por Fonte: Valor Econômico
Com recursos totais de US$ 110 milhões, sendo US$ 20 milhões do Global Environment Fund (GEF) e US$ 90 milhões da Petrobras, o governo federal pretende avançar na criação e implementação de unidades de conservação marinhas, para recuperação ou aumento de estoques pesqueiros. "Com o investimento, nos próximos cinco anos o objetivo é proteger com reservas 6% das 200 milhas de Zona Econômica Exclusiva na costa brasileira", anuncia Ana Paula Prates, diretora do Ministério do Meio Ambiente (MMA). O país tem apenas 1, 57% da área marinha sob proteção, embora a Convenção da ONU sobre Diversidade Biológica estabeleça meta mínima de 10% até 2020. "O trabalho definirá zonas para proibição da pesca, com base no resultado de experimentos em curso, mostrando que a medida pode elevar significativamente a biomassa de peixes no entorno, com ganhos econômicos", acrescenta Ana.
Na região de Abrolhos, Sul da Bahia, pesquisadores monitoram há uma década os benefícios da conservação para a pesca, que movimenta R$ 100 milhões/ano, e poderia render mais. "Dois anos após o fechamento de 7 km2 para a pesca na Reserva Extrativista do Corumbau, em comum acordo com as comunidades locais, a quantidade de badejos triplicou", informa Guilherme Dutra, da Conservação Internacional. Na área adjacente, os cardumes duplicaram. Das 350 espécies de peixe da região, mais de 100 são exploradas comercialmente. Mas há as criticamente ameaçadas, como arraias e tubarões para a venda das barbatanas ao mercado asiático por R$ 88/kg.
Ainda no litoral baiano, com R$ 500 mil do governo alemão, vilas pesqueiras são orientadas para práticas sustentáveis e serão remuneradas para poupar áreas protegidas. "A iniciativa envolve elos finais da cadeia produtiva, como supermercados, interessados na compra da produção", explica Fábio Motta, da SOS Mata Atlântica. A ideia é incorporar selos de certificação para pesca sustentável, com garantia de governança, monitoramento de estoques e impacto reduzido. "No Golfo do México, estudos comprovam que cada hectare de manguezal preservado significa US$ 40 mil/ano em recursos pesqueiros", afirma Motta. (S.A.)
Com recursos totais de US$ 110 milhões, sendo US$ 20 milhões do Global Environment Fund (GEF) e US$ 90 milhões da Petrobras, o governo federal pretende avançar na criação e implementação de unidades de conservação marinhas, para recuperação ou aumento de estoques pesqueiros. "Com o investimento, nos próximos cinco anos o objetivo é proteger com reservas 6% das 200 milhas de Zona Econômica Exclusiva na costa brasileira", anuncia Ana Paula Prates, diretora do Ministério do Meio Ambiente (MMA). O país tem apenas 1, 57% da área marinha sob proteção, embora a Convenção da ONU sobre Diversidade Biológica estabeleça meta mínima de 10% até 2020. "O trabalho definirá zonas para proibição da pesca, com base no resultado de experimentos em curso, mostrando que a medida pode elevar significativamente a biomassa de peixes no entorno, com ganhos econômicos", acrescenta Ana.
Na região de Abrolhos, Sul da Bahia, pesquisadores monitoram há uma década os benefícios da conservação para a pesca, que movimenta R$ 100 milhões/ano, e poderia render mais. "Dois anos após o fechamento de 7 km2 para a pesca na Reserva Extrativista do Corumbau, em comum acordo com as comunidades locais, a quantidade de badejos triplicou", informa Guilherme Dutra, da Conservação Internacional. Na área adjacente, os cardumes duplicaram. Das 350 espécies de peixe da região, mais de 100 são exploradas comercialmente. Mas há as criticamente ameaçadas, como arraias e tubarões para a venda das barbatanas ao mercado asiático por R$ 88/kg.
Ainda no litoral baiano, com R$ 500 mil do governo alemão, vilas pesqueiras são orientadas para práticas sustentáveis e serão remuneradas para poupar áreas protegidas. "A iniciativa envolve elos finais da cadeia produtiva, como supermercados, interessados na compra da produção", explica Fábio Motta, da SOS Mata Atlântica. A ideia é incorporar selos de certificação para pesca sustentável, com garantia de governança, monitoramento de estoques e impacto reduzido. "No Golfo do México, estudos comprovam que cada hectare de manguezal preservado significa US$ 40 mil/ano em recursos pesqueiros", afirma Motta. (S.A.)
