Bem, pessoal, promessa é dívida. Fomos à Barra do Cunhaú ontem, sábado, para tentar uns pontos novos de conhecimento do Auricélio, mas pontos para se pescar com camarão vivo, em poços de boa profundidade.
Ao chegar a Cunhaú o barco já estava na água e o Auriça de prontidão. Arrumamos as tralhas e caímos no mundo.
O Auricélio e eu de camarão vivo, e o Alexandre com jumping jig. Primeiramente batemos perto da boca da barra, sem sucesso, e resolvemos ir para o primeiro ponto “selecionado” do Auricélio.
Após alguns minutos com motor aberto, paramos a uns 30 metros da margem, em direção a um tronco quebrado. Com a ajuda do sonar, Auriça procurou e posicionou o barco bem em cima da copa submersa e do resto do tronco, lançando a poita.
Após algumas jigadas, o Miudinho tomou um belo ataque, que vergou a vara e correu linha, soltando em seguida. Eu perdia um camarão atrás do outro para os baiacus quando nosso guia engatou o peixe do dia. A vara tomou a forma de uma ferradura e a linha cantou sem trégua, acompanhando o peixe para o enrosco e partindo a linha, uma multifilamento.
Tentamos mais um bom tempo e mais nada, partindo para outros pontos semelhantes. Atribuímos a pouca ação ao tempo chuvoso e garoa de vez em quando, com um friozinho gostoso. Achamos que a pressão tinha caído, mas sem barômetro fica só no “achometro”.
Concluindo, partimos para a pesca com iscas artificiais, mais nossa praia. “Que camarão vivo que nada... ”
Aí foi um dilúvio de peixes, com exagero e tudo, mas até eu que estava gravando peguei vários robalos, todos pequenos, certo, mas robalos...
A festa ficou mesmo por conta dos baby tarpons, que chegaram sem cerimônia num dos pesqueiros, animando a festa. O Alexandre fisgou três, mas não capturou nenhum. Só a emoção da briga já valeu a pena. Não temos fotos, mas em compensação temos imagens dos ataques e pulos, que vocês verão oportunamente.
Pegamos um total de nove espécies de peixes, a maior parte com iscas artificiais, a saber: - Robalo peva, robalo flecha, robalo trick, badejo quadrado, sororoca, bagre (na artificial), baby tarpon (únicos não embarcados), baiacu e xarelete.
As iscas mais eficientes do dia foram iscas pequenas, inclusive para os tarpons. O Miudinho os fisgou com uma isca da Aicás pequena, dourada e vermelha. Provavelmente ele complemente esse relato explicando melhor. O Auricélio pegou a maior parte com camarões artificiais da Maré, e eu tive as melhores ações com uma Long A 14, transparente com lombo verde.
Para início das gravações considerei um dia bastante proveitoso.
Ah! Outra coisa! Descobrimos uma nova espécie de predador, o “Miudus Glutonicus”, sub- espécie da família “Miudus Terrificus”. Não conhecíamos até a ocasião predador mais voraz... Levou uma marmita para a pescaria com feijoada e macarrão, o suficiente pra todos no barco, mas era só para ele. Assim sendo, compramos eu e o Auricélio nosso lanche, dez pães com 300 gr de presunto. Depois de limpar completamente sua marmita, o “Miudus Glutonicus” ainda avançou em três de nossos sanduíches. Acreditem se quiser!
Por hoje é só, pessoal. Barra do Cunhaú continua sendo uma ótima opção, melhorando daqui para frente, com a chegada do verão.
Abs,