Fonte: Diário do nordeste
Produção chegou a cair 50% em relação a anos anteriores, de acordo com estudo realizado pelo Labomar
A falta de chuvas regulares afeta não somente a agricultura, mas a atividade pesqueira. No Ceará, a seca desse ano influenciou diretamente a produção de pescado do Estado, principalmente a lagosta e camarão. Essa queda chega a 50%, segundo aponta estudo do Instituto de Ciências do Mar (Labomar), da Universidade Federal do Ceará (UFC). "Das 2, 2 mil toneladas anuais, devemos alcançar algo em torno de 1, 1 mil toneladas por ano", afirma o diretor do Instituto, professor Luís Parente Viana.
Redução das chuvas e ventos mais fortes, além da pesca predatória, são os responsáveis pelo aumento dos preços do pescado Foto: Alex Costa
Segundo ele, a redução de chuvas, com efeito direto na salinidade do mar, e ventos mais fortes do que o normal aliados à pesca predatória e ilegal são responsáveis pela diminuição do setor com impacto na oferta e, consequentemente, nos preços para o consumidor final.
Donos de boxes do Mercado dos Peixes, no Mucuripe, confirmam a redução e dizem o consumidor encontra lagosta e camarão para comprar, mas por um preço que chega a 30% maior. "O camarão que a gente comprava por R$ 9, 00 e vendia a R$ 10, 00, agora é comprado por nós entre R$ 10, 00 a R$ 15, 00 e só podemos vender mais caro do que isso", reconhece o vendedor do box 24, Nadson Santos.
A redução da produção e o aumento do preço foram salientados, na manhã de ontem, durante o lançamento da Semana do Peixe, realizado no Mucuripe. De acordo com o titular da Secretaria de Pesca e Aquicultura do Estado, Ricardo Campos, a questão da pesca irregular é o que mais preocupar o setor. "Neste ano, cinco contêineres com lagosta pescada de forma irregular foram apreendidos, só para se ter ideia do problema", diz.
A Semana do Peixe é uma ação integrante da Campanha Nacional de Incentivo ao Consumo de Pescado e desenvolvida pelo Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA). A iniciativa conta com apoio das redes de supermercados, órgãos governamentais e do setor produtivo da pesca e aquicultura.
Saúde
O superintendente do MPA no Ceará, Carlos Alexandre Alencar, informa que, entre as ações, a conscientização de que consumir pescado faz bem para à saúde é a principal meta. "A campanha objetiva aproximar o produtor do consumidor final no mercado nacional, familiar ou institucional e acabar com essa ideia de que o pescado custa muito caro", frisa.
Faz parte da programação da semana a distribuição de cartilhas sobre as propriedades nutricionais e a qualidade do pescado em feira livres, supermercados e restaurantes, além da venda de peixe a preço popular em uma comunidade do Pirambu.
Na agenda, a Semana do Peixa realiza o II Fórum de Discussão sobre a Comercialização e a Qualidade do pescado. Neste ano, informa Alencar, o tema em pauta é o comércio local e a venda para o mercado institucional, o que pode assegurar aos produtores a venda direta e antecipada para programas como a merenda escolar.
Também está agendada um Dia de Campo em Jaguaribara, para que professores, estudantes e empresários conheçam o Parque Agrícola do Castanhão. A programação prevê concurso de redação sobre o tema em escolas públicas e entre de troféus a profissionais do setor.
Estado é o 4º do Brasil na produção de pescado
Com produção de 92, 2 mil toneladas por ano de pescado, o Ceará ocupa a quarta colocação do Brasil no ranking do setor. Os dados são do Ministério da Pesca e Aquicultura relativos a 2010. Acima do Estado, estão Santa Catarina, com 183, 7 mil ton/ano; Pará, com 143 mil ton/ano e Bahia, com 114, 5 mil toneladas anuais.
O Ceará lidera no segmento da tilápia, camarão e lagosta. "Também merecem destaque outras espécies de pescado consumidas pelos cearenses, tais como polvo, caranguejo, pargo, sirigado e cavala. Apesar disso, o Estado ainda importa peixe de outros mercados como Bahia, Pará e Pernambuco", afirma o superintendente do Ministério da Pesca e Aquicultura no Ceará, Carlos Alexandre Alencar.
Entre os desafios citados por ele para a ampliação da produção e consumo no Ceará, a logística de comercialização de peixe fresco ainda é um gargalo. Sobre o preço, ele avalia que poderia ser mais baixo para o consumidor se o setor apresentasse vantagens competitivas no mercado.
Atualmente, o cearense consome entre 10 e 12 quilos por ano do produto, enquanto a média nacional é de 9, 6 kg/ano. Essa quantidade é muito pouca em comparação com a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que considera o ideal consumir, pelos menos, 14 quilos anuais do produto.
Produção chegou a cair 50% em relação a anos anteriores, de acordo com estudo realizado pelo Labomar
A falta de chuvas regulares afeta não somente a agricultura, mas a atividade pesqueira. No Ceará, a seca desse ano influenciou diretamente a produção de pescado do Estado, principalmente a lagosta e camarão. Essa queda chega a 50%, segundo aponta estudo do Instituto de Ciências do Mar (Labomar), da Universidade Federal do Ceará (UFC). "Das 2, 2 mil toneladas anuais, devemos alcançar algo em torno de 1, 1 mil toneladas por ano", afirma o diretor do Instituto, professor Luís Parente Viana.
Redução das chuvas e ventos mais fortes, além da pesca predatória, são os responsáveis pelo aumento dos preços do pescado Foto: Alex Costa
Segundo ele, a redução de chuvas, com efeito direto na salinidade do mar, e ventos mais fortes do que o normal aliados à pesca predatória e ilegal são responsáveis pela diminuição do setor com impacto na oferta e, consequentemente, nos preços para o consumidor final.
Donos de boxes do Mercado dos Peixes, no Mucuripe, confirmam a redução e dizem o consumidor encontra lagosta e camarão para comprar, mas por um preço que chega a 30% maior. "O camarão que a gente comprava por R$ 9, 00 e vendia a R$ 10, 00, agora é comprado por nós entre R$ 10, 00 a R$ 15, 00 e só podemos vender mais caro do que isso", reconhece o vendedor do box 24, Nadson Santos.
A redução da produção e o aumento do preço foram salientados, na manhã de ontem, durante o lançamento da Semana do Peixe, realizado no Mucuripe. De acordo com o titular da Secretaria de Pesca e Aquicultura do Estado, Ricardo Campos, a questão da pesca irregular é o que mais preocupar o setor. "Neste ano, cinco contêineres com lagosta pescada de forma irregular foram apreendidos, só para se ter ideia do problema", diz.
A Semana do Peixe é uma ação integrante da Campanha Nacional de Incentivo ao Consumo de Pescado e desenvolvida pelo Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA). A iniciativa conta com apoio das redes de supermercados, órgãos governamentais e do setor produtivo da pesca e aquicultura.
Saúde
O superintendente do MPA no Ceará, Carlos Alexandre Alencar, informa que, entre as ações, a conscientização de que consumir pescado faz bem para à saúde é a principal meta. "A campanha objetiva aproximar o produtor do consumidor final no mercado nacional, familiar ou institucional e acabar com essa ideia de que o pescado custa muito caro", frisa.
Faz parte da programação da semana a distribuição de cartilhas sobre as propriedades nutricionais e a qualidade do pescado em feira livres, supermercados e restaurantes, além da venda de peixe a preço popular em uma comunidade do Pirambu.
Na agenda, a Semana do Peixa realiza o II Fórum de Discussão sobre a Comercialização e a Qualidade do pescado. Neste ano, informa Alencar, o tema em pauta é o comércio local e a venda para o mercado institucional, o que pode assegurar aos produtores a venda direta e antecipada para programas como a merenda escolar.
Também está agendada um Dia de Campo em Jaguaribara, para que professores, estudantes e empresários conheçam o Parque Agrícola do Castanhão. A programação prevê concurso de redação sobre o tema em escolas públicas e entre de troféus a profissionais do setor.
Estado é o 4º do Brasil na produção de pescado
Com produção de 92, 2 mil toneladas por ano de pescado, o Ceará ocupa a quarta colocação do Brasil no ranking do setor. Os dados são do Ministério da Pesca e Aquicultura relativos a 2010. Acima do Estado, estão Santa Catarina, com 183, 7 mil ton/ano; Pará, com 143 mil ton/ano e Bahia, com 114, 5 mil toneladas anuais.
O Ceará lidera no segmento da tilápia, camarão e lagosta. "Também merecem destaque outras espécies de pescado consumidas pelos cearenses, tais como polvo, caranguejo, pargo, sirigado e cavala. Apesar disso, o Estado ainda importa peixe de outros mercados como Bahia, Pará e Pernambuco", afirma o superintendente do Ministério da Pesca e Aquicultura no Ceará, Carlos Alexandre Alencar.
Entre os desafios citados por ele para a ampliação da produção e consumo no Ceará, a logística de comercialização de peixe fresco ainda é um gargalo. Sobre o preço, ele avalia que poderia ser mais baixo para o consumidor se o setor apresentasse vantagens competitivas no mercado.
Atualmente, o cearense consome entre 10 e 12 quilos por ano do produto, enquanto a média nacional é de 9, 6 kg/ano. Essa quantidade é muito pouca em comparação com a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que considera o ideal consumir, pelos menos, 14 quilos anuais do produto.