Sexta-feira (11/02/2012), sem uma programação melhor, acessei o bate-papo da net. A galera não estava muito "ativa", mas eis que - entre um bocejo e outro - surge Fabrício Maciel:
- e aí Córlet, tem pescado muito?
- Fala Fabrício. Nem tanto. Planejei ir até o Açude de Boqueirão, mas não deu.
- estou indo amanhã... quer ir?
Este breve contato foi suficiente para nocautear meu sono. Passou um trailer em minha cabeça, e o nome do filme era: "Tucunarés de Boqueirão, me aguardem!". Entretanto, lembrei que havia marcado com o amigo Jonathan, que gostaria de se familiarizar com a pesca de caiaque, tendo combinado um test drive no domingo.
- Fabrício, não vai dar. Combinei umas remadas para outro amigo testar o caiaque.
- Isso não é problema: empresto meu caiaque para ele, vou no barco para dar suporte e daí todos pescamos.
Foi a solução mais rápida que já vi. A boa vontade, a experiência e a paciência de Fabrício foram fundamentais para o êxito desta nossa expedição. Já no sábado pela manhã, tentei estabelecer contato com outros possíveis companheiros: Alysson, Luã e Georges - que não puderam nos acompanhar - e por fim Jether. Este último havia acabado de retirar seu caiaque na loja, e antes de tirar o selo ou mesmo de perder os receios que restavam quanto à modalidade, aceitou na hora.
Tralhas na pequena viatura, locamos um reboque para transporte dos três caiques, pois Fabrício fora na frente. Saímos de João Pessoa no sábado à tardinha rumo ao local de escala, um pequeno sítio que ficava um pouco mais próximo de Boqueirão. Lá jogamos toneladas de conversa fora, conhecemos novos amigos, descançamos um pouco e pegamos a estrada às 04:00h da matina do domingo. Vamos ao que interessa:
Chegada e preparativos às 07:00h


Fabrício chegando:


Jonathan, Jether e eu:

Jether não contendo a ansiedade da estreia:

Vamos para água! (transparente e cheia de estruturas)
Com o auxílio do barco, utilizamos o sistema "um puxa todos", através do qual os caiques são rebocados:

Após uma breve explanação e as devidas instruções, chegou a hora dos calouros perderem o medo e ganharem um vício:

Detalhe: já começaram no nível intermediário de dificuldade - embarcar no caiaque à partir do barco!


...mas, e os peixes? É pra já!
Após a rápida familiarização com os caiaques partimos para a "caça" dos tucunarés de Boqueirão; e encontramos.
O primeiro a abrir os trabalhos, claro, tinha que ser o anfitrião - Fabrício. O próprio descobriu um bom pesqueiro e veio com a boa nova:

Após a indicação da mina, foi a minha vez:

Jonathan, com a experiência que já possui, fez valer as engrenagens de sua carretilha e tirou seu primeiro peixe em cima de um caiaque. Logo estará adquirindo um sit-on-top.

Outras capturas cheias de emoção se sucederam:




Em determinada hora, nossas barrigas roncaram e fomos almoçar, pois nem só de peixe vive o homem. Macaxeira, carne de sol e batatas fritas foram nosso maná:

Antes de encerrar as atividades, tentamos a sorte em outro pesqueiro. E daí presenciamos um dos melhores momentos de nossa pescaria: Jether, que só pescava de praia e até então não havia capturado nada, persistiu e retirou seu belo troféu das águas cristalinas do Açude de Boqueirão. O primeiro tucunaré a gente nunca esquece.

E assim chegamos ao fim do dia muito satisfeitos, inclusive com o estabelecimento de novas amizades. Já traçamos planos para novas pescarias. Agradeço a Deus por tudo, aos companheiros de viagem por toda confiança e parceiria, e em nome destes agradeço mais uma vez ao grande amigo Fabrício - valeu pescador!
Abraço aos amigos do Pesca Nordeste - espero que tenham gostado.