Convidado pelo AlexiDantas, finalmente fui conhecer um viveiro de camarões em Guamaré, cujo principal subproduto é um canal "recheado" de tarpons.
Confesso que superou minhas expectativas pela enorme quantidade de babys no jardim de infância, muitos dos quais já entrando na adolescência.
Às seis da manhã já estávamos a postos, e, de cara, no primeiro ponto, vários tarpons bailavam calmamente na sub-superfície espelhada do canal. Uns pinchos aqui, outros acolá, e pouco caso com as nossas iscas.
Como era aquecimento, logo saímos em direção a outros pontos, fazendo reconhecimento (eu) do local.
Caminhando pelo canal (de carro), podíamos observar o vai e vem da turma passeando calmamente, de vez em quando fazendo evoluções na superfície, como obedecendo a um comando secreto.
Finalmente não resistimos e fomos à ação.
Obedecendo a máxima que o dono da boiada é que sabe tanger o gado, em instantes o Alex capturava o primeiro tarpon do dia, que posou para a foto e foi embora. Seu cachê? A vida e a liberdade.
Resumindo, para não entediar os amigos, foi um festival de ataques e tarpons perdidos, além do desespero de ver as iscas sambando no meio do bloco com total desprezo dos sambistas.
Lembrei-me de Cunhaú, quando eles aparecem para nos saudar mas não querem muito papo.
Quando for pescar tarpons daqui para a frente, minha preocupação não será quantos peixes vou pegar, mas sim quantos peixes vou fazer saltar.
Um belo dia, um belo local e uma ótima companhia.

Para dar água na boca, segue pulo de um dos inúmeros tarpons perdidos.
