Depois que Apresentei a Monografia voltei a ter boa parte das noites livres, quando coincide com a hora certa da maré e as condições de vento, temperatura e pressão vou pescar, quando não, vou também ehhehehh (brincadeira, mas quando tem marés grandes, geralmente de lua cheia e lua nova, nas primeiras horas da noite eu vou na lagoa aproveitar o reponto). Adquiri junto ao
Nilton Mattos alguns poppers (pelo preço, parece mais um presente) o louco radicado em Natal, parece ter um carinho especial pelo Tarpon (Camurupim, Pirapema, Sabalo e etc) fui testar os bichinhos nessa segunda e na terça (mais conhecidos como ante-ontem e ontem) na segunda muita ação de peixe pequeno, cheguei a tirar um da água que escapou na terra hehhhh esse peixe é no mínimo paradoxal. Ferrei uns bonzinhos, mas nada de tirar foto com um. Procedi a troca das garateias do Popper (crucial ter garateias bem afiadas) coloquei garateias menos resistentes, porém bem mais perfurantes. Na terça volto a lagoa, e me esgueirando pelo manguezal, escolho o ponto ideal, numa brecha de mangue, dentro da água até a cintura, vejo no reflexo prateado da lua, o Rise dos Babys (olhos já treinados para perceber qualquer movimentação na água, silencio absoluto) e no terceiro arremesso, a porrada, não sabia a dimensão do bicho, sabia que era bonzinho, saltos encarrilhados e a linha ainda esticada, começamos a negociar a linha (uso linha muito fina, para conseguir longos arremessos e sabia que a isca era frágil, mesmo dando uma turbinada nela) no local que eu estaca, um grota de mangue, é muito complicado colocar o alicate na boca do peixe, tem que esperar ele pranchá, e para um baby pranchá meu amigo é conversa viu. Quando percebia que ele buscava a galhada, mesmo que involuntariamente, eu apertava o freio, quando ele nadava para o meio eu liberava (medo de forçar e arrebentar o líder ou tirar a isca da boca dele) até então na minha cabeça eu duelava com com Baby de uns 2,5 a 3 kg, percebi que ele não iria parar de brincadeira e em alguns momentos parecia subir para tomar um ar e voltava a saltar e disparar lagoa a dentro, eu estava tranqüilo, mas ai decidi rebocá-lo pela brecha onde entro na lagoa (é dentro da galhada mesmo), mas sempre que tentava ele queria se embrenhar mangue a dentro eu voltávamos novamente aquela brincadeira boa de ver o carretel cantando e a linha saindo macia e constante. Depois de um bom tempo vejo que ele está exausto e só assim consigo colocar o alicate na boca dele (hora crítica), aí não escapa mais, quando tiro da água, saiu da lagoa para visualizá-lo, mas o braço já denunciava que o bicho era bom. Sem máquina para tirar fotos, apenas um celular sem flash e câmera fraquinha estão aí alguma imagens do danadinho que mediu exatos 86 cm e tinha um peso aproximado de 6 quilos.
O peixe
A isca
O bicho tava gordo, como diz um pescador local, o peixe de lá é "encruado", fica roliço e não cresce heheheh