Bom, achei um ponto em Cabedelo que muita gente deve conhecer, mas que nem muitos pensam em pescar ali. Navegando, vi de cima do barco uma área onde provavelmente peixes predadores deviam encostar para comer.
Escolhi então uma maré para fazer uma tentativa.
1º tentativa: Foi no final de fevereiro, o vento e o clima estavam bastante favoráveis, apenas o horário atrapalhava, pois já era próximo do meio dia. Mas pescamos mesmo assim. Logo de cara tive uma ação, na meia-água. Não usei iscas de superfície temendo que o sol forte reduzisse o número de ações. Porém tive apenas essa ação e de alguns xareletes que seguiam a isca de vez em quando.
Já na hora de ir embora, pois a maré já estava alta, meu irmão me chama dizendo que tem alguns xareletes ali. Arremessei a isca e logo vi, xareletes nada, era um cardume de robalos! Robalos Peva, de todos os tamanhos, de robalinhos a Pevões. Nessa hora meu pai já estava chamando pra irmos embora, pois a maré estava alta. Mas com um cardume de robalos na minha frente eu não ia sair sem pegar ao menos um. Arremessei minha meia-água mas eles só faziam seguir e refugavam, mesmo com trabalhos lentos e paradinhas. Como meu pai já estava chamando de novo, minha reação foi rapidamente colocar um jig e garantir o meu. E deu certo, no primeiro arremesso com ele fisgo um e tiro, um Peva de tamanho normal, pois vi bem maiores lá.



2º tentativa:

Aproveitei a Semana Santa para voltar ao local, dessa vez ventava mais do que na primeira tentativa, mas só o suficiente para baldear um pouco a água. O horário foi parecido, próximo de meio-dia.
Novamente havia presença de xareletes no local. Logo tive uma ação. Mas não de um xarelete, era visivelmente maior. Eu etava usando uma meia-água, pelo menos motivo da outra tentativa, o sol, porém dessa vez ele não estava tão forte, foi minimizado pelas nuvems que restaram depois da chuva que houve de manhã cedo. Continuei insistindo. E logo vejo algo agarrar a isca feito um torpedo. Adrenalina já a mil, dou um grito: “Xaréeeeu!”. Naquele momento não sabia realmente se era um xaréu ou não, na verdade, acho que gritei que era um porque queria fosse um. Mas em seguida veio a confirmação. Uma tomada de linha fora de série, que fez a vara de 25lbs vergar a ponto de parecer que iria quebrar.
Com as pernas tremendo, vejo ele correr em direção a uma fileira de pedras, tento segurar, mas é em vão, ele continua tomando linha de forma impressionante. Na minha mente, estava brigando com algo com 4 ou 5 quilos, no mínimo. Pra minha sorte, ele passou das pedras e continuou tomando linha, de modo que as pedras ficaram entre mim e ele, com a linha por cima das pedras, sem encostar. É então que sinto que ele começou a cansar. Quando ele se afasta das pedras começo a trazer ele devagar, mas ao se aproximar dos meus pés ele dispara numa pequena corrida, mas que logo controlo. Mesmo cansado ele não se rendeu, e só depois de um tempo consegui traze-lo, com ajuda de uma onda, para cima das pedras, e para foto. Pesou 3kg, mas brigou muito.


O equipamento:

É isso aí, galera. Antes de procurar lugares distantes temos que ir nos que estão bem a nossa frente.
