Fonte: Jornal do Commércio
Animal colocou mais de 100 ovos na Praia de Punta del Chifre, em Olinda, e a maioria foi depredada por populares
A desova de uma tartaruga marinha anteontem, numa praia urbana de Olinda, chamou a atenção de pescadores e banhistas. O animal marinho colocou mais de 100 ovos em Punta del Chifre, pela manhã. As tartarugas marinhas, no entanto, costumam desovar à noite, segundo dados do Projeto Tamar-ICMBio. É quando a areia é mais fria e a escuridão confunde os predadores naturais dos ovos. O ambientalista André Luiz Cantanhede disse que os ovos foram depredados.
“É desolador ver que a maioria das pessoas do local não tem acesso à educação ambiental”, lamenta. Cantanhede fotografou a desova e também o momento em que pescadores carregaram o animal até o mar. “Ela rapidamente nadou em direção ao alto-mar”, descreve. O ambientalista estava na Ilha do Maruim para divulgar evento que promoverá no dia 29 de agosto, no Rio Capibaribe.
“As pessoas cavavam para ver a desova, mexiam na tartaruga, quando os pescadores por volta das 11h resolveram devolvê-la ao mar, pois disseram que seu casco já estava muito ressecado. Após isso as pessoas se apossaram dos ovos que estavam enterrados na areia”, descreve.
O ambientalista procurou, ontem, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para denunciar. “João Arnaldo (Novaes), o superintendente, estava viajando. Confesso que me senti completamente impotente. As pessoas não respeitaram a fêmea nem no seu mais nobre ato que é o de preservação da vida.”
O réptil, do tipo tartaruga-verde ou Chelonia mydas, deu início à desova por volta das 10h30. Quem estava na praia cercou o bicho. Para os pescadores, foi uma surpresa. “Já vi muita tartaruga botando ovo aqui, mas essa foi a primeira de dia”, disse Jaime Francisco de Lima, 43 anos, da Associação de Pescadores da Ilha do Maruim. Jaime pesca no local há 25 anos e, de acordo com ele, pelo menos cinco tartarugas desovam por ano no local.
A tartaruga-verde, assim como as outras quatro espécies de tartarugas marinhas encontradas no Brasil, está ameaçada de extinção. Também chamada de aruanã, é registrada em todos os mares temperados e tropicais do mundo. Herbívora quando adulta, vive habitualmente em águas costeiras com muita vegetação, ilhas ou baías onde estão protegidas, sendo raramente avistadas em alto-mar.
Pesa cerca de 160 quilos, podendo atingir 300 quilos, e a carapaça mede aproximadamente 1,2 metro. A população estimada da espécie é de 203 mil fêmeas em idade reprodutiva. As tartarugas marinhas costumam voltar à praia em que nasceram para desovar. Segundo dados do Tamar (http://www.tamar.org.br), apenas um em cada mil filhotes atingem a idade adulta.
Animal colocou mais de 100 ovos na Praia de Punta del Chifre, em Olinda, e a maioria foi depredada por populares
A desova de uma tartaruga marinha anteontem, numa praia urbana de Olinda, chamou a atenção de pescadores e banhistas. O animal marinho colocou mais de 100 ovos em Punta del Chifre, pela manhã. As tartarugas marinhas, no entanto, costumam desovar à noite, segundo dados do Projeto Tamar-ICMBio. É quando a areia é mais fria e a escuridão confunde os predadores naturais dos ovos. O ambientalista André Luiz Cantanhede disse que os ovos foram depredados.
“É desolador ver que a maioria das pessoas do local não tem acesso à educação ambiental”, lamenta. Cantanhede fotografou a desova e também o momento em que pescadores carregaram o animal até o mar. “Ela rapidamente nadou em direção ao alto-mar”, descreve. O ambientalista estava na Ilha do Maruim para divulgar evento que promoverá no dia 29 de agosto, no Rio Capibaribe.
“As pessoas cavavam para ver a desova, mexiam na tartaruga, quando os pescadores por volta das 11h resolveram devolvê-la ao mar, pois disseram que seu casco já estava muito ressecado. Após isso as pessoas se apossaram dos ovos que estavam enterrados na areia”, descreve.
O ambientalista procurou, ontem, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para denunciar. “João Arnaldo (Novaes), o superintendente, estava viajando. Confesso que me senti completamente impotente. As pessoas não respeitaram a fêmea nem no seu mais nobre ato que é o de preservação da vida.”
O réptil, do tipo tartaruga-verde ou Chelonia mydas, deu início à desova por volta das 10h30. Quem estava na praia cercou o bicho. Para os pescadores, foi uma surpresa. “Já vi muita tartaruga botando ovo aqui, mas essa foi a primeira de dia”, disse Jaime Francisco de Lima, 43 anos, da Associação de Pescadores da Ilha do Maruim. Jaime pesca no local há 25 anos e, de acordo com ele, pelo menos cinco tartarugas desovam por ano no local.
A tartaruga-verde, assim como as outras quatro espécies de tartarugas marinhas encontradas no Brasil, está ameaçada de extinção. Também chamada de aruanã, é registrada em todos os mares temperados e tropicais do mundo. Herbívora quando adulta, vive habitualmente em águas costeiras com muita vegetação, ilhas ou baías onde estão protegidas, sendo raramente avistadas em alto-mar.
Pesa cerca de 160 quilos, podendo atingir 300 quilos, e a carapaça mede aproximadamente 1,2 metro. A população estimada da espécie é de 203 mil fêmeas em idade reprodutiva. As tartarugas marinhas costumam voltar à praia em que nasceram para desovar. Segundo dados do Tamar (http://www.tamar.org.br), apenas um em cada mil filhotes atingem a idade adulta.