Fonte: Diário de Pernambuco
DECORAÇÃO //Espelhos d'água de endereços famosos, como a Esplanada dos Ministérios, ganham moradores que evitam a proliferação de mosquitos
Teresa Cunha
Do Correio Braziliense
Brasília - Os espelhos d'água de conhecidos monumentos da capital federal vão ganhar novos moradores. No Esplanada dos Ministérios, do Museu da Cidade de Brasília, bem abaixo do busto do presidente JK, e sob o Mastro da Bandeira Nacional, ambos no Complexo Cultural Três Poderes, em frente ao Palácio do Planalto, têm, agora, duas novas espécies de residentes. Carpas e tilápias, peixes coloridos e de fácil criação, passaram a habitar os locais por dois motivos: eles se alimentam das larvas do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, que vive em águas paradas; e a presença deles poderá inibir os visitantes acostumados a jogar na água pontas de cigarros e outros objetos, para que os locais deixem "de ser lixeiras e se tornem ornamentais", como prevê o secretário de Cultura do Distrito Federal, Silvestre Gorgulho.
Produzidas no Centro de Piscicultura da Granja Modelo do Ipê, no Park Way, as carpas são originárias da Ásia Central e conhecidas como o mais antigo peixe criado pelo homem. Já as tilápias são nativas dos continentes africano e asiático. Adalmir Moraes, gerente do Centro de Piscicultura, comandou a entrega de 100 tilápias e 100 carpas para os três espelhos d'água do Centro Cultural. Para o do Museu da Cidade, que é bem pequeno, foram suficientes três carpas. Já o local em volta do Mastro da Bandeira recebeu 300 lambaris, porque a presença dos peixes é para prevenção da dengue e não decorativa como nos outros locais.
Educação - As críticas ao comportamento dos visitantes, principalmente no Museu da República, foram contundentes. O secretário de Cultura do DF disse que falta civilidade para quem joga o cigarro no chão ou na água. "Com o vento, as pontas acabam chegando ao Lago Paranoá. É uma lixeira na Esplanada", afirmou Silvestre Gorgulho.
Lâmina do mastro da bandeira tem 300 lambaris
O administrador do museu, Lamartine Mansur, completou: "Quando há eventos na Esplanada, é preciso trocar a água dos espelhos até duas vezes por mês, porque as pessoas tomam banho naqueles espaços. Gastamos cerca de R$ 17 mil mensais com água. A população tem que colaborar, porque esse é um bem escasso no mundo todo."
A chegada dos peixes está desencadeando um mutirão dentro de vários setores do Distrito Federal. Segundo o administrador de Brasília, Ricardo Pires, a administração ficará responsável pela doação de equipamentos para a manutenção e limpeza dos espelhos d'água, que serão feitas pela Secretaria de Cultura, por intermédio dos centros culturais da República e dos Três Poderes. Os dois órgãos cuidarão também da alimentação dos peixes, a ser repassada pelo Centro de Piscicultura da Secretaria de Agricultura.
O professor Ernesto Oliveira admirava os peixes que já ornamentavam a lâmina de água localizada abaixo da cabeça do presidente Juscelino. Mas estava receoso. "A iniciativa é interessante. Mas será preciso uma boa vigilância. Sempre tem aquele que vai querer ser diferente e pegar os peixes. Não quero ser pessimista, mas isso pode acontecer."
Para prevenir os "maus pescadores", o gerente do Centro de Piscicultura faz um alerta: essas carpas e tilápias são próprias para ornamentação de lagos e espelhos d'água. Não servem para alimentação porque têm pouca carne para produzir um bom filé.
DECORAÇÃO //Espelhos d'água de endereços famosos, como a Esplanada dos Ministérios, ganham moradores que evitam a proliferação de mosquitos
Teresa Cunha
Do Correio Braziliense
Brasília - Os espelhos d'água de conhecidos monumentos da capital federal vão ganhar novos moradores. No Esplanada dos Ministérios, do Museu da Cidade de Brasília, bem abaixo do busto do presidente JK, e sob o Mastro da Bandeira Nacional, ambos no Complexo Cultural Três Poderes, em frente ao Palácio do Planalto, têm, agora, duas novas espécies de residentes. Carpas e tilápias, peixes coloridos e de fácil criação, passaram a habitar os locais por dois motivos: eles se alimentam das larvas do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, que vive em águas paradas; e a presença deles poderá inibir os visitantes acostumados a jogar na água pontas de cigarros e outros objetos, para que os locais deixem "de ser lixeiras e se tornem ornamentais", como prevê o secretário de Cultura do Distrito Federal, Silvestre Gorgulho.
Produzidas no Centro de Piscicultura da Granja Modelo do Ipê, no Park Way, as carpas são originárias da Ásia Central e conhecidas como o mais antigo peixe criado pelo homem. Já as tilápias são nativas dos continentes africano e asiático. Adalmir Moraes, gerente do Centro de Piscicultura, comandou a entrega de 100 tilápias e 100 carpas para os três espelhos d'água do Centro Cultural. Para o do Museu da Cidade, que é bem pequeno, foram suficientes três carpas. Já o local em volta do Mastro da Bandeira recebeu 300 lambaris, porque a presença dos peixes é para prevenção da dengue e não decorativa como nos outros locais.
Educação - As críticas ao comportamento dos visitantes, principalmente no Museu da República, foram contundentes. O secretário de Cultura do DF disse que falta civilidade para quem joga o cigarro no chão ou na água. "Com o vento, as pontas acabam chegando ao Lago Paranoá. É uma lixeira na Esplanada", afirmou Silvestre Gorgulho.
Lâmina do mastro da bandeira tem 300 lambaris
O administrador do museu, Lamartine Mansur, completou: "Quando há eventos na Esplanada, é preciso trocar a água dos espelhos até duas vezes por mês, porque as pessoas tomam banho naqueles espaços. Gastamos cerca de R$ 17 mil mensais com água. A população tem que colaborar, porque esse é um bem escasso no mundo todo."
A chegada dos peixes está desencadeando um mutirão dentro de vários setores do Distrito Federal. Segundo o administrador de Brasília, Ricardo Pires, a administração ficará responsável pela doação de equipamentos para a manutenção e limpeza dos espelhos d'água, que serão feitas pela Secretaria de Cultura, por intermédio dos centros culturais da República e dos Três Poderes. Os dois órgãos cuidarão também da alimentação dos peixes, a ser repassada pelo Centro de Piscicultura da Secretaria de Agricultura.
O professor Ernesto Oliveira admirava os peixes que já ornamentavam a lâmina de água localizada abaixo da cabeça do presidente Juscelino. Mas estava receoso. "A iniciativa é interessante. Mas será preciso uma boa vigilância. Sempre tem aquele que vai querer ser diferente e pegar os peixes. Não quero ser pessimista, mas isso pode acontecer."
Para prevenir os "maus pescadores", o gerente do Centro de Piscicultura faz um alerta: essas carpas e tilápias são próprias para ornamentação de lagos e espelhos d'água. Não servem para alimentação porque têm pouca carne para produzir um bom filé.