Como a grande maioria dos integrantes do pesca-ne sabe tenho um açude onde desenvolvemos um trabalho de estudos e observação, sem cunho científico, dos nossos cobiçados e pouco estudados camurupins (tarpons). Em que pese sermos leigos e os camurupins ainda estando em fase juvenil temos coletado uma série de dados interessantes de seu comportamento em cativeiro além do prazer imensurável que nos dá sempre que estamos fazendo algum experimento ou mesmo na simples observação.
O caniço artesanal de forma rústica com as iscas ora amarradas em pedaços de barbantes ou arames é proposital para avaliar a disposição dos peixes em atacar mais ou menos em determinadas situações. Observamos com certa evidência lógica que os ataques mais rápidos e violentos são quando o alimento é simplesmente atirado à superfície da água sem nenhum artifício. Contudo, atacam sem muita cerimônia as iscas amarradas da forma que mostra o vídeo. Os plugs de superfície sem as garatéias servem para estimulá-las nos ataques.
Interagem bem com a alimentação suplementar (pedaços de peixes, piabas, acarás, guaraviras, camarão e outros) mesmo com a presença de pessoas e percebe-se que a ferocidade parece ser a mesma da natureza não perdendo nada do instinto predador embora o açude mantenha um bom estoque forrageiro onde se alimentam à vontade. À noite atacam com mais apetite e freqüência. Adaptam-se fácil à mudança do comedouro a ponto de aproximarem-se ao som do toque da faca quando prepara-se a alimentação cortando em pedaços.
Breve estarão pegando a isca na mão e saltando fora da água, visto que, com certa raridade, temos observado essa atitude.
Temos capturado alguns exemplares para peso e medida e percebe-se um excelente desenvolvimento.
A hora da alimentação serve de divertimento para meu netinho Filipe como percebe-se no vídeo.