Apesar da polêmica do tema, a criação de recifes artificiais como esses, sem dúvidas nenhuma contribui e muito para a preservação, reprodução e aumento da população marinha, especialmente em regiões desprovidas de estruturas naturais, a exemplo de formações coralíneas.
Digo isso com segurança, eis que acompanhei por quase uns 08 anos a instalação de RAMs de pneus e carcaças de automóveis em determinada região marinha. Mergulhei muito, fotografei e vi a cada dia o crescimento e a reprodução de diversas espécies nativas, de modo que tais atratores não apenas reúnem a vida marinha que já existia ao seu redor, mas, também contribui significativamente para o aumento populacional e reprodutivo das espécies, pois lá, onde antes era um deserto, elas encontram substrato e abrigo para procriação e desenvolvimento.
Acrescento, ainda, que comprovei na prática que estruturas de ferro, não sei por que, são muito mais atraentes para a fauna marinha do que os pneus. Em tais estruturas, especialmente nas de ferro, com umas três semanas de instaladas no fundo marinho já é possível identificar o crescimento de algas e a agregação de muitos peixes típicos do local, inclusive de grandes espécies marinhas, a exemplo de arraias, meros, caranhas, cações lixa, vermelhos (ciobas, ariocós, guaiúbas... ), garajubas, serigados...
Todavia, sem dúvidas nenhuma que para o lançamento dessas estruturas no mar, necessária a licença ambiental (atualmente existe proibição expressa para pneus) emitida pelos órgãos competentes.
Enfim, a despeito de tudo, os RAMs são uma ótima ideia e certamente esses Tanques de Guerra estarão repletos de vida marinha, a exemplo dos rebocadores afundados na costa do Recife.