Vara de Fly: Faça você mesmo!

O conceito:

Você tem uma vara de molinete ou carretilha q/ já não usa mais pq. descobriu q/ o fly é a razão do seu viver?

Não sabe o que fazer com ela?

Vender poderia ser uma boa, dinheiro é sempre bem vindo!

E que tal transforma-la numa vara de fly, o objeto da sua nova paixão!!!

Sim meus amigos, vcs tem razão, eu sou doido de pedra !!

Mas antes de me internarem, leiam atentamente os meus comentários, vejam as fotos.

E aí sim; cacete no doido KKKKKKKK!!!

Embora a transformação seja possível, quero esclarecer que não sou nem um “rod maker”, e o que vocês verão

nos slides a seguir é fruto de minhas próprias conclusões.

Mas, se os amigos não tem medo de experimentar “coisas novas,” sei que vão gostar!!!

Analisando a vara, ui!

Antes de ir “metendo a faca” nos passadores é preciso levar em conta que tipo de vara vc quer, tamanho, numeração etc… No meu caso eu queria uma vara mais curta que o tamanho padrão ( 9’), p/ usar em locais com pouco espaço, mangue por exemplo. Pesquisei e descobri que existem varas de fly com apenas 5’,6” , usadas em estreitos rios de montanha.

Mais importante do que o tamanho.

Era identificar a numeração da vara, ou seja, descobrir qual n° de linha fly poderia ser arremessada por uma vara de molinete 4 a 12 lb, de ação media e 1/8 a 5/8 oz (3,5 a 17 gramas de arremesso). Pela padrão AFTMA uma vara assim, pelo menos na teoria, poderia arremessar desde uma linha #1 até uma #11 !!!

Isso se dá pq. As varas de fly, ao contrario das de bait e spinning, são projetadas p/arremessar linhas com peso especifico e a tolerância a variações bruscas de peso nestas e bem menor. P/ se ter uma ideia, a diferença de peso entre uma linha 5 e uma #6 é menos de 1,5 grama!

Tentativa e erro…

Bão, como não existe omelete sem quebrar ovos…Dei um jeito de montar a carretilha de fly na vara de molinete e fui aos testes. Como não tinha idéia da linha certa a ser usada, fiz um calculo simples: somei o peso de arremesso maior (17,5), ao menor (3,5) e dividi por 2. O resultado ( 10,5) apontava a linha # 6 como sendo a melhor opção. Na falta da #6 usei uma 5 (+ ou – 9 gramas). Como precisava saber se a vara poderia ser usada em espaços exíguos fiz os testas na sala de minha casa arremessando a linha entre cadeiras, gato e sofá…embora a linha 5 tenha se mostrado um pouco leve, gostei do resultado e me decidi a fazer a heresia!!!

A heresia…

Comecei a desmontagem da vara. Guardei 03 dos passadores originais e comprei mais 4 unidades. A seqüência de montagem dos mesmos eu achei na internet. Optei pelos cerâmicos ao invés dos tradicionais “snake” feitos de arame. Pela dificuldade e alto preço do reel seat próprio p/ vara de fly optei por um do tipo tenessee. Isso também seria conveniente. Pois, caso a experiência não desse certo, eu ainda poderia usar a vara com molinete ou mesmo carretilha!

Churrasquinho?!

A desmontagem dos passadores, cabo e outros componentes da vara não apresentou maiores problemas. O reel seat, porém, foi a maior dor de cabeça!

Esta peça que é responsável pela fixação do molinete ou carretilha ao corpo da vara é fixada por meio de buchas de fita crepe (ou algo que o valha), e muuuita cola epoxi!!!

Lembrei que o amigo Alexandre (miudeza), comentou certa vez de usar calor p/ soltar esta peça. Daí tive a idéia de envolver a mesma com papel toalha umedecido em água e este envolvido em papel alumínio. A cena que se seguiu foi pitoresca como vcs podem ver ao lado. Meti o espeto no fogo até que houve uma espécie de micro explosão de vapor que rompeu o papel alumínio.

Apliquei força…et, voi lá!!! Agora era só lixar e preparar o blank p/ aplicar os novos componentes!!!

A montagem…

Bem, uma vez que o blank estava limpo era hora de montar os novos passadores na sequência correta. Como sou herege usei linha de atado p/fixa-los. E não é que ficou bom!!!

Fixar na verdade não é difícil. Difícil e deixa-los alinhados. Para quem não tem um mínimo de habilidade manual e ainda por cima é forte candidato a ter Alzheimer como eu…foi F…RSSSSSSS!!!!

Gambiarra não!!!

Já que o improviso era a palavra de ordem, decidi fazer o acabamento com epóxi 15 minutos, o mesmo que uso p/ atar. Adicionando álcool isopropilico, o epóxi fica mais fino e permite um acabamento melhor. Para dar cor, adicionei a mistura tinta acrílica azul metálico + amarelo. E obtive um tom que apelidei carinhosamente de catarro-na-parede!!!

Finalmente….

Gente, existem muitos outros detalhes que suprimi propositalmente. Mas, p/ resumir, digo que gostei do resultado.

Troquei a linha #5 por uma #6 e a vara ficou ótima. De quebra ainda posso usa-la com minha carretilha favorita para arremessar iscas mais leves ou em qualquer ocasião que eu precise de um equipo + light!!!

Valeu!!!

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Sobre o autor

Carlos Blatt

 
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