Tudo começou com um telefonema, Eduardo (John Coffe) me ligou a noitinha e me deu a notícia: “Ivan, tenho ótimas notícias, vamos para o Comte. Fontoura daqui 20 dias e vc esta no grupo”. Fiquei em silêncio por alguns segundos e respondi: “Vou fazer o possível para ir”. Passados os 20 dias, lá estava eu embarcando para S.Luis-MA no busão da Guanabara, para fazer uma viagem de aproximadamente 500 km, Assim que cheguei em S.Luis, Eduardo me pegou na Rodoviária e fomos direto para a ferroviária, pois nosso trem com destino a Parauapebas-Pa sairia as 8:00, lá chegando encontrei os outros companheiros (Sérgio e Alexandre).
Seguimos por mais 900 km até nosso destino e na viagem percebi que todos estavam muito animados.


A zueira comia solta no trenzão hehehe


Sérgião se lascando pra desatar os nós do seu lençol hehehe

Chegamos em Parauapebas por volta de 1:00 da Madrugada e seguimos para a cidade de Curionópolis-PA, onde mora o Valter que dessa vez não pode ir conosco, mas que foi muito gentil em nos ceder sua caminhonete. Depois de tudo arrumado e com as tralhas embaladas seguimos por mais 900 Km até a cidade de Sta. Cruz do Xingú-MT, onde nosso anfitrião nos aguardava, a viagem foi muito tranqüila e no percurso o que não faltou foram boas gargalhadas, peidos, piadas etc..
Curionópolis fica bem próxima da entrada para a famosa Serra Pelada



O primeiro contato com o Comte Fontoura.

Chegamos em Sta. Cruz do Xingú e após uma rápida conversa com nosso anfitrião, seguimos para a sua pequena fazenda onde existe um pequeno ponto de apoio, local onde fizemos nossas refeições que sempre foram fartas e muito apetitosas, o nosso acampamento ficou localizado bem próximo ao rio, onde o Sr. Antônio havia construído um pequeno porém providencial quiosque para nos abrigar das possíveis chuvas que insistiram em cair em uma época não muito comum.
A ponto de apoio

O quiosque já com a montagem das barracas...


Tudo estava perfeito, porém havia chovido por 3 noites consecutivas e isso nos preocupou um bocado, pois o tempo deu uma esfriada e os peixes estavam manhosos segundo um de nossos guias, mas só nos restava ir pra luta, afinal de contas, estávamos ali pra isso.
Os Pescadores
Eduardo (John Coffe) Foi o cara dos tucunas, pegou muito mesmo, com seu trabalho catimbado conseguiu levantar dezenas de bons tucunas.

Sérgio (Chico Bento) Foi o cara dos Trairões, pegou mais que todo mundo, o trabalho lento realizado por ele era irresistível aos trairões.

Alexandre (Polenguinho) O novato que como sempre tem aquela sorte especial, ele foi o que fisgou a maior cachorra já na penumbra da tarde numa isca de superfície, quanto ao snap que ele usava, era irreal, parecia um brinquedo e até agora não sabemos como ele conseguiu tirar seus peixes com aquele brinquedo hehehe.

Eu (Ivan) Fui o cara do meio, aquele que não fede nem cheira kkkkkkkk, peguei muitos tucunas médios, pequenas bicudas, mas o que salvou mesmo foi o trairão que era um sonho a ser realizado.

A pescaria
Iniciamos a pescaria subindo o rio e só no terceiro dia descobrimos que foi a pior escolha hehehe, o nosso “Guia” não tinha nada de guia, era um professor desempregado que possui um barquinho e um rancho na beira do rio,
O Rancho:

O Acesso:

ele tinha conhecimento médio sobre o rio, mas não sabia nada sobre os pontos de pesca, isso nos fez perder muito tempo, pois tivemos que bater muitos pontos infrutíferos, causando até certo desconforto entre os pescadores, mas depois do pente fino, começamos a entender a dinâmica do rio e conseguimos um desempenho muito satisfatório devido às circunstâncias apresentadas. O nosso outro guia também não era lá essas coisas, mas pelo menos não tinha preguiça e conseguia posicionar o barco de maneira adequada para os arremessos, só isso já basta pra ajudar bastante na pescaria.
O melhor dia para todos nós foi o 3°, pois descemos o rio e encontramos um lugar chamado “Curvão” um lugar maravilhoso e que tinha cara de peixe grande, nesse ponto todos fisgaram muitos tucunas, Edu fisgou o maior da pescaria nesse ponto também e nos pedrais eu me deleitei com muitos e muitos tucunas que apesar do tamanho, são valentes e valorizam demais a briga.
Seguem as fotos em ordem aleatória...
Na fumacinha da manhã...



























Foram muitos peixes capturados, nem todos foram fotografados e num lugar especial que encontramos no fim da pescaria, dava pra fazer um programa de pesca, foram aproximadamente uns 30 ou mais ataques de trairões em um único local, os 02 barcos ficaram encostados e arremessando no mesmo ponto, todos conseguiram fisgar seus trairões, Sérgio como sempre foi o campeão, parece que ele sozinho fisgou 19 hehehe, vai ser largo assim lá longe.
Foi isso pessoal, uma pescaria bem rústica mas bem tranqüila também, pois dessa vez não tivemos que transpor pinguelas quebradas, enfrentar corredeiras e acampar no meio do nada como em nosso último acampamento.
Ano que vêm, se Deus me permitir, tem mais...
O projeto agora e mais ambicioso, vamos para o Rio Iriri...
Forte abraço
E Boas pescarias