Alimentando alevinos de Tucunarés-pinima

O embaixador do Brasil na pesca esportiva.

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Postagem Número:#31/39  Mensagempor MarcelloGurjao » 13/04/2012 - 16:10:41

Tá aí Alexandre, resolveu mesmo! O Tucunaré é tão bom que até esses problemas resolve! kkkkkkkkkk No caso lá do rio com os Pacus, é fácil de resolver também: Leva o tucunão pra lá! Tudo resolvido!

O bom do tucuna grande é que ele não cai em redes, com raríssimas exceções... assim pelo menos temos uma alternativa para pesca esportiva e o pescador local dificilmente consegue tirar o grandão. Vale lembrar que nossas pescarias, esportivas - diga-se, trazem lucros e movimenta renda dos locais onde vamos. Castanhão é exemplo disso.

Temos aqui na Paraíba um açude/barragem exemplo de que o tucunaré não acaba nem devasta as outras espécies. Trata-se do açude de Condado, onde vemos vários relatos por aqui. Lá tem tucunaré amarelo e Pinima e por onde andamos vemos as sardinhas aos milhares e os tucunões dando porradas nelas e sempre foi assim. No tempo que é permitido a pesca, vemos os canoeiros voltarem com muitas tilápias, piaus, sardinhas, curimatãs, traíras dentre outros... tucunaré quando cai, é pequeno, resguardando-se algumas exceções. Então o que muda desse açude para os outros lugares? Resposta simples e fácil: Respeito as regras e leis, pois lá tem uma associação de pesca dirigida pelo parceiro Adriano que fiscaliza e proíbe a pesca no tempo de defeso e com malhas não permitidas, além de é claro, ser 100% proibido a pesca com arpão. Lá temos boa relação com os pescadores locais e no tempo do defeso eles mesmo dizem: "se encontrar redes por ai, pode resgar", "se encontrar arpoeiros, digam que chamamos a polícia", pois se um respeita, os outros tem que respeitar também. O peixe mais vendido na cidade é a tilápia e não é de cativeiro, tudo solta lá no açude e pega de vara e anzol em locais de cerva dos pescadores. Pescador fiscalizando pescador, todos registrados e recebendo seu salarinho como deve ser. Lógico que sabemos que não há como fiscalizar 100% e casos isolados de redes ou arpoeiros podem acontecer, mas isso não é a regra.

Quando vejo uma barragem que ainda não tem peixe, meu primeiro pensamento é: colocar peixes e camarões, fazer o peixamento comum e só depois colocar o tucunaré. Sou a favor de espalhar eles por ai sim e o próprio DNOCs fez isso em vários locais e pode ter certeza, em vários desses lugares não havia piranhas para justificar tal fato.

Adicionado depois de 21 minutos:

Só lembrando: se há desvastação e dizimação, não culpo o tucuna e sim nós, seres humasnos, com nossas ambições maléficas! O cara vai lá mata as matrizes de arpão, coloca rede com a malha bem fininha, pega todos os alevinos, aí vai uma segunda vez e não pega nada... a culpa é do tucunaré??
Enquanto não houver seriedade e criação de ambientes com auto sustentabilidade meu amigo, vamos sofrer as consequências...
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Postagem Número:#32/39  Mensagempor Alexandre Cardoso » 13/04/2012 - 17:49:50

Colocação perfeita Marcelão. A propósito, não somos pesudo-ambientalistas. Somos apenas pescadores esportivos e gostamos de ir atrás de troféus. Não temos culpa se já pegamos aqui no nordeste um meio ambiente degradado num país igualmente degradado onde inúmeras hidrelétricas já levaram a extinção inúmeras espécies de peixes e continuarão a ser construídas e levando a extinção outras espécies de peixes onde elas forem construídas.
Aqui o caso é específico. Todas nossas barragens são artificiais e se não fossem elas, na época das secas, nossos rios que na maioria são temporários nem água tinham, quanto mais qualquer espécie de peixe, seja nativo ou exótico.
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Postagem Número:#33/39  Mensagempor Ferreiro_AL » 13/04/2012 - 18:47:08

Alexandre Cardoso em 13/04/2012 - 12:44:14 escreveu:KKKKKKK. No início de sua construção em 1985 e para conter a grande população de pirambebas no reservatório Armando ribeiro Gonçalves (barragem de ASSU) aqui do Rio Grande do Norte, é que foi introduzido o tucunaré. E não é que resolveu!

Resolveu e quando ela sangrou, espalhou Tucunarés no Rio Piranhas. É a troca de 6 por meia dúzia, ou melhor de 6 por média dúzia que dá pra ser pescada.

MarcelloGurjao em 13/04/2012 - 16:10:41 escreveu:Tá aí Alexandre, resolveu mesmo! O Tucunaré é tão bom que até esses problemas resolve! kkkkkkkkkk No caso lá do rio com os Pacus, é fácil de resolver também: Leva o tucunão pra lá! Tudo resolvido!

O bom do tucuna grande é que ele não cai em redes, com raríssimas exceções... assim pelo menos temos uma alternativa para pesca esportiva e o pescador local dificilmente consegue tirar o grandão. Vale lembrar que nossas pescarias, esportivas - diga-se, trazem lucros e movimenta renda dos locais onde vamos. Castanhão é exemplo disso.

Temos aqui na Paraíba um açude/barragem exemplo de que o tucunaré não acaba nem devasta as outras espécies. Trata-se do açude de Condado, onde vemos vários relatos por aqui. Lá tem tucunaré amarelo e Pinima e por onde andamos vemos as sardinhas aos milhares e os tucunões dando porradas nelas e sempre foi assim. No tempo que é permitido a pesca, vemos os canoeiros voltarem com muitas tilápias, piaus, sardinhas, curimatãs, traíras dentre outros... tucunaré quando cai, é pequeno, resguardando-se algumas exceções. Então o que muda desse açude para os outros lugares? Resposta simples e fácil: Respeito as regras e leis, pois lá tem uma associação de pesca dirigida pelo parceiro Adriano que fiscaliza e proíbe a pesca no tempo de defeso e com malhas não permitidas, além de é claro, ser 100% proibido a pesca com arpão. Lá temos boa relação com os pescadores locais e no tempo do defeso eles mesmo dizem: "se encontrar redes por ai, pode resgar", "se encontrar arpoeiros, digam que chamamos a polícia", pois se um respeita, os outros tem que respeitar também. O peixe mais vendido na cidade é a tilápia e não é de cativeiro, tudo solta lá no açude e pega de vara e anzol em locais de cerva dos pescadores. Pescador fiscalizando pescador, todos registrados e recebendo seu salarinho como deve ser. Lógico que sabemos que não há como fiscalizar 100% e casos isolados de redes ou arpoeiros podem acontecer, mas isso não é a regra.

Quando vejo uma barragem que ainda não tem peixe, meu primeiro pensamento é: colocar peixes e camarões, fazer o peixamento comum e só depois colocar o tucunaré. Sou a favor de espalhar eles por ai sim e o próprio DNOCs fez isso em vários locais e pode ter certeza, em vários desses lugares não havia piranhas para justificar tal fato.

Adicionado depois de 21 minutos:

Só lembrando: se há desvastação e dizimação, não culpo o tucuna e sim nós, seres humasnos, com nossas ambições maléficas! O cara vai lá mata as matrizes de arpão, coloca rede com a malha bem fininha, pega todos os alevinos, aí vai uma segunda vez e não pega nada... a culpa é do tucunaré?
Enquanto não houver seriedade e criação de ambientes com auto sustentabilidade meu amigo, vamos sofrer as consequências...

Não sei pq o pessoal pelo mundo afora ainda não atentou para essa solução ''maravilhosa''... Muito menos não sei como o poderoso tucunaré não resolve a infestação de tilápias no São Francisco, agora o peixe mais comum no rio. Incríveis como vc consegue citar o respeito as leis, quando defende algo é que é nitidamente ilegal frente a nossa legislação ambiental. Aparentemente a lei tem que ser rígida apenas com o pescador artesanal, com o mergulhador, enquanto é totalmente melável de acordo com o interesse do pescador ''esportivo''. Aparente as ambições maléficas da pesca esportiva são jogadas pra baixo do tapete.

Em relação à devastação do meio ambiente, concordo plenamente em gênero e grau, menos na parte onde fica implícito o ''esquecimento'' da invasão por espécies exóticas como um dano ambiental. Essa parte da sustentabilidade eu nem vou comentar, pq ela vai de encontro a tudo o que vc defende.

Em relação a culpa pelos danos ambientais, todos nós temos. Será que alguém aqui vive sem a energia de Xingó, por exemplo? Acredito que não... Temos opções mais viáveis, infelizmente não. Mas podemos exigir que essas obras tenham eficiência ambiental, como medidas mitigatórias, canais paralelos para a Piracema, peixamento com espécies nativas. Em relação aos pseudo-ambientistas, não vi nenhum, apenas pseudo-biológos-ecólogos que mudam os princípios estabelecidos em relação coexistência entre espécies nativas e exóticas, ao bel-prazer da pesca esportiva. Eu processaria o autor do livro abaixo, ele está demonizando o supra-santo Tucunaré:

Alien Species in North America and Hawaii: Impacts on Natural Ecosystems
Quebra aê, quebra aê, olha ASA aê!
O ASA chegou, o ASA bombou!
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Postagem Número:#34/39  Mensagempor MarcelloGurjao » 13/04/2012 - 20:12:20

Bem antes de ter tucunarés em Assu-RN já havia tucunaré e piranha aos montes no Rio Piranhas... O Rio Piranhas pega sangria o açude de Coremas - PB e bem antes já havia tucunaré neste açude (o primeiro da região a receber tucunarés) e adivinha quem soltou eles lá? DNOCS! Já pegamos a área infestada e garanto que sem o tucunaré, seria impossível controlar as piranhas desses locais e com certeza o impacto seria sim bem maior.

Pesquei algumas vezes no Rio São Francisco... tucunaré, como todos sabem é peixe de água parada, não gosta muito de corredeiras... em cada 10 peixes, pegávamos eram umas 5 piranhas, 3 Robalos, 1 Tucuna e uma Traíra. Agora quando íamos na feira, era tilápia e tambaqui grandões furados de arpão... Vi impacto pela pesca predatória, mas pelo fato tos tucunas estarem ali não, apesar de saber que esse impacto existe, mas não esse bixo do outro mundo como o "ferreiro" ta dizendo ai. O que queria dizer e exemplifiquei foi que com o respeito as regras, é possível sim ter essa especie sem acabar com as outras e que o impacto maior está na pesca predatória e não no fato do tucunaré estar ali. Por falar em "predatório", parece-me que o Ferreiro do "quebra aê" é adepto ou defensor da pesca com arpão... isso sim seria "incrivel" e irõnico. Pois é lógico que ninguém pretende levar os tucunas para outros paises... foi apenas uma brincadeira onde até soltei uma gargalhada e depois sim comecei a escrever o texto. Agora aqui onde a pretenção é colocar o tucuna onde o amarelo já existe e não vai demorar muito que o Pinima chegue naturalmente, não acho errado. O que vi no São Francisco foi pescadores de arpão detonando todos os tucunarés que estavam nos remansos dos rios, em uma manhã só um deles matou mais de 40. Nas águas com correnteza eles não ficam.

Já soube da existencia de Pinimas nas cabeceiras do "Velho Chico" e acho que ainda hei de ver voce com um avatar de um tucunão pego ai bem pertinho de voce (talvez não por orgulho) e voce vai ver que nenhuma das outras espécies vão desaparecer, apenas modificar um pouco habitos e quantidade, pois o tucunão quer ter também seu espaço e está espalhado por todo NE. Não fomos nós quem soltamos eles, mas sim orgãos do governo que fez essas leis ai que voce tanto fala.
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Postagem Número:#35/39  Mensagempor Ferreiro_AL » 13/04/2012 - 20:55:52

Maravilhas! O DNOCS fez a merda, sigamos pois com ela (momento lusitano)! Esse mantra parece que alivia o juízo de quem defende a pesca esportiva. É incrívei como o pescador ''esportivo' consegue saber o que é impossível, ou o que é posível e funciona sem tem um apoio em literatura sequer... Relatórios, livros, nada... Medir impacto com olho é fogo, pra não dizer ridículo, até pq pro pescador ''esportivo'', impacto é o que afeta peixe esportivo. Agora eu não entendo esse trauma em ver tilápia e pacu furado de arpão... Pelo menos esses foram trazidos pra região pra servir de alimento mesmo. Eu me preocupo com o Dourado, a Xira, o Camurim, a Carapeba... Desses acho que a sua ''preocupação ambiental'' só atuaria no primeiro, por motivos óbvios. Agora vc precisa deixar claro quais as regras ou leis que vc acha que devem ser respeitadas, pois isso ainda não está claro. Em relação a pesca de arpão, nunca pratiquei essa modalidade, muito menos sou adepto dela, apesar de são ser um grande crítico da modalidade quanto feita dentros dos conformes legais. O que é incrível e irônico? Criticar uma modalidade regulamentada por lei (pesca com arpão) ou defender uma prática ilegal (coleta de alevinos e peixamento sem a devida autorização e estudo de impacto)? Essa é uma resposta que muito me interessa.

O máximo que eu faço mergulhando é bater foto de peixe, nem mais, nem menos. Acho melhor vc estudar ou buscar exemplos palpáveis, em vez de tentar achar um telhado de vidro por estas bandas... Ou a sua ''fonte de informação'' (pra não dizer fofoqueiro) foi bem enviesada...

Para a sua informação, o Tucunaré já foi levado para outros países (é o egoismo esportivo não é exclusividade dos brasileiro). Já é encontrado no sul e sudeste do EUA, ameaçando espécies nativas nos Keys da Flórida (será que dá pra dizer ''aaaah, mas o dnocs já fez antes?'')

Pra mim seria um sonho se os pescadores do São Francisco matassem apenas Tucunaré, Tilápia e Pacú, deixando em paz a Xira, Carapeba e Camurim... Mas é só um sonho. Maldito arpoador que mata 40 Tucunas! Bonito é o pescador ''esportivo'' que bate no peito e diz que vai infestar açudes e consequentemente rios, com Tucunarés...

Imagino o que é um Tucunaré chegar naturalmente num lugar como Minas Gerais. Acho que foram de TAM linhas aéreas. Ou vai ver que foi o DNOCS também.

Se vc não tem a maturidade pra perceber que po conservacionismo é algo muito recente e que as leias evoluem de acordo com as demandas da sociedade e os novos conhecimentos, só me resta lamentar. Será que devemos matar indígenas pq o exército brasileiro já o fez? Discriminar homossexuais pq era normal até alguns décadas atrás? Eu acho que não. Mas vai ver que essa estaticidade só extiste para a ''pesca esportiva''.
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Postagem Número:#36/39  Mensagempor MarcelloGurjao » 13/04/2012 - 21:19:11

Calma "Ferreiro quebra aê"... Fique nevoso não... Trouxe apenas dados que constatei em minhas proprias pescarias pois é o que vejo no dia-dia. Meu avõ trabalhou na construção de Coremas-PB o maior daqui e tive acesso sim a dados e nem foi atravéz dele, mas não acho que eles sejam relevantes ao ponto de serem citados. Queria saber se um filho teu fosse tomar banho num baneário e voltasse com dois dedos a menos, como já aconteceu com conhecidos nossos... Acho que errei quando disse que tu pegarias um tucunão... será que isso é possível mesmo? Deixa pra lá...

Vou fazer que nem o Chrony, ta baixando muito o nível, vou parando por aqui... Diga o que quiser... eles chegarão por ai, Edson soltando eles ou não.

Fui

Adicionado depois de 4 minutos:

Lembrei de mais uma coisa: quando estive lá no "Velho Chico" os maiores peixes que vimos arpoados foram dois robalos, um de 17 kg e outro de 15kg, acho que o tucunaré ia engolir ele inteirinho!
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Postagem Número:#37/39  Mensagempor Chrony Joseph » 13/04/2012 - 21:23:26

Vou repetir:

Bem, acredito que de agora em diante o debate tornou-se uma questão não mais construtiva... Entrou no âmbito pessoal: Eu sou a favor, eu sou contra, eu sou neutro, sou doido, sou normal etc.

Sou sempre do meio termo: Nem tanto, mas nem tão pouco!

Acredito que poderíamos ter tido mais proveito com o debate se tivesse sido menos duro, incisivo, arrogante, irônico etc. Poderia ter sido mais educativo elucidando o que de fato é e deve ser feito para ser correto, mas...

Em uma próxima oportunidade sejamos mais dóceis!
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Postagem Número:#38/39  Mensagempor Ferreiro_AL » 13/04/2012 - 21:29:38

Já imaginava que eu ia ficar sem resposta. Quando o calo aperta, sigamos pela tangente, ora pois! Uma pena que questionamentos tão importantes tenham ficado sem resposta... Prefiro ser ''quebraê'' e bancar o que falo do que ser ''pseudo-ambientalista'' e ficar vomitando nonsense por interesse próprio, ou não bancar as palavras que eu falo. As Piranhas que machucaram a criança foram colocadas pelo DNOCS? Façamos novamente ora bolas, pq os erros do DNOCS devem ser imitados não? Ou será que não, pq a Piranha é agressiva e não muito afeita a peixe de plástico com garatéia? Em relação as tucunarés, eu já tive a minha cota em Delmiro Gouveia, a 12 anos trás. Na linha de mão com rã viva. Mais uma singela contribuição:

*Pelicice, F.M. and Agostinho, A.A. 2009. Fish fauna destruction after the introduction of a non-native predator (Cichla kelberi) in a Neotropical reservoir. Biol Invasions doi: 10.1007/s10530-008-9358-3

*Latini, A.O. and Petrere, M., Jr. 2004. Reduction of a native fish fauna by alien species: an example from Brazilian freshwater tropical lakes. Fishery Management and Ecology 11:71-79
*Santos, G.B., Maia-Barbosa, P., Vieira, F. and Lopez, C.M. 1994. Fish and zooplankton community structure in reservoirs of Southeastern Brazil: effects of the introduction of exotic fish. In Pinto-Coelho, R.M., Giani, A. and von Sperling, E. (eds) Ecology and human impact on lakes and reservoirs in Minas Gerais, with special reference to future development and management strategies. SEGRAC, Belo Horizonte, MG, pp 115-132

*Gomiero, L.M. and Braga, F.M.S. 2004 Cannibalism as the main feeding behaviour of tucunares introduced in Southeast Brazil. Brazilian Journal of Biology 64(3b) doi: 10.1590/S1519-69842004000400009

*Fugi, R., Luz-Agostinho, K.D.G. and Agostinho, A.A. 2008 Trophic interaction between an introduced (peacock bass) and a native (dogfish) piscivorous fish in a Neotropical impounded river. Hydrobiologia 607:143–150
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Postagem Número:#39/39  Mensagempor Chrony Joseph » 13/04/2012 - 23:13:29

Vou dar minha palavra final no tópico - acabei de trancá-lo! Pode parecer falta de democracia ou o que imaginarem, mas é melhor assim! A experiência me diz isso!

Quando eu penso que as coisas se acalmaram por aqui, quando penso que finalmente estamos em harmonia e sem alfinetadas, indiretas, diretas e tudo mais... :evil:

Acredito que não exista o 100% certo, tão pouco do 100% errado nesta questão de peixamento. O que o Ferreiro_AL disse - infelizmente com duras colocações - faz sentido, porém o que já foi feito pelos próprios órgãos responsáveis abre um tipo de jurisprudência para que continue sendo feito.

Estão construindo novas barragens, vejo como oportunidade para os órgãos competentes fazerem o peixamento correto com espécies nativas da região. Mas tenho 200% de certeza que não farão!

Acredito que em breve haverá uma ação pública contra os órgãos que continuam fazendo peixamento com espécies exóticas à região.

No sudeste, além do Tucunaré, tem Achigã, Micropterus salmoides ou Largemouth bass, chamado aqui no Brasil por "Black-bass". Exótico, originário do sul do Canadá e norte dos EUA, introduzido na Europa em Portugal em 1898 e no Brasil em 1922 em Minas Gerais e nos anos 60 em São Paulo, além de Cuba, Guatemala, Itália, França, Japão etc. Hoje movimenta uma cadeia produtiva e emprega várias pessoas, além de ser protegido pelo IBAMA. Não matam indiscriminadamente só porque é exótico!

Nosso Tucunaré, que em breve será nomeado como peixe símbolo da pesca esportiva brasileira - em dura batalha com o Dourado - é exótico para algumas regiões, porém é nativo no Brasil. Também movimenta uma cadeia produtiva, empregando pessoas e em plena expansão na região Nordeste, leia-se Castanhão, onde está tendo uma verdadeira revolução na economia da, até então, esquecida Nova Jaguaribara-CE.

Não sou biólogo, não sou economista, não sou ativista, tão pouco empreendedor de algo relacionado a espécie que me traga retornos... Mas também não sou Xiita! Tudo na vida tem de ter um "meio termo", tem de ser "ponderado", "pensado" e não simplesmente agir com as "emoções" e ideais pessoais ou de forma incondicional. Este tópico é exemplo disso! Em ambos os lados!

Falta de tudo em nosso Brasil, desde educação até bom senso, passando pelas belas e elaboradas leis que não são fiscalizadas, alias, são fiscalizadas apenas as que dão retorno aos cofres públicos - lei seca, por exemplo.

Pisciculturas espalhadas pelo Brasil afora vendendo todas as espécies de peixes, sejam exóticos das bacias nacionais ou os exóticos "estrangeiros" e NINGUÉM fiscaliza pra onde vão, onde serão soltos... Isso não é crime? Deixa fazer uma analogia: Plantar maconha é crime, mas reproduzir peixes exóticos para venda não? Ah? Não é a mesma coisa?! Então poderia ter uma empresa registrada e com licença do IBAMA para plantar maconha e vender mudinhas! Não?! Mas são apenas mudinhas para reflorestamento... Se alguém comprar, colher as folhas, secar e fumar é problema dela, não tenho nada a ver com isso! Ah tá! Maconha é uma droga, entendi agora! E o Tucunaré é uma praga! Saquei! É exótico em 3 das 5 regiões do do Brasil... Sabe de uma coisa? VOU PARAR DE PESCAR! PQP!

Se fizermos absolutamente tudo que é ecologicamente correto, vamos todos viver no mato! Se fizermos absolutamente tudo que nos traz vantagens, vamos todos viver no xilindró!

É isso... Viajei na maionese! Acho que foi maconha ou o tucunaré que não me fez bem... :mrgreen:

ps: EdsoNET, não vá dar maconha pros Pinimas!!!
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