Fonte: Folha de Pernambuco Digital
A Prefeitura do Recife, em parceria com diversas entidades privadas e órgãos públicos, realizou, ontem, uma grande mobilização na beira do Rio Capibaribe, na rua Madre Loyola, bairro das Graças, afim de despertar a população para os cuidados com os recursos naturais e preservação do Rio Capibaribe. Entre as atividades, foram plantadas mudas de pau-brasil e pau-de-jangada doadas pelo Jardim Botânico. Os presentes acompanharam ainda o tombamento de uma baobá (árvore milenar) de mais de 300 anos, além da apresentação de grupos de frevo e maracatu.
O diretor de meio ambiente, Mauro Buarque, ressaltou que espera, através de eventos festivos como este, conscientizar a população sobre a importância da natureza, como também, criar novos pontos turísticos. “Vamos procurar abrir outras janelas, que poderão servir de visitação e estudos. Já existe a idéia de serem criadas praças nesses locais”, declarou.
O coordenador do Recapibaribe, André Cantanhede, desfruta do mesmo pensamento. Ele acredita que a campanha vai ser importante para atingir as empresas e salvar as águas do Capibaribe. “Através de estudantes, esperamos atingir os adultos, criando assim um pensamento único para salvar o nosso Rio”, revelou.
Os estudantes do Instituto Capibaribe ajudaram na plantação das mudas. “O Rio Capibaribe é um dos símbolos da nossa cidade e não pode se acabar. Cada empresa deve fazer a sua parte”, comentou a estudante Maria Eduarda Santos, de 13 anos.
Expedição
A Expedição Capibaribe analisou, durante 11 dias, a qualidade da água, a biodiversidade e preservação, além de mapear conflitos, degradações e impactos sociais do homem. A partir do estudo, foram constatadas diversas irregularidades, ao longo do percurso, entre elas, a grande quantidade de esgotos e poluição em vários pontos.
Estações possuem alto índice de coliformes
Fonte: [url=http://jc.uol.com.br/jornal/2007/03/23/not_224790.php]Jornal do Commercio[/url]
Segundo a CPRH, 50 unidades para monitoramento de rios têm mais de mil coliformes por 100 mililitros, quando o limite para uso humano, segundo o Conselho Nacional de Meio Ambiente, é de menos de 200 por 100 mililitros
Das 85 estações para monitoramento dos rios mantidas pela Agência Pernambucana de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (CPRH), 50 estão com índices acima dos permitidos para coliformes. Os dados fazem parte da edição atualizada do Mapa da Qualidade das Águas Superficiais do Estado, divulgada ontem pela agência em alusão ao Dia Mundial da Água.
A coordenadora do trabalho, a engenheira Joana Aureliano, explica que coliformes indicam a presença de fezes na água. “Provavelmente a situação está relacionada ao esgoto doméstico jogado sem tratamento nos rios”, afirma. A água das 50 estações, segundo análises realizadas na CPRH, apresentava mais de 1.000 coliformes por 100 mililitros. Segundo a resolução nº 357/05 do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), a água boa para uso humano deve ter menos que 200 coliformes por 100 mililitros.
Os dados, relativos a 2006, também indicam baixos índices de oxigênio na água em 42 estações. O parâmetro é medido em oxigênio dissolvido (OD). O recomendável pelo Conama é mais que 5 miligramas de OD por litro, mas nesses 42 pontos havia menos. “Sem oxigênio não há vida no rio”, resume Joana. Segundo o mapa, que estará nos próximos dias disponível no site da CPRH (http://www.cprh.pe.gov.br), em 36 estações os valores de OD e também de coliformes estão desfavoráveis.
Esta é a segunda versão do mapa. A primeira, de 2006, com dados relativos a 2005, incluía 188 estações de coleta de água. A atual tem 229, 41 a mais. Do total, 99 estações são em reservatórios, 85 em rios e 45 em praias. As estações de rio se dividem em cursos d’água (62), pontos de captação de água para abastecimento público (13), nascentes (3), estuarinas (6) e no mar (1). Joana explica que, das 41 estações incluídas este ano, a maioria está localizada em reservatórios.
As estações estão distribuídas em rios de 12 bacias hidrográficas de Pernambuco: Ipojuca, Sirinhaém, Pirapama, Jaboatão, Beberibe, Paratibe, Timbó, Igarassu, Una, Capibaribe, Goiana e Botafogo. Apenas as quatro últimas apresentam boa qualidade da água. “Rios extensos, a exemplo do Capibaribe, podem estar poluídos em trechos como o que corta o Recife, mas, levando-se em conta todos os pontos de coleta, apresentam água boa”, justifica a engenheira.
Dos 99 reservatórios, apenas três apresentaram a qualidade da água imprópria para o abastecimento público. São o Tapacurá, em Vitória de Santo Antão, o Machado, na Bacia do Capibaribe, em Brejo da Madre Deus, e o Arrodeio, na Bacia do Rio Pajeú, em São José do Belmonte.
Para analisar a qualidade da água, os técnicos da CPRH utilizam quatro indicadores: eutrofização (quantidade de nutrientes na água), ecotoxicidade, água boa ou não para o abastecimento e salinização do solo. A representação desses indicadores é feita no mapa nas cores azul, verde, amarela e vermelha, em ordem decrescente de qualidade.
A Prefeitura do Recife, em parceria com diversas entidades privadas e órgãos públicos, realizou, ontem, uma grande mobilização na beira do Rio Capibaribe, na rua Madre Loyola, bairro das Graças, afim de despertar a população para os cuidados com os recursos naturais e preservação do Rio Capibaribe. Entre as atividades, foram plantadas mudas de pau-brasil e pau-de-jangada doadas pelo Jardim Botânico. Os presentes acompanharam ainda o tombamento de uma baobá (árvore milenar) de mais de 300 anos, além da apresentação de grupos de frevo e maracatu.
O diretor de meio ambiente, Mauro Buarque, ressaltou que espera, através de eventos festivos como este, conscientizar a população sobre a importância da natureza, como também, criar novos pontos turísticos. “Vamos procurar abrir outras janelas, que poderão servir de visitação e estudos. Já existe a idéia de serem criadas praças nesses locais”, declarou.
O coordenador do Recapibaribe, André Cantanhede, desfruta do mesmo pensamento. Ele acredita que a campanha vai ser importante para atingir as empresas e salvar as águas do Capibaribe. “Através de estudantes, esperamos atingir os adultos, criando assim um pensamento único para salvar o nosso Rio”, revelou.
Os estudantes do Instituto Capibaribe ajudaram na plantação das mudas. “O Rio Capibaribe é um dos símbolos da nossa cidade e não pode se acabar. Cada empresa deve fazer a sua parte”, comentou a estudante Maria Eduarda Santos, de 13 anos.
Expedição
A Expedição Capibaribe analisou, durante 11 dias, a qualidade da água, a biodiversidade e preservação, além de mapear conflitos, degradações e impactos sociais do homem. A partir do estudo, foram constatadas diversas irregularidades, ao longo do percurso, entre elas, a grande quantidade de esgotos e poluição em vários pontos.
Estações possuem alto índice de coliformes
Fonte: [url=http://jc.uol.com.br/jornal/2007/03/23/not_224790.php]Jornal do Commercio[/url]
Segundo a CPRH, 50 unidades para monitoramento de rios têm mais de mil coliformes por 100 mililitros, quando o limite para uso humano, segundo o Conselho Nacional de Meio Ambiente, é de menos de 200 por 100 mililitros
Das 85 estações para monitoramento dos rios mantidas pela Agência Pernambucana de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (CPRH), 50 estão com índices acima dos permitidos para coliformes. Os dados fazem parte da edição atualizada do Mapa da Qualidade das Águas Superficiais do Estado, divulgada ontem pela agência em alusão ao Dia Mundial da Água.
A coordenadora do trabalho, a engenheira Joana Aureliano, explica que coliformes indicam a presença de fezes na água. “Provavelmente a situação está relacionada ao esgoto doméstico jogado sem tratamento nos rios”, afirma. A água das 50 estações, segundo análises realizadas na CPRH, apresentava mais de 1.000 coliformes por 100 mililitros. Segundo a resolução nº 357/05 do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), a água boa para uso humano deve ter menos que 200 coliformes por 100 mililitros.
Os dados, relativos a 2006, também indicam baixos índices de oxigênio na água em 42 estações. O parâmetro é medido em oxigênio dissolvido (OD). O recomendável pelo Conama é mais que 5 miligramas de OD por litro, mas nesses 42 pontos havia menos. “Sem oxigênio não há vida no rio”, resume Joana. Segundo o mapa, que estará nos próximos dias disponível no site da CPRH (http://www.cprh.pe.gov.br), em 36 estações os valores de OD e também de coliformes estão desfavoráveis.
Esta é a segunda versão do mapa. A primeira, de 2006, com dados relativos a 2005, incluía 188 estações de coleta de água. A atual tem 229, 41 a mais. Do total, 99 estações são em reservatórios, 85 em rios e 45 em praias. As estações de rio se dividem em cursos d’água (62), pontos de captação de água para abastecimento público (13), nascentes (3), estuarinas (6) e no mar (1). Joana explica que, das 41 estações incluídas este ano, a maioria está localizada em reservatórios.
As estações estão distribuídas em rios de 12 bacias hidrográficas de Pernambuco: Ipojuca, Sirinhaém, Pirapama, Jaboatão, Beberibe, Paratibe, Timbó, Igarassu, Una, Capibaribe, Goiana e Botafogo. Apenas as quatro últimas apresentam boa qualidade da água. “Rios extensos, a exemplo do Capibaribe, podem estar poluídos em trechos como o que corta o Recife, mas, levando-se em conta todos os pontos de coleta, apresentam água boa”, justifica a engenheira.
Dos 99 reservatórios, apenas três apresentaram a qualidade da água imprópria para o abastecimento público. São o Tapacurá, em Vitória de Santo Antão, o Machado, na Bacia do Capibaribe, em Brejo da Madre Deus, e o Arrodeio, na Bacia do Rio Pajeú, em São José do Belmonte.
Para analisar a qualidade da água, os técnicos da CPRH utilizam quatro indicadores: eutrofização (quantidade de nutrientes na água), ecotoxicidade, água boa ou não para o abastecimento e salinização do solo. A representação desses indicadores é feita no mapa nas cores azul, verde, amarela e vermelha, em ordem decrescente de qualidade.