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Pesca-NE na Revista Pesca

Estamos na mídia novamente! Saímos na edição 4 (pág 14) da revista Pesca!

Libra x Milímetro

Quando vamos comprar linhas de pesca ficamos na dúvida quando a escolha, pois temos dois parâmetros que influenciam: espessura (mm) e resistência (lb/kg). Muitas vezes compramos levando em consideração apenas a espessura (mm) esquecendo a resistência, mas nem sempre uma linha 0,40mm tem a capacidade de tirar um peixe de 10kg.

Já quando compramos a linha pensando em sua resistência (lb/kg) teremos a certeza que a mesma irá se romper acima do especificado, mas aí encontramos outro problema: Quanto caberá no carretel do molinete/carretilha?

Para ficar mais fácil uma libra corresponde à 0,45359 Kg – arredondando uma libra é igual a 1/2 quilo. Segue uma tabela genérica para ajudar a escolher linhas monofilamentos comparando a resistência com espessura:

12lb 0,30mm
16lb 0,35mm
20lb 0,40mm
25lb 0,45mm
30lb 0,50mm
35lb 0,55mm
40lb 0,60mm
45lb 0,65mm
50lb 0,70mm

Estas medidas são aproximadas dentro do padrão IGFA, mas muda de acordo com a composição do monofilamento e fabricante. Mas já é uma ajuda!

Já as linhas multifilamento a relação espessura x resistência é bem diferente:

10lb 0,13mm
15lb 0,15mm
20lb 0,19mm
30lb 0,23mm
40lb 0,28mm
50lb 0,32mm
65lb 0,36mm
80lb 0,41mm
100lb 0,43mm

Medidas baseadas nas linhas PowerPro

Candirú, lenda?

Durante muito tempo foi considerada uma lenda da região amazônica, mas o Dr. Anoar Samad – Professor chefe do Serviço de Urologia da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), documentou um caso. Antes algumas informações sobre o Peixe Vampiro.

Ordem: Siluriformes

Família: Trichomycteridae

Espécie: Cirrhosa de Vandellia

APARÊNCIA: O candirú, chamado também os peixes do carnero, é um peixe-gato parasítico minúsculo que habita as águas da Amazônia. Podem alcançar comprimentos de 2,5 a 6 cm com uma largura de 3,5 milímetros. Com seu tamanho pequeno e corpo quase transparente o torma muito difícil de localizar. O candiru tem os ossos afiados com uma série de espinhos situados em torno da cabeça.

HABITAT: O candiru é encontrado somente no Amazonas e não gostam do sol.

ALIMENTO: O candiru tem um apetite voraz para o sangue e vive como parasitas de peixes, mamíferos, e seres humanos. Um cientista, ao prender um candiru, deixou-o acidentalmente penetrar em um pequeno corte sua mão.

CASO CLÍNICO (Relato do Dr. Anoar Samad  – Extraido do Arquivo H.Ellis):

Eu posso afirmar para vocês que, a do peixe Candiru, com sua capacidade de penetração em orifícios do corpo humano, é a mais pura realidade.

Urologistas que atendem em serviços de urgência estão acostumados às causas mais frequentes de uretrorragia como cálculos impactados, infecções e até mesmo alguns casos de corpos estranhos. Mas, sem dúvida, um peixe dentro da uretra é incrível!!!

Eu atendi um paciente de 23 anos, do sexo masculino, que procurou o serviço de urgência com extrema disúria e uretrorragia, com história de que há três dias sofrera um ataque por um peixe da região amazônica conhecido pelo nome de CANDIRÚ e que o mesmo havia penetrado em sua uretra quando estava urinando dentro do rio. Referia que tentou segurá-lo, mas era muito liso e parecia ser de pequeno tamanho. Quando o examinei, o paciente apresentava-se hipocorado (+/4), com febre, forte dor no pênis, retenção urinária, uretrorragia e grande edema de bolsa escrotal.

No centro cirúrgico, e sob anestesia, realizei uma cistoscopia para diagnóstico e documentação do caso. Identificamos que o peixe era de grande tamanho (12 cm de comprimento por 1,5 de largura) ocupando toda a uretra e com impactação perto do esfíncter urinário e, provavelmente, enquanto vivo, o peixe tentou penetrar em bolsa escrotal, explicando o importante edema da mesma.

Pensei em abrir o períneo e retirá-lo por esta via, mas o risco de infecção e de disfunção erétil seria muito alto. Foi então que após várias lavagens da uretra e sob vídeo endoscopia, consegui extraí-lo com o material endoscópico.

O paciente permaneceu internado com cuidados clínicos inerentes ao caso e seguimento ambulatorial de 3/3 meses para avaliação e diagnóstico precoce de possíveis complicações que pudessem ocorrer, principalmente a estenose de uretra. Após o seguimento de 2 anos, a evolução foi boa, não houve estreitamento da uretra, disfunção erétil ou qualquer outra complicação, recebendo alta da urologia.

Este peixe foi tombado na coleção ictiológica do INPA (15590) e positivamente identificado como da ordem Siluriformes; Família Trichomycteridae e Gênero Plectrochilus.

Provavelmente o ataque ocorrera por alguma substância na urina humana que atraiu este peixe.

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