatórios de água doce no nordeste, onde a Barragem do Castanhão tem posição de destaque. Foi lá que foi quebrado o recorde mundial da espécie Pinima, homologado pela IGFA, com 11,790 kg, um verdadeiro troféu. O Castanhão, como é mais conhecido, foi construído sobre o leito do rio Jaguaribe, no Ceará. Atinge vários municípios devido sua grande extensão, mas pertence ao município de Jaguaribara, principal ponto de acesso aos pescadores que para lá se dirigem em busca do tucunaré. É o maior reservatório de água doce do Ceará, suplantando a barragem de Orós, que era a maior até então. Como acontece com a maioria de nossos recursos pesqueiros, não é mais como antigamente, devido a ação predatória do homem, mas é um lugar que deve ser conhecido, com certeza ainda se pode realizar boas pescarias por lá, acredito eu, e o melhor de tudo é que existem estruturas e guias para atender o pescador amador (esportivo), entre os quais recomendo o Lúcio, o Gilmar, e o Gil, que foram quem atendeu nossa turma na ocasião, todos muito competentes Nunca pegamos grandes exemplares, o maior foi por volta de 4 kg, mas valeu a pena. Até eu larguei a câmera e peguei o meu. Numa de nossas pescarias por lá tivemos o prazer de conhecer pessoalmente o amigo Marcos Glueck, da Fishing Business, que ficou de agendar uma pescaria conosco em Cunhaú. Por outro lado, parece que a piscicultura está se desenvolvendo bem na região, com a criação de tilápias. Os tucunarés que lá habitam são o Pinima e o amarelinho, e há notícias de espécies com 8 kg e até mais.