Segunda, 6 de agosto de 2007, 18h18 Atualizada às 19h55
Chico Siqueira
Direto de Araçatuba
Fonte: Terra - Notícias - Ciência
Uma pesquisa da Universidade Estadual Paulista (Unesp) identificou 50 novas espécies de pequenos peixes de água doce da bacia do alto Rio Paraná, nos rios Grande, Tietê, Paranapanema, Paranaíba e Paraná, entre os Estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Goiás e Mato Grosso do Sul.
As novas espécies, que têm no máximo 20 cm de comprimento (a maioria tem entre 3 e 4 cm), sobrevivem em pequenos lagos, riachos, ribeirões e nascentes destes grandes rios. Elas estão sendo catalogadas para compor a listagem de peixes da região por meio do projeto "Icitiofauna do Alto Rio Paraná".
O projeto, de autoria do pesquisador Francisco Langeani, do Departamento de Zoologia e Botânica do campus da Unesp de São José do Rio Preto, a 440 km de São Paulo, demorou dois anos para ser concluído e contou ajuda de 20 pesquisadores da Unesp e das universidades de São Paulo e as estaduais de Londrina e Maringá.
Para Langeani, mais do que revelar a diversidade das espécies da região, a descoberta alerta para a existência de espécies que sobrevivem à destruição ambiental e podem desaparecer antes mesmo de serem conhecidas.
"Pode-se imaginar que sejam filhotes, mas não. São peixes adultos, de espécies ainda não descritas, que estão sobrevivendo à destruição desses pequenos ambientes, seja pelo soterramento das nascentes ou pela destruição das matas ciliares", diz Langeani.
Segundo ele, o projeto pode alertar para a situação de degradação e até auxiliar na preservação desses ambientes. "Além disso, também poderá servir para pesquisas de reprodução e genética", diz.
Os exemplares dos novos peixinhos foram coletados em pequenos ambientes desses rios da bacia. Vinte e cinco espécies foram retiradas de coleções científicas disponibilizadas aos pesquisadores e outras 25, de 30 a 40 coletas feitas por pesca elétrica riachos do alto Rio Grande, em Minas Gerais; em ribeirões da margem esquerda do rio Paranaíba, no Mato Grosso do Sul; e em riachos da margem direita do rio Paranaíba, em Goiás.
Algumas espécies miniaturas de peixes da região chamaram mais a atenção dos pesquisadores e passaram ser popularmente chamadas de novo canivete, novo cascudinho e novo bagrinho, que depois de catalogadas receberão denominação científica.
Langeani explicou que as espécies foram encontradas em locais muito explorados, mas que ainda não tinham identificadas devido à dificuldade de coleta devido ao tamanho dos peixes. "Os peixes maiores são mais fáceis de coletar e descrever", diz.
Segundo Langeani, o projeto terá uma segunda fase, com novas coletas de campo, que serão feitas em regiões menos exploradas na margem direita do rio Paraná, no Mato Grosso do Sul, e em riachos do Rio Paranaíba, no Estado do Paraná.
Chico Siqueira
Direto de Araçatuba
Fonte: Terra - Notícias - Ciência

Uma pesquisa da Universidade Estadual Paulista (Unesp) identificou 50 novas espécies de pequenos peixes de água doce da bacia do alto Rio Paraná, nos rios Grande, Tietê, Paranapanema, Paranaíba e Paraná, entre os Estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Goiás e Mato Grosso do Sul.
As novas espécies, que têm no máximo 20 cm de comprimento (a maioria tem entre 3 e 4 cm), sobrevivem em pequenos lagos, riachos, ribeirões e nascentes destes grandes rios. Elas estão sendo catalogadas para compor a listagem de peixes da região por meio do projeto "Icitiofauna do Alto Rio Paraná".
O projeto, de autoria do pesquisador Francisco Langeani, do Departamento de Zoologia e Botânica do campus da Unesp de São José do Rio Preto, a 440 km de São Paulo, demorou dois anos para ser concluído e contou ajuda de 20 pesquisadores da Unesp e das universidades de São Paulo e as estaduais de Londrina e Maringá.
Para Langeani, mais do que revelar a diversidade das espécies da região, a descoberta alerta para a existência de espécies que sobrevivem à destruição ambiental e podem desaparecer antes mesmo de serem conhecidas.
"Pode-se imaginar que sejam filhotes, mas não. São peixes adultos, de espécies ainda não descritas, que estão sobrevivendo à destruição desses pequenos ambientes, seja pelo soterramento das nascentes ou pela destruição das matas ciliares", diz Langeani.
Segundo ele, o projeto pode alertar para a situação de degradação e até auxiliar na preservação desses ambientes. "Além disso, também poderá servir para pesquisas de reprodução e genética", diz.
Os exemplares dos novos peixinhos foram coletados em pequenos ambientes desses rios da bacia. Vinte e cinco espécies foram retiradas de coleções científicas disponibilizadas aos pesquisadores e outras 25, de 30 a 40 coletas feitas por pesca elétrica riachos do alto Rio Grande, em Minas Gerais; em ribeirões da margem esquerda do rio Paranaíba, no Mato Grosso do Sul; e em riachos da margem direita do rio Paranaíba, em Goiás.
Algumas espécies miniaturas de peixes da região chamaram mais a atenção dos pesquisadores e passaram ser popularmente chamadas de novo canivete, novo cascudinho e novo bagrinho, que depois de catalogadas receberão denominação científica.
Langeani explicou que as espécies foram encontradas em locais muito explorados, mas que ainda não tinham identificadas devido à dificuldade de coleta devido ao tamanho dos peixes. "Os peixes maiores são mais fáceis de coletar e descrever", diz.
Segundo Langeani, o projeto terá uma segunda fase, com novas coletas de campo, que serão feitas em regiões menos exploradas na margem direita do rio Paraná, no Mato Grosso do Sul, e em riachos do Rio Paranaíba, no Estado do Paraná.