Fonte: UOL Bichos
Recifes de corais, algas, tartarugas e baleias jubarte são algumas das espécies protegidas pelo Parque Nacional Marinho dos Abrolhos - também conhecido como Parque dos Abrolhos - que completa neste mês 25 anos de vida.
Criado em 1983, o parque ajuda a proteger a rica biodiversidade do Arquipélago de Abrolhos, que fica na altura da cidade de Caravelas, na Bahia, e que inclui um importante banco de corais (incluindo o raro coral-cérebro) e cerca de 1.300 espécies que vivem na região, segundo dados da ONG Conservação Internacional.
Também orienta atividades de pesca artesanal e mantém um acordo de cooperação técnica com o Instituto Baleia Jubarte, uma organização não-governamental voltada para a preservação das baleias e cetáceos. As baleias jubarte, aliás, são atrativos entre julho a novembro, quando passam pelo arquipélago para reprodução e atraem observadores e turistas.
Desafios para os próximos anos
Os 25 anos do parque chegam com inúmeros desafios e expectativas, como afirma Marcello Lourenço, chefe do Parque dos Abrolhos. Uma das necessidades mais urgentes, aponta ele, é aumentar a visitação, que nos últimos dez anos declinou em cerca de 60%: enquanto em 1997 o número de visitantes ultrapassou 14 mil, em 2007 atingiu em torno de 5 mil. Para alterar este quadro, Lourenço explica que está em andamento um projeto, sob responsabilidade do Instituto Chico Mendes de conservação da Biodiversidade (órgão governamental responsável pelas unidades de conservação no país desde o ano passado), que prevê o lançamento de concessões dos serviços de turismo em Abrolhos. O edital está previsto para maio deste ano.
Também esperam para breve o resgate da Zona de Amortecimento (ZA) - medida para proteger o entorno de uma unidade de conservação que, no caso do Parque, tem cerca de 95 mil quilômetros quadrados -, suspensa pela justiça em junho do ano passado. A decisão judicial, explica ele, questiona a portaria do Ibama que criou a ZA e, segundo Lourenço, espera-se que um outro instrumento seja criado para que a ZA garanta a proteção da região. Ele ressalta que a zona de amortecimento - já contestada pelo governo da Bahia, que alegava ter prejuízos econômicos com a ZA - não impede atividades econômicas, "apenas exige uma avaliação mais cuidadosa para que se estabeleçam no entorno atividades compatíveis com a conservação da biodiversidade".
O coordenador do Instituto Jubarte em Caravelas, Eduardo Camargo, concorda com as necessidades apontadas e acredita que o Parque de Abrolhos, por sua grande importância, precisa ter sua estrutura assegurada. "O Parque é o principal instrumento de conservação de uma das mais importantes biodiversidades marinhas do país. Fica difícil garantir sua eficácia sem recursos e estrutura". Diz ainda que a proteção ambiental envolve não só a fauna e a flora, mas também é importante para a população. "A importância do parque não é só uma questão ambiental, mas também social", disse.
Recifes de corais, algas, tartarugas e baleias jubarte são algumas das espécies protegidas pelo Parque Nacional Marinho dos Abrolhos - também conhecido como Parque dos Abrolhos - que completa neste mês 25 anos de vida.
Criado em 1983, o parque ajuda a proteger a rica biodiversidade do Arquipélago de Abrolhos, que fica na altura da cidade de Caravelas, na Bahia, e que inclui um importante banco de corais (incluindo o raro coral-cérebro) e cerca de 1.300 espécies que vivem na região, segundo dados da ONG Conservação Internacional.
Também orienta atividades de pesca artesanal e mantém um acordo de cooperação técnica com o Instituto Baleia Jubarte, uma organização não-governamental voltada para a preservação das baleias e cetáceos. As baleias jubarte, aliás, são atrativos entre julho a novembro, quando passam pelo arquipélago para reprodução e atraem observadores e turistas.
Desafios para os próximos anos
Os 25 anos do parque chegam com inúmeros desafios e expectativas, como afirma Marcello Lourenço, chefe do Parque dos Abrolhos. Uma das necessidades mais urgentes, aponta ele, é aumentar a visitação, que nos últimos dez anos declinou em cerca de 60%: enquanto em 1997 o número de visitantes ultrapassou 14 mil, em 2007 atingiu em torno de 5 mil. Para alterar este quadro, Lourenço explica que está em andamento um projeto, sob responsabilidade do Instituto Chico Mendes de conservação da Biodiversidade (órgão governamental responsável pelas unidades de conservação no país desde o ano passado), que prevê o lançamento de concessões dos serviços de turismo em Abrolhos. O edital está previsto para maio deste ano.
Também esperam para breve o resgate da Zona de Amortecimento (ZA) - medida para proteger o entorno de uma unidade de conservação que, no caso do Parque, tem cerca de 95 mil quilômetros quadrados -, suspensa pela justiça em junho do ano passado. A decisão judicial, explica ele, questiona a portaria do Ibama que criou a ZA e, segundo Lourenço, espera-se que um outro instrumento seja criado para que a ZA garanta a proteção da região. Ele ressalta que a zona de amortecimento - já contestada pelo governo da Bahia, que alegava ter prejuízos econômicos com a ZA - não impede atividades econômicas, "apenas exige uma avaliação mais cuidadosa para que se estabeleçam no entorno atividades compatíveis com a conservação da biodiversidade".
O coordenador do Instituto Jubarte em Caravelas, Eduardo Camargo, concorda com as necessidades apontadas e acredita que o Parque de Abrolhos, por sua grande importância, precisa ter sua estrutura assegurada. "O Parque é o principal instrumento de conservação de uma das mais importantes biodiversidades marinhas do país. Fica difícil garantir sua eficácia sem recursos e estrutura". Diz ainda que a proteção ambiental envolve não só a fauna e a flora, mas também é importante para a população. "A importância do parque não é só uma questão ambiental, mas também social", disse.