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Esclarecimento sobre as telas de exclusão de Tubarões

  1. O Instituto Praia Segura, como é de conhecimento público, vem contribuindo e muito na busca de soluções para os ataques de tubarões em Pernambuco, seja apoiando as vítimas dos ataques, seja realizando encontros com os seguimentos sociais envolvidos, seja denunciando crimes ambientais, como foi o caso de sua ação que culminou com o fechamento do Matadouro Público de Jaboatão dos Guararapes, dentre outras.
  2. O projeto para implantação das TELAS DE EXCLUSÃO foi amplamente discutido com a sociedade pernambucana e especialistas através de vários encontros temáticos, tendo sido apoiado por um abaixo-assinado contendo mais de 5.000 assinaturas.
  3. Preocupada com possíveis impactos ambientais, o Instituto Praia Segura juntamente com o CEMIT, trouxe para o estado, durante o III Workshop Internacional, o senhor Antony Heavens, encarregado pelas telas de proteção contra Tubarões em Hong Kong, na China, telas estas que garantem proteção há mais de 10 anos naquele país, sem que nenhum ataque tenha sido registrado em seu interior, além de não ocasionarem danos ao meio ambiente.
  4. O resultado do III Workshop foi amplamente divulgado pela mídia e altamente discutido no meio acadêmico, não deixando dúvidas de que o modelo a ser implantado no estado será o modelo de Hong Kong e não o da África do Sul, que tem como único objetivo matar os tubarões visando a diminuição de sua população.
  5. O projeto das Telas de Proteção ou mesmo Exclusão, está sendo discutido desde 2005 no âmbito do CEMIT, comitê este criado pelo Governo do Estado e composto por diversas instituições, tais como: UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco), UFPE (Universidade Federal de Pernambuco, Projeto Recifes Costeiros, CPRH (Companhia Pernambucana de Recursos Hídricos), ABIH (Associação Brasileira de Hotéis), Corpo de Bombeiros, IML, Instituto Oceanário, prefeituras do Recife, Olinda e Jaboatão, dentre outras, tudo sob a supervisão do Ministério Público Estadual e Federal.
  6. Os recursos para a confecção das telas foram obtidos com a ONG ambiental Suíssa chamada AVINA, reconhecida internacionalmente por sua luta em prol do meio ambiente. Conforme consta no projeto de parceria, a intenção das telas pernambucanas é evitar a matança de tubarões e proporcionar uma convivência pacífica e harmônica entre o homem e natureza, protegendo o homem e o tubarão
  7. Toda a equipe que está envolvida no projeto das telas é composta por especialistas, tais como advogados, ambientalistas, engenheiros de pesca, engenheiros ambientais e oceanógrafos, tudo sob a coordenação do departamento de Oceanografia da UFPE, na pessoa do professor Msc. Mauro Maida, coordenador do projeto ambiental Recifes Costeiros (www.recifescosteiros.org.br), que conta com apoio e suporte do IBAMA e financiamento do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).
  8. A Equipesca, empresa fabricante das telas, é genuinamente nacional e estabelecida em São Paulo a mais de 45 anos. Os produtos da Equipesca encontram-se em toda América do Sul, Caribe, Europa e Estados Unidos, oferecendo a melhor qualidade e evolução tecnológica.
  9. As Telas de Exclusão protegerão apenas 200 metros lineares de praia, formando uma área que vai desde a areia da praia até 100 metros mar a dentro, totalizando 20.000 metros quadrados. Ela formará uma piscina em formato retangular, não permitindo a entrada de tubarões. Este equipamento não será fixo, funcionará apenas em eventos pontuais (campeonatos de surf, natação, etc), sempre aos finais de semana e por no máximo 3 dias consecutivos, sendo retirado em seguida.
  10. As Telas são em poliamida multifilamentos, com 5cm entre nós, em formato BAR (quadrada) o que impede o aprisionamento de animais marinhos. Na linha superior serão utilizadas bóias e na parte inferior correntes, o que gerará total isolamento da área escolhida.
  11. Os testes definitivos serão realizados na Praia de Boa Viagem provavelmente ainda no primeiro semestre de 2007 e a análise da inocuidade ecológica e ambiental das Telas realizada pela UFRPE, UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), IBAMA, CPRH e Instituto Recifes Costeiros.
  12. Caso as telas produzam impactos ambientais relevantes, o próprio Instituto Praia Segura pedirá o seu arquivamento.

Atenciosamente e Boas Pescarias,

Instituto Praia Segura
81.99451720 (Sérgio Murilo)
81.92113773 (Rômulo Bastos)
institutopraiasegura@yahoo.com.br

KSF

Nosso objetivo é difundir cada vez mais essa modalidade de pesca esportiva em caiaques.  No Brasil, essa modalidade está começando agora.  Nos EUA e Europa, está cada vez mais difundido e praticado por milhares de pessoas, movimentando milhões de dólares anualmente em acessórios para caiaques, material de pesca.

Manutenção de carretilhas

Como sabemos aqui no Nordeste praticamente não há oficinas especializadas em manutenção de material de pesca como conserto de varas, carretilhas e molinetes. Por isso tive que aprender a fazer manutenção nas minhas carretilhas, confesso que no começo foi difícil, pois não tinha conhecimento sobre o assunto e pouco encontrava na Web dicas sobre o assunto.

Hoje confesso que adquiri certa experiência no assunto, principalmente no que não fazer na manutenção das carretilhas e algumas dicas para melhorar seu desempenho nos arremessos.

Vamos lá! O que vamos precisar:

  • óleo diesel
  • recipiente raso para colocar o diesel
  • pincel
  • graxa branca
  • óleo Singer (ou óleo fino)
  • chaves de fenda
  • alicate de bico
  • chave que acompanha a carretilha
  • um trapo (pano velho)

Nunca use White-Lub, WD-40 ou outro desingripante, estes produtos são compostos de corrosivos e prejudica principalmente as partes plásticas internas, retentores dos rolamentos, etc. Caso seja necessário utilizar para tirar alguma ferrugem ou destravar alguma peça que esteja presa, lave com água corrente depois.

Aconselho desmontar a carretilha colocando as peças alinhadas em sequência, isto irá facilitar sua montagem!

É importante ir observando durante a desmontagem os pontos de corrosão que encontramos, pois mesmo nas peças de aço inoxidável é possível ter acúmulo de resíduos de corrosão, eles serão facilmente removidos com o auxílio de uma lixa de ferro fina.

Tiramos todos os rolamentos, internos e externos, inclusive o anti-reverso. Se sua carretilha tive rolamento no ajuste fino do freio tenha atenção especial nele, pois é o que mais leva água nas pescarias e se ficar travado ira comprometer o arremesso.

Depois de aberta retiramos as peças móveis e colocamos no diesel junto com os rolamentos.

As peças que observamos pontos de corrosão, com uma lixa de ferro bem fina, passamos suavemente nos pontos.

Após limpar com o pincel as peças móveis e carcaça devemos lavar em água corrente para retirar o diesel, pois se deixarmos o mesmo irá impedir que os lubrificantes sejam colocados.

Agora vamos checar os rolamentos colocando uma chave de fenda fina no seu interior e girá-los para verificar algum travamento. Caso seja verificado colocar óleo Singer e voltar a girá-lo até que o mesmo gire livremente. Se mesmo assim continue girando com dificuldade o mesmo deve ser substituído.

Antes de começar a montar a carretilha eu gosto de passar uma camada de silicone em aerosol, pois ele é um hidrorepelente e irá evitar que se acumule água (gotas) no interior da carretilha – a água não acumula, escorre.

O sistema de fricção deve ser montado sem nenhum tipo de lubrificante (óleo ou graxa), deve ser bem limpo e seco. Em algumas carretilhas que a fricção solta aos trancos, colocamos óleo no dedo e passamos no disco de fricção apenas para umedecê-lo suavemente – se excessos!

Nas engrenagens internas coloca-se graxa branca – sem exagero – o suficiente para cobrir as engrenagens.

O mesmo deve-se fazer com o rolamento anti-reverso – o único rolamento que é lubrificado com graxa! Pois o mesmo é um canal de água para o interior da carretilha.

Na montagem costumo colocar em cada local que tem um parafuso uma gota de óleo para evitar que futuramente travem.

Também coloco uma gota de óleo nas partes móveis internas, mesmo que estas não tenham rolamentos.

Uma dica importante na hora de montar o anel de fricção é observar a posição das arruelas de pressão, elas dever ficar montadas de forma que fique uma folga entre elas.

Nos rolamento apenas uma gota de óleo! Nada de graxa! Nada de White-Lub, WD-40 ou semelhante!

Na tampa da porca do eixo da manivela coloca-se graxa para evitar que a mesma trave ou junte corrosão.

Assim como nos rolamentos coloca-se apenas óleo na engrenagem do devanador (guia) de linha.

Finalmente sempre guarde sua carretilha com uma capa de proteção, assim evita-se o acúmulo de poeira.

A carretilha, diferentemente do molinete, depende do carretel bem lubrificado e livre para que os arremessos sejam bons, dessa forma os rolamentos são os principais responsáveis por isso. Consequentemente não devemos jamais lubrificá-los com graxa, pois se assim fizermos os mesmos perderão performance no giro, já que por ser densa a graxa prende o rolamento. Sempre limpar bem os rolamentos e colocar, como dito anteriormente, uma gota de óleo – mais nada!

Espero que esta dica ajude a manter sua carretilha em boas condições, costumo fazer esta manutenção a cada 5 pescarias em água salgada desde que não aconteça nenhum acidente em mergulhar na água, pois acontecendo deve-se fazer manutenção logo em seguida.

Se você não sentir-se seguro em realizar a manutenção aconselho levar para alguém que tenha experiência.

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