Creio eu que esse bicho tem um pacto com alguma coisa do além, ou na melhor das hipóteses eles em algum dia tem piedade da gente e deixam ser capturados, mais por um raro e esquivo momento tipo assim, se pegar pegou se não, só na próxima e que só Deus sabe quando!
Pela pouca experiência que tenho posso lhes dizer algo sobre pescaria de Tarpons aqui na Ilha de São Luis: Sem dúvida nenhuma obtenho melhores resultados nas marés mortas (amplitude menor e mais tempo de pescaria, ainda mais aqui nessa maré louca!). Como disse não sou nenhum expert em pesca esportiva (fatores como: temperatura da água, pressão, umidade, vento, etc), mas percebo que tem dias em que as ações são em grandes números ou bem mais satisfatórias e com certeza, alguma influência sobre os fatores já citados acima ocorre. Com relação às iscas, já pesquei tanto com natural como de artificial, embora hoje raramente pesco com natural. Com natural, as que mais me dei bem foram: Guaravira, Sardinha e Tainha (cortadas em filé). Com artificiais, em quase sua totalidade, foram superfície e muitas delas feitas pelo meu irmão Juba e algumas vezes meia água, mas nunca peguei nenhum com isca de fundo ou camarão maré.
Quanto aos locais de pesca, aqui são bem variados: Nos mangues (O Maranhão é o estado que possui quase a metade dos manguezais do Brasil e a maior área contínua desse ecossistema no mundo, com uma cobertura de aproximadamente 500 mil hectares ao longo da costa de 670 km sob um regime de variações de marés que podem chegar a oito metros). Nas praias onde tem pedras se torna um excelente local de pesca o problema é o risco que corremos com as cracas ou caracas é muito grande, confesso que sou o que mais me arrisco, pois fico com água até a altura do peito e a cada 5 seg. vem uma onda e me joga para trás, mas foi assim que me rendeu o meu maior Tarpon. Um pouco mais longe da praia sempre pescamos perto de estruturas de muruadas (são currais, armadilhas de pesca, abandonados por já estarem em mau estado de conservação tornando-se assim excelentes pontos de pesca). Todos esses locais anteriores, já capturamos Robalos. Mas longe ainda, onde estão os gigantes, a dificuldade aumenta demais são águas profundas e o vento lá fora é terrível mesmo em épocas chuvosas com muitos vagalhões dificultando o nosso posicionamento no barco consequentemente vem a dificuldade dos arremessos e como só temos duas mãos temos que nos segurar pelo menos com uma delas se não, já era ! rsrsrsrs. A incidência maior em todos os casos é na enchente.
Esse texto é muito pessoal, até mesmo meu pai, meu irmão ou alguns amigos discordem de alguma coisa, mas no geral creio que isso mesmo!
Espero ter ajudado de alguma forma com essas dicas simples e acredito que isso não mude muito em outras regiões do nordeste.
Abraços a todos!