Fonte: Jornal do Commercio (impresso)
ESPÉCIE AMEAÇADA A proibição da pesca, determinada pelo governo federal, tinha validade de 5 anos e o prazo acabou em setembro. É o maior peixe ósseo do Atlântico Sul
A proibição da pesca do mero, o maior peixe ósseo do Atlântico Sul, será estendida por mais três anos. A moratória, determinada pelo governo federal a partir de pesquisas, tinha validade de cinco anos. O prazo havia expirado dia 19 de setembro.
A decisão foi tomada um dia antes, pela Comissão Técnica de Gestão Compartilhada dos Recursos Pesqueiros, composta pelos Ministérios da Pesca e Aquicultura (MPA) e Meio Ambiente (MMA). Agora, a comunidade científica e as ONGs esperam a publicação no Diário Oficial da União.
A professora do Departamento de Oceanografia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Beatrice Padovani Ferreira, que participou do levantamento, considera pouco tempo três anos. Para ela, são necessários, ao menos, 20 anos para que o animal vítima da pesca predatória recupere suas populações. A primeira portaria, de 2002, protegeu o mero por cinco anos. Em 2007, foi prorrogada por mais cinco.
Segundo Beatrice, a espécie sofreu redução populacional superior a 80%. Além disso, há registros de desaparecimento do mero em várias áreas de ocorrência histórica detalha.
Nas avaliações realizadas pela pesquisadora na costa de Pernambuco e Alagoas, indivíduos adultos são raros. Peixes de grande porte, com 400 quilos, são difíceis de encontrar. São comuns os jovens, com 200 quilos diz a bióloga.
Outro dado que eleva o risco de extinção da espécie, conhecida entre os cientistas como Epinephelus itajara, é a idade em que começam a reproduzir. Normalmente, apenas aos sete anos, quando atingem quase um metro, é que estão aptos a gerar filhotes. A expectativa de via de um mero é de 50 anos.
Quando jovens, vivem no estuário, considerado berçário de peixes e invertebrados marinhos. É quando estão mais suscetíveis, na opinião de Beatrice Ferreira, à pesca predatória. Quando adultos migram para o mar. Normalmente vivem próximo aos recifes.
Grandes e lentos, no Recife são alvos fáceis de pesca artesanal ou esportiva. Os meros não costumam se assustar com a presença humana e, por isso, são praticamente indefesos afirma.
Conhecido como o senhor-das-pedras, o peixe chama atenção pelo tamanho. Quando adulto, é maior que um ser humano. De hábitos solitários, forma grupos no período reprodutivo, que ocorre no verão.
Mesmo com a captura proibida, há pescadores que conhecem essas áreas e costumam pescar os meros lá, principalmente na região Norte do País lamenta Beatrice.
Enquanto a portaria não é publicada no Diário Oficial da União, alerta Beatrice Ferreira, a espécie está protegida por lei.
É que o mero está na lista de peixes e invertebrados marinhos ameaçados de extinção, constante na Instrução Normativa do MMA nº 05, de 21 de maio de 2004.
ESPÉCIE AMEAÇADA A proibição da pesca, determinada pelo governo federal, tinha validade de 5 anos e o prazo acabou em setembro. É o maior peixe ósseo do Atlântico Sul
A proibição da pesca do mero, o maior peixe ósseo do Atlântico Sul, será estendida por mais três anos. A moratória, determinada pelo governo federal a partir de pesquisas, tinha validade de cinco anos. O prazo havia expirado dia 19 de setembro.
A decisão foi tomada um dia antes, pela Comissão Técnica de Gestão Compartilhada dos Recursos Pesqueiros, composta pelos Ministérios da Pesca e Aquicultura (MPA) e Meio Ambiente (MMA). Agora, a comunidade científica e as ONGs esperam a publicação no Diário Oficial da União.
A professora do Departamento de Oceanografia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Beatrice Padovani Ferreira, que participou do levantamento, considera pouco tempo três anos. Para ela, são necessários, ao menos, 20 anos para que o animal vítima da pesca predatória recupere suas populações. A primeira portaria, de 2002, protegeu o mero por cinco anos. Em 2007, foi prorrogada por mais cinco.
Segundo Beatrice, a espécie sofreu redução populacional superior a 80%. Além disso, há registros de desaparecimento do mero em várias áreas de ocorrência histórica detalha.
Nas avaliações realizadas pela pesquisadora na costa de Pernambuco e Alagoas, indivíduos adultos são raros. Peixes de grande porte, com 400 quilos, são difíceis de encontrar. São comuns os jovens, com 200 quilos diz a bióloga.
Outro dado que eleva o risco de extinção da espécie, conhecida entre os cientistas como Epinephelus itajara, é a idade em que começam a reproduzir. Normalmente, apenas aos sete anos, quando atingem quase um metro, é que estão aptos a gerar filhotes. A expectativa de via de um mero é de 50 anos.
Quando jovens, vivem no estuário, considerado berçário de peixes e invertebrados marinhos. É quando estão mais suscetíveis, na opinião de Beatrice Ferreira, à pesca predatória. Quando adultos migram para o mar. Normalmente vivem próximo aos recifes.
Grandes e lentos, no Recife são alvos fáceis de pesca artesanal ou esportiva. Os meros não costumam se assustar com a presença humana e, por isso, são praticamente indefesos afirma.
Conhecido como o senhor-das-pedras, o peixe chama atenção pelo tamanho. Quando adulto, é maior que um ser humano. De hábitos solitários, forma grupos no período reprodutivo, que ocorre no verão.
Mesmo com a captura proibida, há pescadores que conhecem essas áreas e costumam pescar os meros lá, principalmente na região Norte do País lamenta Beatrice.
Enquanto a portaria não é publicada no Diário Oficial da União, alerta Beatrice Ferreira, a espécie está protegida por lei.
É que o mero está na lista de peixes e invertebrados marinhos ameaçados de extinção, constante na Instrução Normativa do MMA nº 05, de 21 de maio de 2004.