Museu da Pesca 224 – O retorno 02

Os dias passavam rápido, e Cunhaú ganhou mais um cliente preferencial, o Zé, que tratou de trazer outros amigos, mas tudo ao seu tempo. Às vezes pescávamos com iscas de fundo, JJ e camarão com jighead, e ás vezes, sempre que possível, voltávamos aos plugues, nossa preferência. Perdemos bons robalos nas galhadas, mas tudo tem seu preço.

Outro espetáculo era o ataque dos peixes, e depois de algum tempo matamos a charada. Era cardumes imensos de sardinhas que iam se deslocando, subindo ou descendo o rio, dependendo da maré. Os predadores acompanhavam esses cardumes e denunciavam sua presença com ataques fantásticos. Em qualquer ponto do rio aconteciam os ataques, sabíamos quando era robalos e quando era xaréus os predadores. No robalo era uma explosão de iscas na superfície, bem coordenada, parecia uma ducha de chuveiro caindo na água, enquanto os xaréus era um ataque diferente, uma confusão e estouros sem coordenação. Aí o que se jogasse na água ferrava, dublês, triplês, quadruplês, etc, valia tudo, até o meu português…

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Sobre o autor

Marco Antônio Guerreiro Ferreira

 
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