Quando a Rede Manchete exibiu a série Xingu, de Washington Novaes, endoidei de vez. Nessa época já tinha contraído o vírus da pesca, mas também não imaginava uma pescaria naquele paraíso.
Mas a vida dá muitas voltas e nos apresenta muitos caminhos, e, quando menos percebemos, nossos sonhos mais loucos estão se realizando. Comigo aconteceu assim...
Conheci do Xingu bem menos do que gostaria, na realidade quase nada, mas assim mesmo tive uma amostra do que pode nos oferecer. Agradeço aqui a todos que tornaram isso possível. Mas vamos lá!
O Rio Xingu está localizado na margem direita do Rio Amazonas, e, entre seus afluentes, encontramos os rios Iriri (o maior) e o Comandante Fontoura, ou Liberdade (prefiro esse nome).
Minha primeira incursão foi no Rio Liberdade, em 1998, no Rancho Mata Verde, a trabalho da revista Troféu Pesca, gravando um vídeo para inclusão no anuário da revista, “A Bíblia do Pescador”. Nessa ocasião conheci o Gugu, e, a partir daí, nos tornamos amigos, vindo a gravar tempos depois o programa Pesca & Cia com ele. Mas isso é outra história, que fica para outra vez...
Rio Liberdade

Essas gravações foram reeditadas em 2007 e deram origem à terceira parte do DVD “Amazônia Fantástica”. A primeira parte desse DVD aborda o Rio Uatumã, e a segunda parte o Rio Araguaia, mas não vem ao caso, é apenas uma referência.
Hoje em dia o Rancho Mata Verde não existe mais, acabou-se o turismo da pesca esportiva na região e a mão de obra que empregava, com a invasão da pousada por índios do Parque Nacional do Xingu, que “inocentemente” tomaram emprestados barcos, motores de popa e outros pertences. Parece-me que com a intervenção da FUNAI a maior parte dos bens foi recuperada, não tenho certeza.
Dos bons tempos, ficaram imagens como essas, que, apesar da qualidade não ser das melhores, dá uma idéia do que era o local. Essas imagens foram retiradas do DVD.
Anta

Nessa cena, tivemos ataques de tres espécies de peixes ao mesmo tempo: Tucunaré, bicuda e matrinchã

Cachorra

Bicudas



Piranha Xupita

Trairão

Tucunaré

Pulos trairões


Por do Sol

Em minha segunda viagem, em 2002, fui ao Rio Xingu, na Pousada Belo Monte, realizar um institucional para uma agencia de turismo carioca divulgar o local. Hoje em dia a pousada ainda opera, mas com outro nome, que não me vem à memória no momento.
Situada na Volta Grande do Xingu, a oitenta quilômetros de Altamira, a Pousada Belo Monte é privilegiada por sua situação geográfica, às margens do lendário Rio Xingu.



Possui completa infra-estrutura para atender o mais exigente pescador. Foi nesse local onde encontrei o maior barco de alumínio para pescaria, com 8 metros e motor de popa de 25HP.

Para os não pescadores, a pousada oferece caminhadas por trilhas onde se pode observar a fauna e flora local, acompanhados por guias experientes.


Além dos passeios de barco, são imperdíveis os banhos de rio e corredeiras.





O Rio Xingu guarda ainda entre seus mistérios sinais de antigas civilizações, que deixaram seus recados e testemunho de sua realidade.

Para os adeptos do fly, pescar no Xingu é uma oportunidade inesquecível para exercitar a pratica, aliando elegância, leveza e harmonia, em meio a paisagens deslumbrantes.




















Os que gostam de barra leve encontram diversas opções nos remansos, onde os Pacus e Piaus são visitantes constantes.





Quem vem ao Xingu não pode perder a oportunidade de travar combate com os gigantes de couro, abundantes na região. É um desafio que não pode ser recusado, pois no final ambos sairão vencedores, o pescador por vencer a fera, e o peixe por retornar aos seus domínios.



Os peixes esportivos são troféus que não devem ser levados para casa, devem ficar em seus santuários naturais, à espera de outros felizardos que com eles venham compartilhar de momentos inesquecíveis.












Adeus ao Rio Xingu

Em minha terceira e última viagem, estive em setembro de 2007 no Rio Iriri, maior afluente do Rio Xingu, e fechei com chave de ouro as incursões por aquelas plagas. Sabedor dos desmandos contra a natureza, enchi meu coração de esperança com a pureza e encantos do local, preservado como um jardim do Éden, com pouquíssimas famílias na região, praticamente desabitado. A natureza conserva ainda sua pujança, num trabalho magnífico dos proprietários da pousada, mostrando como podemos usufruir o meio ambiente e tudo que ele nos oferece, sem agressão ao coração da terra.
Como já coloquei aqui no site duas matérias sobre o Rio Iriri, deixo com vocês agora apenas cenas de natureza e pescaria retiradas das gravações que fiz na época, ainda desconhecidas.
Chegando na pousada

Pousada vista do rio


Essas matrinchãs ficam sempre em frente da pousada, devido a ceva natural. É terminantemente proibido a pesca nessa área.


Paisagens do Rio da Bala, a um quilometro da pousada







Paisagens Rio Iriri






Cenas de pesca, nos rio Iriri e Bala. Aqui cabe uma observação: Como já dispunhamos de várias especies de peixes para o DVD, optamos por dar prioridadr nessa região à pesca de trairões. Afinal, é uma espécie pouco mostrada e pescada.
Cachorra

Pulos e atques trairões







Pulo tucunaré

Pesca do cuiu-cuiu



Pesca do trairão






Pesca do tucunaré






Ataques e pesca de trairões













Estou trabalhando atualmente na produção de um novo DVD, chamado “Amazônia – Xingu”, minha homenagem àquela região. Nesse DVD, dividido em três partes, mostrarei na primeira apenas um trailer do Rio Liberdade, pois as imagens completas fazem parte do DVD ”Amazônia Fantástica”, e, portanto, seria repetição.
Com imagens inéditas na segunda e terceira parte, mostrarei cenas gravadas nos Rios Xingu e Iriri, esperando ter dado uma visão geral do que podemos esperar ao visitar a região. Se o paraíso existe, pode não ser lá, mas está perto...
E por aqui vou ficando...

Complementando, algumas imagens...